Em meados da década de 1970, surgiam os primeiros videogames caseiros. Os jogos envolviam desafios simples e a representação visual se resumia a um aglomerado de pixels. A imaginação dos jogadores era algo extremamente essencial para esta época, pois, muitas vezes, era praticamente impossível desvendar o que estava sendo exibido na tela.
Com o passar do tempo, os recursos tecnológicos evoluíram, e os videogames começavam a produzir belas imagens. Surgiram então as grandes variedades de cores e ambientes, que indicavam uma revolução gráfica nos consoles. Na década de 1990, o Super Nintendo criava verdadeiras obras de arte com jogos como Donkey Kong Country, um jogo belíssimo.
O PlayStation e o Sega Saturn, assim como o PC, originaram uma nova maneira de representar os jogos. Era a primeira vez que os consoles se baseavam em gráficos totalmente tridimensionais, e o resultado foi espetacular — para a época. Mas, mesmo sendo belas obras, os games estavam muito distantes de atingir um patamar que confronte a realidade.
Atualmente, contamos com diversos jogos que impressionam pelo seu nível de realismo. Crysis é, sem sombra de dúvidas, o game mais real que o universo do entretenimento eletrônico recebeu. Suas texturas detalhadas e a natureza apresentada de maneira belíssima impressionam qualquer um.
Entretanto, mesmo assim, não podemos comparar Crysis com um filme real, estrelado por humanos. Mas será que um dia isso poderá acontecer? Seremos capazes de criar jogos tão perfeitos que se tornarão indistinguíveis em relação à realidade? Provavelmente, sim.
Pensando nessa proposta, jogos cem por cento reais, o TecMundo Games preparou um especial envolvendo opiniões do criador da Epic Games, Tim Sweeney, e outras informações. Confira.
Que Crysis, que nada!
Em 15 anos, jogos serão totalmente reais
Não há como negar que os jogos evoluíram absurdamente nos últimos anos. Contudo, alguns detalhes ainda estão longe de serem exibidos com perfeição no mundo virtual. Jogos de peso como Metal Gear Solid 4, Killzone 2 e Gears of War 2 chegam a arrancar suspiros pelos seus gráficos, que estão entre os melhores de todos os tempos.
Mas, além das texturas, existem outros elementos que são essenciais para a criação de um jogo cem por cento real. A movimentação e as animações em geral são apenas alguns dos fatores que ainda têm muito a ser trabalhado. Segundo Tim Sweeney, criador da Epic Games, existem dois elementos que complicam ainda mais o problema dos gráficos nos videogames.
Faltou feijão!
Um deles é a força bruta dos computadores, o próprio hardware, que ainda não possibilita a criação de diversos efeitos, como de luz, partículas e profundidade, em tempo real. Ou seja, não existem consoles, ou PCs que possam processar o grande número de elementos necessários para a representação fiel.
Sweeney complementa que, atualmente, contamos com cerca de 1/1000 do necessário para solucionar este problema sem sacrifícios. O diretor complementa e acalma os jogadores, dizendo que é bem provável que daqui a 10-15 anos os gráficos possam atingir a realidade. Algo assustador e, ao mesmo tempo, incrível.
Afinal, a atual geração já beira a realidade e se pensarmos no salto dado do PlayStation 2 para o PlayStation 3, por exemplo, notaremos que é bem provável que a próxima geração possa mesmo confundir a nossa mente.
Missão impossível
O segundo problema
Entretanto, mais complicado — e interessante — é o segundo fator necessário para a criação de games reais, que Sweeney menciona. O fundador da Epic acredita que o grande problema ainda está longe de ser resolvido, e pode levar mais de 50 anos.
“A simulação da inteligência e do comportamento humano, como animações, movimentação do personagem, interação com outros personagens e conversação, é algo muito pobre no mundo dos videogames”, conforme indica Sweeney.
Mesmo com jogos como Killzone 2 e Grand Theft Auto IV, que possuem um das melhores movimentações e animações da atual geração, somos obrigados a concordar com Sweeney. Basta observar quando um personagem está falando e notaremos que suas expressões, mesmo que muito bem feitas, estão longe da realidade. A movimentação dos personagens em jogos de terror, por exemplo, ainda é muito linear, escondendo um dos fatores característicos da humanidade: a emoção.
Segundo Sweeney, “jogos como Half-Life 2 e até mesmo Gears of War são extremamente irreais quando comparados com um ator humano em um filme humano, tudo devido às nuances mínimas do nosso comportamento”.
Atualmente, as desenvolvedores simulam as animações faciais dos personagens utilizando dezenas de ossos e controles faciais, mas, no corpo, existem centenas, o que dificulta o processo.
Osso por osso, nervo por nervo
Voltando à realidade, a mente humana ainda é uma incógnita. Existe muito que se aprender para desvendarmos como o cérebro funciona exatamente, por exemplo, e isso também influencia na vida dos desenvolvedores de jogos.
Os computadores seriam capazes de simular milhares de ossos e outros elementos, mas, criar órgãos virtuais é algo impossível, pois ainda não existem algoritmos para reproduzi-los virtualmente. “Basicamente, não é possível simular o cérebro humano porque não sabemos como ele funciona exatamente”, complementa Sweeney.
Vídeo em computação gráfica:
Para criar um jogo perfeito e cem por cento real, seria necessário recriar um humano de maneira exata nos videogames. Ou seja, simular o cérebro, sistema nervoso, circulação e tudo mais através de computadores. E é este processo que pode levar décadas ou até mesmo séculos, pois também depende dos avanços da ciência.
Bem, se você estava empolgado com a próxima geração, certamente sua barra de Psyche deve ter caído significativamente (como em Metal Gear Solid 4, quando Snake é atingido emocionalmente). Mas, visualmente, dentro de 10 ou 15 anos, como indica Sweeney, já teremos um Call of Duty que será confundível com "O Resgate do Soldado Ryan", pelo menos graficamente.
Não deixe de opinar sobre o futuro dos gráficos realistas dos videogames comentando!
Com o passar do tempo, os recursos tecnológicos evoluíram, e os videogames começavam a produzir belas imagens. Surgiram então as grandes variedades de cores e ambientes, que indicavam uma revolução gráfica nos consoles. Na década de 1990, o Super Nintendo criava verdadeiras obras de arte com jogos como Donkey Kong Country, um jogo belíssimo.
O PlayStation e o Sega Saturn, assim como o PC, originaram uma nova maneira de representar os jogos. Era a primeira vez que os consoles se baseavam em gráficos totalmente tridimensionais, e o resultado foi espetacular — para a época. Mas, mesmo sendo belas obras, os games estavam muito distantes de atingir um patamar que confronte a realidade.
Atualmente, contamos com diversos jogos que impressionam pelo seu nível de realismo. Crysis é, sem sombra de dúvidas, o game mais real que o universo do entretenimento eletrônico recebeu. Suas texturas detalhadas e a natureza apresentada de maneira belíssima impressionam qualquer um.
Entretanto, mesmo assim, não podemos comparar Crysis com um filme real, estrelado por humanos. Mas será que um dia isso poderá acontecer? Seremos capazes de criar jogos tão perfeitos que se tornarão indistinguíveis em relação à realidade? Provavelmente, sim.
Pensando nessa proposta, jogos cem por cento reais, o TecMundo Games preparou um especial envolvendo opiniões do criador da Epic Games, Tim Sweeney, e outras informações. Confira.
Que Crysis, que nada!
Em 15 anos, jogos serão totalmente reais
Não há como negar que os jogos evoluíram absurdamente nos últimos anos. Contudo, alguns detalhes ainda estão longe de serem exibidos com perfeição no mundo virtual. Jogos de peso como Metal Gear Solid 4, Killzone 2 e Gears of War 2 chegam a arrancar suspiros pelos seus gráficos, que estão entre os melhores de todos os tempos.
Mas, além das texturas, existem outros elementos que são essenciais para a criação de um jogo cem por cento real. A movimentação e as animações em geral são apenas alguns dos fatores que ainda têm muito a ser trabalhado. Segundo Tim Sweeney, criador da Epic Games, existem dois elementos que complicam ainda mais o problema dos gráficos nos videogames.
Faltou feijão!
O primeiro problema
Um deles é a força bruta dos computadores, o próprio hardware, que ainda não possibilita a criação de diversos efeitos, como de luz, partículas e profundidade, em tempo real. Ou seja, não existem consoles, ou PCs que possam processar o grande número de elementos necessários para a representação fiel.
Sweeney complementa que, atualmente, contamos com cerca de 1/1000 do necessário para solucionar este problema sem sacrifícios. O diretor complementa e acalma os jogadores, dizendo que é bem provável que daqui a 10-15 anos os gráficos possam atingir a realidade. Algo assustador e, ao mesmo tempo, incrível.
Afinal, a atual geração já beira a realidade e se pensarmos no salto dado do PlayStation 2 para o PlayStation 3, por exemplo, notaremos que é bem provável que a próxima geração possa mesmo confundir a nossa mente.
Missão impossível
O segundo problema
Entretanto, mais complicado — e interessante — é o segundo fator necessário para a criação de games reais, que Sweeney menciona. O fundador da Epic acredita que o grande problema ainda está longe de ser resolvido, e pode levar mais de 50 anos.
“A simulação da inteligência e do comportamento humano, como animações, movimentação do personagem, interação com outros personagens e conversação, é algo muito pobre no mundo dos videogames”, conforme indica Sweeney.
Mesmo com jogos como Killzone 2 e Grand Theft Auto IV, que possuem um das melhores movimentações e animações da atual geração, somos obrigados a concordar com Sweeney. Basta observar quando um personagem está falando e notaremos que suas expressões, mesmo que muito bem feitas, estão longe da realidade. A movimentação dos personagens em jogos de terror, por exemplo, ainda é muito linear, escondendo um dos fatores característicos da humanidade: a emoção.
Segundo Sweeney, “jogos como Half-Life 2 e até mesmo Gears of War são extremamente irreais quando comparados com um ator humano em um filme humano, tudo devido às nuances mínimas do nosso comportamento”.
Atualmente, as desenvolvedores simulam as animações faciais dos personagens utilizando dezenas de ossos e controles faciais, mas, no corpo, existem centenas, o que dificulta o processo.
Osso por osso, nervo por nervo
Voltando à realidade, a mente humana ainda é uma incógnita. Existe muito que se aprender para desvendarmos como o cérebro funciona exatamente, por exemplo, e isso também influencia na vida dos desenvolvedores de jogos.
Os computadores seriam capazes de simular milhares de ossos e outros elementos, mas, criar órgãos virtuais é algo impossível, pois ainda não existem algoritmos para reproduzi-los virtualmente. “Basicamente, não é possível simular o cérebro humano porque não sabemos como ele funciona exatamente”, complementa Sweeney.
Vídeo em computação gráfica:
Bem, se você estava empolgado com a próxima geração, certamente sua barra de Psyche deve ter caído significativamente (como em Metal Gear Solid 4, quando Snake é atingido emocionalmente). Mas, visualmente, dentro de 10 ou 15 anos, como indica Sweeney, já teremos um Call of Duty que será confundível com "O Resgate do Soldado Ryan", pelo menos graficamente.
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