Como um jogo que é um sucesso pode se atirar do prédio e afundar no abismo do esquecimento?

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Você sabe o que é um port? Bem, como talvez alguns dos usuários do TecMundo Games ainda não conheçam o significado dessa palavra, vamos dar uma explicação bastante superficial:

Ports são, basicamente, adaptações de jogos lançados numa determinada plataforma e é, posteriormente, lançada para uma plataforma diferente. Um exemplo: o jogo é produzido originalmente para fliperamas, e depois é transformado para chegar aos consoles caseiros.

Muitas vezes isso dá certo, e existem diversos exemplos claros de como ports podem ser uma boa pedida: Mirror’s Edge, Assassin’s Creed, e quase toda a franquia Grand Theft Auto são jogos excelentes, desenvolvidos originalmente para consoles e então transferidos para o PC, por exemplo.
Porém, muitas vezes os desenvolvedores tropeçam numa pedrinha qualquer na hora de realizar esta transferência e caem de cara no asfalto, quebrando o nariz e ensanguentando a boca toda.

Neste especial, o TecMundo Games vai mostrar alguns exemplos clássicos de jogos que fizeram sucesso em sua plataforma original mas, ao serem lançados para uma nova plataforma, afundaram num abismo de escuridão e desastre.

GTA IV
Esta cidade não tem tanto glamour na sua versão para PC

Talvez este seja o exemplo mais marcante, atualmente, de como um port pode ser um verdadeiro desastre! Enquanto a versão para consoles de GTA IV, apesar de possuir algumas falhas, era tão envolvente que seus defeitos passavam quase desapercebidos.

A Rockstar disse, no lançamento do jogo, que o título não sairia para PCs, sendo lançado somente para o Xbox 360 e o PlayStation 3. No entanto, após muitos pedidos dos fãs, a companhia decidiu desenvolver uma versão para PC. Antes não fizessem nada!

É claro que jogar GTA é sempre o máximo, porém as falhas na transferência do jogo foram tão gritantes que o jogador quase não agüenta jogar a adaptação por muito tempo. Os requisitos gráficos do jogo são extremamente exigentes, o que faz mesmo PCs de alto desempenho rodarem o título em baixa qualidade gráfica.

Mortal Kombat

Essa é velha, mas os gamers old school vão se lembrar! Se você tinha um Mega Drive e seu vizinho um SNES ou vice-versa (acontecimento muito comum na época de ouro de ambos os consoles), com certeza vocês chegaram a comparar a qualidade de Mortal Kombat nos dois videogames.

A versão para Mega Drive era muito melhor que a do SNES, com jogabilidade melhor e muito mais violenta. Isso tinha um motivo: os donos do Mega Drive eram, em sua maioria, um público mais velho que os donos do Super Nintendo, portanto a alteração realizada no jogo teve um motivo.

Sonic Unleashed

Bem, este jogo serve como exemplo para uma infinidade de outros títulos que vem sofrendo do mesmo mal nesta nova geração de consoles: um jogo é desenvolvido para Xbox 360, PC e PS3, mas os desenvolvedores não desejam deixar o Nintendo Wii para trás, então providenciam uma adaptação do jogo para a plataforma de nova geração da Nintendo.

Resultado: a versão do Wii afunda no mesmo abismo que GTA IV. E o pior de tudo é que isto é muito frequente atualmente: jogos que não utilizam em pleno o potencial de interatividade oferecido pelo console da Nintendo e que acabam tornando-se versões de gráfico ruim e jogabilidade pobre de um jogo muitas vezes excelente.

Sonic Unleashed apresentou exatamente estas características quando sofreu sua adaptação para o Nintendo Wii. Se você quer relembrar Sonic, vá para o PS3 ou para o Xbox 360, mas evite a todo custo a versão do Wii.

Call of Duty: World at War

Um dos jogos mais esperados de 2008, Call of Duty: World at War chegou aos PCs e consoles do mundo todo num momento excelente para a franquia. O jogo foi lançado logo após Call of Duty 4: Modern Warfare, que é considerado atualmente um dos melhores jogos de tiro em primeira pessoa da história.

No entanto, na ânsia de agradar a “gregos e troianos”, os desenvolvedores lançaram o jogo para diversas plataformas diferentes, como PCs, Xbox 360, PlayStation 3 e... PlayStation 2. E é aí que mora o perigo.
A guerra no PS2 é contra a má qualidade do jogo
Bem, o problema é mais ou menos o mesmo que na versão de Sonic Unleashed para o Nintendo Wii. O jogo é desenvolvido para uma plataforma com determinadas capacidades e então sofre uma adaptação para uma plataforma muito mais fraca. O resultado com certeza não poderia ser bom.

Qualidade gráfica e jogabilidade são os sérios problemas para quem jogou CoD: World at War no PC ou em outra plataforma de nova geração e então decide jogar o título no PlayStation 2. Bem que a Treyarch, desenvolvedora do jogo, não precisava ter feito esta besteira!

Bully: Scolarship Edition

A versão para PlayStation 2 de Bully deu o que falar: o jogo fez muito sucesso. E, assim como tantos outros títulos lançados pela Rockstar (para não dizer todos eles), causou burburinho.

Em Bully, o jogador entra na pele de um estudante encrenqueiro que arma as mais diversas confusões dentro de um internato. Dar porrada em outros alunos, azucrinar zeladores e até criar bombas nas aulas de química são algumas das possibilidades do jogo.

No fim das contas, Bully foi banido no Brasil, depois que um juiz do Rio Grande do Sul soube do que o jogo se tratava. Mas ainda antes disso, Bully ganhou um port para Xbox 360 e para Nintendo Wii. Grande mancada.

Para dizer a verdade, se você é dono de um Xbox 360, deve dar graças a Deus que o jogo foi banido no Brasil, pois este port deveria ser banido do mundo! Gráficos de baixa qualidade, jogabilidade confusa, grandes e incontáveis bugs e telas de loading infinitas são apenas alguns dos problemas que Bully: Scolarship Edition enfrentou.

The Orange Box


Estes caras não se deram bem no PS3Lançado originalmente para o PC e com ports para o Xbox 360 e o PlayStation 3, The Orange Box é um pacote com Half Life 2, suas expansões Episode One e Episode Two, bem como as modificações Portal e Team Fortress 2.

Quando o jogo chegou ao Xbox 360, nada demais, o título deixava um pouco a desejar em relação ao PC, mas nada que tornasse a experiência um pesadelo para os jogad
ores. No entanto, a versão do PlayStation 3 possivelmente tenha levado alguns fãs da franquia à depressão profunda.

Terríveis lags na experiência online, jogabilidade que deixou muito a desejar e gráficos de qualidade baixíssima em relação às outras versões do mesmo jogo fizeram a Valve se esconder debaixo da primeira pedra que encontraram, para não dar de cara com os donos irados do PlayStation 3.

Samba de Amigo

Enquanto a versão para DreamCast marcou o último console da Sega como um verdadeiro sucesso que pode quase ser considerado um dos melhores jogos do DC, o novo jogo da série, lançado para o Nintendo Wii, é simplesmente terrível!

O clima latino do jogo continua em alta, e agora diversos personagens famosos que antes não estavam presentes foram disponibilizados. Além disso, o jogo ganhou ainda mais músicas, sendo que algumas delas já estavam disponíveis na versão original.

Porém, apesar de tantas melhorias, a única coisa que realmente precisava ser boa no jogo só piorou: a sensibilidade do controle ficou terrível, levando o jogador a errar muito mais que na versão do DreamCast.
No Wii, não deu samba!
Além disso, como o Wii Remote e o Nunchuck ficam presos por um fio, a movimentação do jogador fica um pouco limitada, e para os mais descuidados isso pode representar chances de dano no equipamento, correndo sérios riscos de estragar o fio que liga os controles.
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