O gênero First Person Shooter, ou tiro em primeira pessoa, já habita os videogames há um bom tempo. Desde meados da década de 90, jogadores do mundo todo encarnavam seus personagens em uma perspectiva que visava simular a realidade. O resultado foi estrondoso, e jogos com Doom marcaram o começo de uma nova era.
No início, tudo o que os jogadores tinham de fazer era andar e atirar. Com o passar do tempo, a proposta trouxe games um pouco mais elaborados. Contudo, muitos títulos lançados não traziam novidades ao gênero, o que ocasionou um desgaste na estrutura básica dos FPS. Muitos chegaram à conclusão de que os FPS eram apenas jogos de tiro com uma trama fraca e, muitas vezes, sem sentido, em que tudo o que se devia fazer era atirar.
Felizmente, isto mudou. Diversas empresas resolveram alterar a definição de First Person Shooter, nome que insinua o uso de armas e tiroteios. Os recursos tecnológicos dos videogames permitiram aos desenvolvedores criar jogos que iam além das definições do gênero. O resultado foi a adição de diversos elementos presentes em outros gêneros e uma série de novidades.
Lapidando um gênero promissor
Um belo exemplo de evolução no gênero é Mirror’s Edge, lançado para PC, PlayStation 3 e Xbox 360. A DICE, empresa responsável pelo desenvolvimento, simplesmente usufruiu da perspectiva em primeira pessoa para criar um jogo totalmente diferente de tudo o que havia sido visto. Em vez de utilizar um arsenal repleto de rifles e pistolas, Faith, protagonista do jogo, abusava das acrobacias oriundas do Le Parkour.
Alguns títulos também trouxeram grandes novidades aos tiroteios em primeira pessoa, aderindo veículos, novas habilidades e diversos modos para vários jogadores. A fórmula classificada como desgastada ganhou novos ares graças a games como Call of Duty 4: Modern Warfare e Halo 3.Com toda essa reviravolta no mundo dos FPS, os jogadores se tornaram mais exigentes. Atualmente, alguns atributos são simplesmente indispensáveis para a criação de um bom jogo de FPS. Mas o que exatamente precisamos para se obter um bom game em primeira pessoa? A equipe do TecMundo Games resolveu preparar uma lista com alguns dos elementos indispensáveis para uma boa experiência neste tão explorado gênero.
Inovar é preciso
Quantas vezes você já jogou um FPS exatamente igual a outro título? Sem dúvidas, pelo menos uma vez na vida você já se encontrou em uma situação dessas. É por isso que um dos fatores mais importantes do gênero é a inovação. Existem centenas de jogos envolvendo esta perspectiva, e é muito comum encontrar jogos que não oferecem nada que você já não tenha visto.
Contudo, alguns games, como o já mencionado Mirror’s Edge e também o fantástico Fallout 3, conseguem fornecer uma experiência totalmente diferente, o que acaba atraindo muitos jogadores. Além disso, os próprios jogos de tiro também conseguem apresentar uma proposta diferente, como é o caso do incrível The Darkness, em que o jogador conta com o auxílio de demônios para sua jornada. Afinal de contas, jogar o mesmo jogo com um nome diferente não é nada legal.
Outro fator necessário é a introdução de novas habilidades para eliminar o padrão de “correr e atirar”. O já citado The Darkness permite ao jogador utilizar as habilidades de demônios para finalizar seus inimigos, o que o torna diferente dos demais “jogos de tiro”. Fora isso, existem exemplos como Portal, em que o jogador tem de resolver quebra-cabeças utilizando uma arma capaz de criar portais inter-espaciais.
Interagindo com livros
Alguns jogadores optam por um estilo em que tudo o que se deve fazer é correr e atirar, e isso pode ser facilmente encontrado na lista dos FPS. Contudo, algo raro no gênero é uma boa história. Em algumas ocasiões, a trama é completamente dispensável, servindo apenas como desculpa para todo o tiroteio. Felizmente, existem algumas produtoras que capricharam em seus roteiros, dando inveja até mesmo a alguns escritores.
Talvez um dos exemplos mais convincentes seja BioShock, jogo lançado para PC, PlayStation 3 e Xbox 360. A trama do jogo envolve uma metrópole subaquática chamada Rapture, construída no fundo do Oceano Atlântico, que abriga uma população distorcida pelos experimentos de um cientista. A incrível história incentiva os jogadores a encarar os perigos da cidade para descobrir seus mistérios, mesmo que isto exija a eliminação de criaturas como Big Daddy.Você dentro do jogo
Outro fator essencial para os games do gênero é a imersão. Muitos títulos são até divertidos, mas não conseguem capturar toda a atenção do jogador e acabam se tornando banais. Felizmente, algumas produtoras conseguem trazer momentos cinematográficos aos seus games, fazendo com que você não desgrude os olhos da tela.
A ação e alguns eventos dramáticos são responsáveis por boa parte da imersão. Mas existem games que são capazes de deixar o jogador extremamente concentrado durante o próprio jogo, e o resultado final é simplesmente fenomenal. Algo indispensável para a consolidação de um FPS único.
Um espetáculo visual
Mas tudo isso pode ir por água abaixo se a apresentação não estiver convincente. Os gráficos, querendo ou não, são muito importantes para os FPS. Texturas borradas e pop-ins (brotamento de elementos na tela) podem denegrir significativamente a experiência de qualquer jogo. Além disso, a maioria dos jogadores nota os gráficos antes de qualquer outro atributo, o que o torna um fator essencial para a compilação de um bom game.Uma ambientação caprichada também faz muita diferença nos títulos. Presenciar locais ricos em detalhes é algo muito satisfatório, e permite uma sensação ainda maior de realismo. A variedade também é importante, e os jogos com estas qualidades normalmente se destacam entre os demais.
Um novo método para conhecer novos amigos — ou inimigos
Muitos jogadores dizem que um FPS sem multiplayer não é um FPS. Tal modo se popularizou graças a jogos como Counter-Strike, e se tornou essencial para uma experiência completa. Além do básico “mata-mata” (Deathmatch), vários games trouxeram modalidades novas, tornando seus multiplayers ainda melhores.
Mas um multiplayer atraente necessita certos recursos. Um deles é a compatibilidade com voz, permitindo aos jogadores organizarem táticas e trocarem elogios. Além disso, o sistema de criação de partidas também é muito bem-vindo para os jogos. Trata-se de um recurso que, automaticamente, organiza seus jogos através de suas habilidades ou outros filtros.
E o futuro?
Todos os atributos citados nesta lista já podem ser encontrados em alguns games da atualidade. Mas o que o futuro nos reserva? Sem dúvidas, muita coisa. Não há como prever, mas podemos ao menos ansiar por alguns elementos. Talvez teremos a possibilidade de organizar campeonatos online nos próximos lançamentos de FPS, algo que ampliaria a competitividade do gênero. O nível de interação com novos acessórios para intensificar a ação também seria uma boa pedida. A nossa lista fica por aqui. Se você acha que nos esquecemos de alguma coisa, sinta-se à vontade para comentar!
No início, tudo o que os jogadores tinham de fazer era andar e atirar. Com o passar do tempo, a proposta trouxe games um pouco mais elaborados. Contudo, muitos títulos lançados não traziam novidades ao gênero, o que ocasionou um desgaste na estrutura básica dos FPS. Muitos chegaram à conclusão de que os FPS eram apenas jogos de tiro com uma trama fraca e, muitas vezes, sem sentido, em que tudo o que se devia fazer era atirar.
Felizmente, isto mudou. Diversas empresas resolveram alterar a definição de First Person Shooter, nome que insinua o uso de armas e tiroteios. Os recursos tecnológicos dos videogames permitiram aos desenvolvedores criar jogos que iam além das definições do gênero. O resultado foi a adição de diversos elementos presentes em outros gêneros e uma série de novidades.
Lapidando um gênero promissor
Um belo exemplo de evolução no gênero é Mirror’s Edge, lançado para PC, PlayStation 3 e Xbox 360. A DICE, empresa responsável pelo desenvolvimento, simplesmente usufruiu da perspectiva em primeira pessoa para criar um jogo totalmente diferente de tudo o que havia sido visto. Em vez de utilizar um arsenal repleto de rifles e pistolas, Faith, protagonista do jogo, abusava das acrobacias oriundas do Le Parkour.
Alguns títulos também trouxeram grandes novidades aos tiroteios em primeira pessoa, aderindo veículos, novas habilidades e diversos modos para vários jogadores. A fórmula classificada como desgastada ganhou novos ares graças a games como Call of Duty 4: Modern Warfare e Halo 3.Com toda essa reviravolta no mundo dos FPS, os jogadores se tornaram mais exigentes. Atualmente, alguns atributos são simplesmente indispensáveis para a criação de um bom jogo de FPS. Mas o que exatamente precisamos para se obter um bom game em primeira pessoa? A equipe do TecMundo Games resolveu preparar uma lista com alguns dos elementos indispensáveis para uma boa experiência neste tão explorado gênero.
Inovar é preciso
Quantas vezes você já jogou um FPS exatamente igual a outro título? Sem dúvidas, pelo menos uma vez na vida você já se encontrou em uma situação dessas. É por isso que um dos fatores mais importantes do gênero é a inovação. Existem centenas de jogos envolvendo esta perspectiva, e é muito comum encontrar jogos que não oferecem nada que você já não tenha visto.
Contudo, alguns games, como o já mencionado Mirror’s Edge e também o fantástico Fallout 3, conseguem fornecer uma experiência totalmente diferente, o que acaba atraindo muitos jogadores. Além disso, os próprios jogos de tiro também conseguem apresentar uma proposta diferente, como é o caso do incrível The Darkness, em que o jogador conta com o auxílio de demônios para sua jornada. Afinal de contas, jogar o mesmo jogo com um nome diferente não é nada legal.
Outro fator necessário é a introdução de novas habilidades para eliminar o padrão de “correr e atirar”. O já citado The Darkness permite ao jogador utilizar as habilidades de demônios para finalizar seus inimigos, o que o torna diferente dos demais “jogos de tiro”. Fora isso, existem exemplos como Portal, em que o jogador tem de resolver quebra-cabeças utilizando uma arma capaz de criar portais inter-espaciais.
Interagindo com livros
Alguns jogadores optam por um estilo em que tudo o que se deve fazer é correr e atirar, e isso pode ser facilmente encontrado na lista dos FPS. Contudo, algo raro no gênero é uma boa história. Em algumas ocasiões, a trama é completamente dispensável, servindo apenas como desculpa para todo o tiroteio. Felizmente, existem algumas produtoras que capricharam em seus roteiros, dando inveja até mesmo a alguns escritores.
Talvez um dos exemplos mais convincentes seja BioShock, jogo lançado para PC, PlayStation 3 e Xbox 360. A trama do jogo envolve uma metrópole subaquática chamada Rapture, construída no fundo do Oceano Atlântico, que abriga uma população distorcida pelos experimentos de um cientista. A incrível história incentiva os jogadores a encarar os perigos da cidade para descobrir seus mistérios, mesmo que isto exija a eliminação de criaturas como Big Daddy.Você dentro do jogo
Outro fator essencial para os games do gênero é a imersão. Muitos títulos são até divertidos, mas não conseguem capturar toda a atenção do jogador e acabam se tornando banais. Felizmente, algumas produtoras conseguem trazer momentos cinematográficos aos seus games, fazendo com que você não desgrude os olhos da tela.
A ação e alguns eventos dramáticos são responsáveis por boa parte da imersão. Mas existem games que são capazes de deixar o jogador extremamente concentrado durante o próprio jogo, e o resultado final é simplesmente fenomenal. Algo indispensável para a consolidação de um FPS único.
Um espetáculo visual
Mas tudo isso pode ir por água abaixo se a apresentação não estiver convincente. Os gráficos, querendo ou não, são muito importantes para os FPS. Texturas borradas e pop-ins (brotamento de elementos na tela) podem denegrir significativamente a experiência de qualquer jogo. Além disso, a maioria dos jogadores nota os gráficos antes de qualquer outro atributo, o que o torna um fator essencial para a compilação de um bom game.Uma ambientação caprichada também faz muita diferença nos títulos. Presenciar locais ricos em detalhes é algo muito satisfatório, e permite uma sensação ainda maior de realismo. A variedade também é importante, e os jogos com estas qualidades normalmente se destacam entre os demais.
Um novo método para conhecer novos amigos — ou inimigos
Muitos jogadores dizem que um FPS sem multiplayer não é um FPS. Tal modo se popularizou graças a jogos como Counter-Strike, e se tornou essencial para uma experiência completa. Além do básico “mata-mata” (Deathmatch), vários games trouxeram modalidades novas, tornando seus multiplayers ainda melhores.
Mas um multiplayer atraente necessita certos recursos. Um deles é a compatibilidade com voz, permitindo aos jogadores organizarem táticas e trocarem elogios. Além disso, o sistema de criação de partidas também é muito bem-vindo para os jogos. Trata-se de um recurso que, automaticamente, organiza seus jogos através de suas habilidades ou outros filtros.
E o futuro?
Todos os atributos citados nesta lista já podem ser encontrados em alguns games da atualidade. Mas o que o futuro nos reserva? Sem dúvidas, muita coisa. Não há como prever, mas podemos ao menos ansiar por alguns elementos. Talvez teremos a possibilidade de organizar campeonatos online nos próximos lançamentos de FPS, algo que ampliaria a competitividade do gênero. O nível de interação com novos acessórios para intensificar a ação também seria uma boa pedida. A nossa lista fica por aqui. Se você acha que nos esquecemos de alguma coisa, sinta-se à vontade para comentar!