Muitos distribuidores e desenvolvedores de jogos anunciam produtos com base nas características mais marcantes dos games: "escolhas morais". A pergunta que não quer calar é: será que realmente é possível realizar escolhas morais nos jogos, ou os caminhos a serem seguidos são sempre determinados previamente? Indo ainda mais longe: até onde os video games influenciam as pessoas na vida real?
Bem, as palavras de Chet Faliszek (Valve) sobre o assunto foram, no mínimo, curiosas:
"Nunca haverá uma escolha moral de verdade que você fará em um game, porque você nunca deverá viver com essa escolha. Nós desenvolvemos certas características que fazem os jogadores interagirem intensamente com o game, mas eu não acredito que essas ações são escolhas morais. Eu não acredito que os jogos permitam as pessoas a realizarem escolhas morais."
Uma citação interessante:
"Games permitem você ser uma pessoa maligna. Em Grand Theft Auto (GTA), eu saio pela cidade atropelando tudo e todos, mas adivinhe só: eu não faço isso na vida real."
"Portanto, contextualizar escolhas morais dentro de jogos é algo estranho para mim. Eu não acredito que os jogos façam os gamers agirem moralmente. Os games contêm algo diferente, como escolhas estratégicas, escolhas dentro do mundo em questão. Para mim, uma escolha moral é algo que deve ser vivido fora de um jogo."
Não há como deixar de afirmar que Faliszek tem um argumento muito sólido. É interessante constatar que os games, por mais que se assemelhem a situações da realidade, ainda são games. O dia que o mundo virtual invadir a vida real e as escolhas de um mundo influenciarem diretamente no outro (o nome Matrix lembra algo?), o caos tomará conta.
Opinião do editor
Os mentalmente fracos, eu quis dizer. Em minha opinião, trazer os conflitos vida real para os video games e vice-versa é uma completa besteira. Eu lamento dizer que, muitas vezes, levei meus problemas da vida real para os games (embora nunca tenha feito o contrário, é claro), estragando minha diversão. Se você perceber que está fazendo isso, por favor, pare e reflita: por que prejudicar um momento de lazer com a lembrança dos problemas da realidade?
Os video games servem justamente para o relaxamento do corpo — bem, não quando o console utilizado é o Nintendo Wii — e para a distração da mente. As tais "escolhas morais" que muitas empresas alegam ter em seus games são apenas decisões virtuais. Faliszek foi coerente ao empregar a expressão "escolhas estratégicas", pois os jogadores apenas escolhem um dos vários caminhos criados previamente pelos desenvolvedores em jogos de diferentes gêneros.
Por mais que matar uma pessoa possa soar estranho como uma "escolha estratégica", é difícil negar que essa atitude possa servir como meio estratégico para várias coisas, como ganhar dinheiro, cumprir uma determinada missão de assassinato ou simplesmente sentir o prazer de matar. Por dentro, o gamer pode ser uma pessoa boa, mas, nos jogos, um assassino passional invade as telas.
E, por mais que muitas mães considerem isto um absurdo tremendo, eu acredito que é possível se divertir sendo malvado nos jogos. Discernindo completamente os video games da vida real, tudo pode acontecer. É possível dar muitas risadas dando um tiro na cabeça do adversário (Counter-Strike), atropelando um transeunte sem pudor (GTA) ou executando um carrinho brutal no futebol (FIFA ou PES).
A cor vermelha não foi empregada acima sem motivo. Maldade, sacanagem, trapaça e traição podem ser empregadas nos jogos em prol de boas risadas, mas APENAS nos jogos. É primordial que o jogador não seja levianamente influenciado pelos video games. Tentar repetir as más ações dos jogos na vida real, como acompanhamos em diversos noticiários, é algo que traz apenas a infelicidade e a desunião.
Portanto, pode-se dizer que a "moralidade virtual" — o que, concordando friamente com Faliszek, não existe — é estendida para a realidade apenas se o jogador tiver algum tipo de problema mental. Relembrando o assassinato de um taxista em Bangkok, não há como deixar de se espantar ao acompanhar um reflexo brutalmente maligno dos video games na vida real.
Soluções?
Bem, muitos desenvolvedores conseguem empregar um sistema de decisões em seus games sem precisar fazer uso da violência. Muitas vezes, o resultado é deplorável, mas muitos títulos não contêm violência e são plenamente satisfatórios.
Games puramente fictícios (na maior parte dos casos, RPGs), não contendo nenhum tipo de relação com a vida real, também influenciam menos. Distraindo fortemente o jogador, esses jogos podem fazer com que, no máximo, as pessoas sonhem com os mundos mágicos e com os itens a serem obtidos. World of Warcraft pode ter gerado algumas calamidades na vida real, mas essas situações ocorreram apenas porque não houve o discernimento básico citado acima.
Enfim, o importante é ressaltar que as pessoas não podem viver em função dos games nem serem influenciadas por eles para a tomada de decisões na vida real. Por mais que o indivíduo goste profundamente de jogos e trabalhe nesta área (editores do TecMundo Games, por exemplo), viver é muito mais do que jogar video game. Minha opinião, é claro.
Bem, as palavras de Chet Faliszek (Valve) sobre o assunto foram, no mínimo, curiosas:
"Nunca haverá uma escolha moral de verdade que você fará em um game, porque você nunca deverá viver com essa escolha. Nós desenvolvemos certas características que fazem os jogadores interagirem intensamente com o game, mas eu não acredito que essas ações são escolhas morais. Eu não acredito que os jogos permitam as pessoas a realizarem escolhas morais."
Uma citação interessante:
"Games permitem você ser uma pessoa maligna. Em Grand Theft Auto (GTA), eu saio pela cidade atropelando tudo e todos, mas adivinhe só: eu não faço isso na vida real."
"Portanto, contextualizar escolhas morais dentro de jogos é algo estranho para mim. Eu não acredito que os jogos façam os gamers agirem moralmente. Os games contêm algo diferente, como escolhas estratégicas, escolhas dentro do mundo em questão. Para mim, uma escolha moral é algo que deve ser vivido fora de um jogo."
Não há como deixar de afirmar que Faliszek tem um argumento muito sólido. É interessante constatar que os games, por mais que se assemelhem a situações da realidade, ainda são games. O dia que o mundo virtual invadir a vida real e as escolhas de um mundo influenciarem diretamente no outro (o nome Matrix lembra algo?), o caos tomará conta.
Opinião do editor
Somente os fracos sucumbem
Os mentalmente fracos, eu quis dizer. Em minha opinião, trazer os conflitos vida real para os video games e vice-versa é uma completa besteira. Eu lamento dizer que, muitas vezes, levei meus problemas da vida real para os games (embora nunca tenha feito o contrário, é claro), estragando minha diversão. Se você perceber que está fazendo isso, por favor, pare e reflita: por que prejudicar um momento de lazer com a lembrança dos problemas da realidade?
Os video games servem justamente para o relaxamento do corpo — bem, não quando o console utilizado é o Nintendo Wii — e para a distração da mente. As tais "escolhas morais" que muitas empresas alegam ter em seus games são apenas decisões virtuais. Faliszek foi coerente ao empregar a expressão "escolhas estratégicas", pois os jogadores apenas escolhem um dos vários caminhos criados previamente pelos desenvolvedores em jogos de diferentes gêneros.
Por mais que matar uma pessoa possa soar estranho como uma "escolha estratégica", é difícil negar que essa atitude possa servir como meio estratégico para várias coisas, como ganhar dinheiro, cumprir uma determinada missão de assassinato ou simplesmente sentir o prazer de matar. Por dentro, o gamer pode ser uma pessoa boa, mas, nos jogos, um assassino passional invade as telas.
E, por mais que muitas mães considerem isto um absurdo tremendo, eu acredito que é possível se divertir sendo malvado nos jogos. Discernindo completamente os video games da vida real, tudo pode acontecer. É possível dar muitas risadas dando um tiro na cabeça do adversário (Counter-Strike), atropelando um transeunte sem pudor (GTA) ou executando um carrinho brutal no futebol (FIFA ou PES).
A cor vermelha não foi empregada acima sem motivo. Maldade, sacanagem, trapaça e traição podem ser empregadas nos jogos em prol de boas risadas, mas APENAS nos jogos. É primordial que o jogador não seja levianamente influenciado pelos video games. Tentar repetir as más ações dos jogos na vida real, como acompanhamos em diversos noticiários, é algo que traz apenas a infelicidade e a desunião.
Portanto, pode-se dizer que a "moralidade virtual" — o que, concordando friamente com Faliszek, não existe — é estendida para a realidade apenas se o jogador tiver algum tipo de problema mental. Relembrando o assassinato de um taxista em Bangkok, não há como deixar de se espantar ao acompanhar um reflexo brutalmente maligno dos video games na vida real.
Soluções?
Bem, muitos desenvolvedores conseguem empregar um sistema de decisões em seus games sem precisar fazer uso da violência. Muitas vezes, o resultado é deplorável, mas muitos títulos não contêm violência e são plenamente satisfatórios.
Games puramente fictícios (na maior parte dos casos, RPGs), não contendo nenhum tipo de relação com a vida real, também influenciam menos. Distraindo fortemente o jogador, esses jogos podem fazer com que, no máximo, as pessoas sonhem com os mundos mágicos e com os itens a serem obtidos. World of Warcraft pode ter gerado algumas calamidades na vida real, mas essas situações ocorreram apenas porque não houve o discernimento básico citado acima.
Enfim, o importante é ressaltar que as pessoas não podem viver em função dos games nem serem influenciadas por eles para a tomada de decisões na vida real. Por mais que o indivíduo goste profundamente de jogos e trabalhe nesta área (editores do TecMundo Games, por exemplo), viver é muito mais do que jogar video game. Minha opinião, é claro.
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