A não ser em jogos inteiramente multiplayer, é claro. Ainda assim, a inteligência artificial — IA — dos jogos vai além do controle automático de NPCs (personagens que não são controlados pelos jogadores), pois influencia também no comportamento dos protagonistas que recebem comandos dos próprios gamers.
Pode-se dizer, portanto, que a IA consiste em um conjunto de padrões, ações, reações e movimentações que os personagens devem executar durante o desenrolar de um game. Não importa o gênero: o game deve propiciar bons desafios aos jogadores com inimigos e aliados convincentes e espertos. Pois não é à toa que a IA é um dos pontos mais debatidos pelos grandes críticos dos video games.
Muito dinheiro é gasto na criação de tecnologias que saibam controlar a IA com o máximo de perfeição possível. Isso é ainda mais sério quando o assunto é simulação, seja de vôo, futebol, corrida ou guerra. Simular a realidade nunca foi fácil, tamanha a quantidade de detalhes, imprevistos e peculiaridades que constam nos movimentos dos objetos da vida real.
Eventos como a GDC (Game Developers Conference) e a E3 (Electronic Entertainment Expo) são excelentes para a descoberta e exibição de inovações nesta área da tecnologia. Felizmente, há empresas que disponibilizam ferramentas (ou parte delas) gratuitamente para os desenvolvedores independentes. Com um pouco de criatividade e com o gerenciamento correto da IA em mãos, jogos muito interessantes despontam das mais variadas companhias.
Máquina X Humano
Vamos abordar, agora, um dos exemplos ideais para ilustrar a inteligência artificial em games. E não é preciso ir muito longe na complexidade dos jogos. Aliás, é interessante constatar que diversos games de xadrez contêm um mecanismo de IA simplesmente admirável. A série Chessmaster é famosa por oferecer um ótimo nível de dificuldade para os fãs do jogo de tabuleiro.
Você já ouviu falar no nome Deep Blue? Criada pela IBM, a máquina derrotou o famoso campeão mundial de xadrez Garry Kasparov em maio de 1997. Nesse caso, foi utilizada a força bruta ao invés de técnicas heurísticas para a resolução de problemas, tão elevado fora o patamar de desafio propiciado por Kasparov. Moral da história: é realmente difícil criar uma IA convincente, por mais "simples" que seja a proposta do game.
É claro que os computadores, como sempre, são mais flexíveis para o desenvolvimento de IA. Atualmente, fala-se da integração da IA nos próprios chips de placa de vídeo (confira o artigo do TecMundo Games que aborda o assunto), o que coloca o PC à frente dos consoles de última geração, que são praticamente imutáveis a nível de hardware.
A IA, nos jogos, evoluiu incrivelmente ao longo do tempo. Antigamente, os gamers se contentavam com simples reações dos oponentes às ações dos jogadores. Bem, de vez em quando surgia a frustração com certas movimentações absurdas, mas isso é perfeitamente normal se considerarmos que a IA (ainda mais de jogos) dificilmente chegará ao nível de um cérebro humano.
Principais exemplos
Antes de tudo, vale ressaltar que o "impacto" mencionado acima faz referência não só ao realismo apresentado em certos games, mas também ao trabalho ridículo que certas IAs exibem em alguns casos. É impressionante como vários desenvolvedores são capazes de criar personagens artificiais de peso, enquanto outros literalmente conseguem estragar os jogos com protagonistas muito, mas muito fracos.
Outro jogo de tiro que causou impacto no mundo dos video games foi F.E.A.R., com inimigos muito desafiadores. O primeiro Halo também impressionou com uma IA atraente, mesmo empregando algoritmos relativamente simples.
Sem dúvida, há uma empresa que merece o respeito do TecMundo Games no que diz respeito à IA: Electronic Arts. Principalmente na seção esportiva, a empresa conseguiu atrair uma quantidade inigualável de jogadores para os seus produtos devido à presença de desafios constantes e variados nos jogos da companhia.
Quando o assunto é EA, a lista é longa, mas FIFA, Madden NFL e as demais séries esportivas da empresa são as que mais se destacam. O realismo de FIFA 09 é tão intenso que alguns jogadores criticam seriamente a jogabilidade do game. E os níveis de dificuldade diferenciados fazem com que as partidas assumam comportamentos variados e adequados de acordo com o nível de desafio que o jogador procura.
O que ocorre, às vezes, é um elevado grau de dificuldade mesmo com uma inteligência artificial precária. É o caso de Brothers in Arms D-Day, para PlayStation Portable (PSP). Sim, o jogo é difícil para um FPS de console portátil, só que o mecanismo de IA empregado nos soldados é simplesmente ridículo. Os inimigos não convencem e enaltecem os aspectos ruins do game.
Recentemente, o TecMundo Games fez a análise do título Velvet Assassin (confira), para PC e Xbox 360, e aconteceu exatamente a mesma situação. Os soldados alemães se movimentam de forma extremamente artificial e, ainda assim, o game é muito difícil para quem não tem paciência ou não é familiarizado com jogos de ação furtiva.
Bem, há falhas de IA mesmo em títulos famosos. Black, apesar de ser divertido e empolgante, contém inimigos dotados de uma "burrice artificial". A ação e o áudio do game são realmente bons, mas como podemos dizer que o jogo é desafiador se há oponentes que têm liberdade para se mover e atirar e simplesmente ficam parados? Mesmo as reações mais comuns e clichês não acontecem em determinados momentos dos tiroteios.
Para você, quais games se destacaram pela inteligência artificial?
Pode-se dizer, portanto, que a IA consiste em um conjunto de padrões, ações, reações e movimentações que os personagens devem executar durante o desenrolar de um game. Não importa o gênero: o game deve propiciar bons desafios aos jogadores com inimigos e aliados convincentes e espertos. Pois não é à toa que a IA é um dos pontos mais debatidos pelos grandes críticos dos video games.
Muito dinheiro é gasto na criação de tecnologias que saibam controlar a IA com o máximo de perfeição possível. Isso é ainda mais sério quando o assunto é simulação, seja de vôo, futebol, corrida ou guerra. Simular a realidade nunca foi fácil, tamanha a quantidade de detalhes, imprevistos e peculiaridades que constam nos movimentos dos objetos da vida real.
Eventos como a GDC (Game Developers Conference) e a E3 (Electronic Entertainment Expo) são excelentes para a descoberta e exibição de inovações nesta área da tecnologia. Felizmente, há empresas que disponibilizam ferramentas (ou parte delas) gratuitamente para os desenvolvedores independentes. Com um pouco de criatividade e com o gerenciamento correto da IA em mãos, jogos muito interessantes despontam das mais variadas companhias.
Máquina X Humano
Não, esqueça o Exterminador do Futuro… Por enquanto
Vamos abordar, agora, um dos exemplos ideais para ilustrar a inteligência artificial em games. E não é preciso ir muito longe na complexidade dos jogos. Aliás, é interessante constatar que diversos games de xadrez contêm um mecanismo de IA simplesmente admirável. A série Chessmaster é famosa por oferecer um ótimo nível de dificuldade para os fãs do jogo de tabuleiro.
Você já ouviu falar no nome Deep Blue? Criada pela IBM, a máquina derrotou o famoso campeão mundial de xadrez Garry Kasparov em maio de 1997. Nesse caso, foi utilizada a força bruta ao invés de técnicas heurísticas para a resolução de problemas, tão elevado fora o patamar de desafio propiciado por Kasparov. Moral da história: é realmente difícil criar uma IA convincente, por mais "simples" que seja a proposta do game.
É claro que os computadores, como sempre, são mais flexíveis para o desenvolvimento de IA. Atualmente, fala-se da integração da IA nos próprios chips de placa de vídeo (confira o artigo do TecMundo Games que aborda o assunto), o que coloca o PC à frente dos consoles de última geração, que são praticamente imutáveis a nível de hardware.
A IA, nos jogos, evoluiu incrivelmente ao longo do tempo. Antigamente, os gamers se contentavam com simples reações dos oponentes às ações dos jogadores. Bem, de vez em quando surgia a frustração com certas movimentações absurdas, mas isso é perfeitamente normal se considerarmos que a IA (ainda mais de jogos) dificilmente chegará ao nível de um cérebro humano.
Principais exemplos
Conheça os títulos que causaram impacto
Antes de tudo, vale ressaltar que o "impacto" mencionado acima faz referência não só ao realismo apresentado em certos games, mas também ao trabalho ridículo que certas IAs exibem em alguns casos. É impressionante como vários desenvolvedores são capazes de criar personagens artificiais de peso, enquanto outros literalmente conseguem estragar os jogos com protagonistas muito, mas muito fracos.
Jogos inteligentes
Outro jogo de tiro que causou impacto no mundo dos video games foi F.E.A.R., com inimigos muito desafiadores. O primeiro Halo também impressionou com uma IA atraente, mesmo empregando algoritmos relativamente simples.
Sem dúvida, há uma empresa que merece o respeito do TecMundo Games no que diz respeito à IA: Electronic Arts. Principalmente na seção esportiva, a empresa conseguiu atrair uma quantidade inigualável de jogadores para os seus produtos devido à presença de desafios constantes e variados nos jogos da companhia.
Quando o assunto é EA, a lista é longa, mas FIFA, Madden NFL e as demais séries esportivas da empresa são as que mais se destacam. O realismo de FIFA 09 é tão intenso que alguns jogadores criticam seriamente a jogabilidade do game. E os níveis de dificuldade diferenciados fazem com que as partidas assumam comportamentos variados e adequados de acordo com o nível de desafio que o jogador procura.
Quando a IA falha
O que ocorre, às vezes, é um elevado grau de dificuldade mesmo com uma inteligência artificial precária. É o caso de Brothers in Arms D-Day, para PlayStation Portable (PSP). Sim, o jogo é difícil para um FPS de console portátil, só que o mecanismo de IA empregado nos soldados é simplesmente ridículo. Os inimigos não convencem e enaltecem os aspectos ruins do game.
Recentemente, o TecMundo Games fez a análise do título Velvet Assassin (confira), para PC e Xbox 360, e aconteceu exatamente a mesma situação. Os soldados alemães se movimentam de forma extremamente artificial e, ainda assim, o game é muito difícil para quem não tem paciência ou não é familiarizado com jogos de ação furtiva.
Bem, há falhas de IA mesmo em títulos famosos. Black, apesar de ser divertido e empolgante, contém inimigos dotados de uma "burrice artificial". A ação e o áudio do game são realmente bons, mas como podemos dizer que o jogo é desafiador se há oponentes que têm liberdade para se mover e atirar e simplesmente ficam parados? Mesmo as reações mais comuns e clichês não acontecem em determinados momentos dos tiroteios.
E que tipo de jogo apresenta inimigos invencíveis? Vampire Rain, para Xbox 360 (conhecido como Vampire Rain: Altered Species no PlayStation 3), é um dos games mais difíceis de todos os tempos. Frustrante é um dos termos que o TecMundo Games encontrou para definir a experiência com inimigos previsíveis e artificiais, mas inigualáveis na matança quando avistam o personagem controlado pelo jogador.
Conheça um típico erro de "pathfinding"
Para você, quais games se destacaram pela inteligência artificial?