Alguns dos melhores, dos piores e dos mais apelativos.

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Quando o assunto é a criação de um jogo, nos deparamos logo de cara com uma monstruosa divisão de tarefas para os membros das equipes de desenvolvimento. Alguns se ocupam da programação, outros dos testes (isso nos estágios finais), da construção de estágios, da direção de arte e até mesmo da construção da parte sonora.

Depois disso tudo, alguns desses setores ainda ganham mais subdivisões. É o caso da equipe de design, que de desdobra em várias vertentes. Algumas das principais são as de conceituação da proposta do jogo e dos próprios personagens, dando ao projeto seus primeiros rumos.

O design de personagens é justamente o assunto do especial de hoje, uma vez que traremos muitos exemplos dos melhores, dos piores e dos mais comentados dentre todos. Vale notar que o design é algo subjetivo, portanto muitos de vocês podem discordar abertamente das escolhas mostradas aqui. Outra obsevação importante: a conceituação e a criação não se limitam apenas aos aspectos visuais, uma vez que entram em cena também os complementos sonoros e até mesmo de enredo. Pronto para redescobrir alguns nomes ou então dar apenas boas risadas? Vamos lá!


Malvados, bons ou puramente eficientes!

Alguns dos melhores personagens já criados no mundo dos jogos

Mario

Não há uma forma melhor de abrirmos o especial de hoje. Mario é símbolo dos jogos e o mais conhecido dentre todos os personagens. Ele surgiu em Donkey Kong, para Arcades, com um boné e um bigode para esconder as limitações dos processadores da época (não podiam, por exemplo, ser renderizados cabelos e bocas com qualidade).

Ao longo dos anos seu desenho foi evoluindo naturalmente, acompanhando as tendências sem nunca serem esquecidas as suas raízes, sendo a simplicidade o foco e a razão para tamanho apelo. Você o verá em todas as roupas e poses, mas basta um olhar para reconhecê-lo.

Turians — Mass Effect

Quem jogou o novo RPG da BioWare conhece bem essa raça de alienígenas. Eles são divididos em 27 setores sociais (como castas), possuem uma constituição física extremamente resistente e preservam, acima de tudo, a vida da comunidade, realizando sacrifícios próprios sempre que necessário.

Suas habilidades e inteligência são enormes, sem contar que a organização militar é de primeira linha. No combate eles carregam pinturas e armadura pesadas, capazes de fazer com que qualquer adversário trema de medo. Sem dúvidas um dos trabalhos mais marcantes dos últimos anos.

Metal Gear Solid

Ué, o especial não era sobre personagens? Sim, mas a série Metal Gear tem tantos bons designs que fica impossível separarmos apenas um dentre eles. Vamos começar com o grande astro, Solid Snake. Desde a primeira até a última aparição (já envelhecido, graças a problemas genéticos) ele se manteve firme em relação a suas convicções, destruindo todos os inimigos que surgiram em seu caminho.

Mas interessante é mesmo a retratação: um espião com olhares sombrios, expressão séria e músculos não tão exagerados, cercados pela tradicional veste cinza. A voz de David Hayter também tem papel crucial nessa história. Novamente, ele é um ícone que pode ser facilmente reconhecido em qualquer canto.

Depois dele, quem vem na sequência é Gray Fox, o ninja Ciborgue que o enfrenta diretamente no jogo lançado no primeiro PlayStation. Seus saltos dão sustos em qualquer um, a habilidade de camuflagem deixa todos tensos nas partidas e seu design externo é completamente harmonioso. Se você o vir uma vez, nunca mais se esquecerá de sua aparência.

Por fim, temos novamente um Ciborgue: Raiden, que sofreu uma enorme mecanização de seu corpo durante o episódio lançado para o PlayStation 3. A luta contra Vamp foi uma das melhores cenas já exibidas. Confira:

Kratos — God of War

Alguns podem reclamar afirmando que Kratos é exagerado, bruto e ignorante, mas a realidade é que são justamente essas características que o tornam um personagem tão marcante. A expressão (seja pelos olhos ou pelos movimentos) é máxima, fazendo com que o jogador dê um mergulho pela sua triste jornada de vingança contra os deuses. Aliás, hoje nós temos até um especial sobre essa história, basta clicar aqui para conferir!

Amaterasu — Okami

Amaterasu — a deusa em forma de lobo — pode não ter sido um grande sucesso comercial, mas não podemos deixar de relevar a qualidade artística do trabalho realizado em sua concepção. Os traços de pincel dão um toque único ao game e à heroína, que se destaca também pela leveza de movimentos, pela coroa utilizada como arma e pelos efeitos magníficos aplicados durante as partidas.

Link — The Legend of Zelda

O garoto com roupas da floresta já viajou mundos e dimensões conquistando legiões de fãs. Mas porque é que as saias e o verde são considerados um “bom design”? A resposta é simples: o personagem se adapta a qualquer situação, seja 3D, 2D ou até mesmo estilos desenhados como visto em Wind Waker, sem contar que ele é reconhecido imediatamente pela maioria.

Dante — Devil May Cry

Quem jogou somente Devil May Cry 4 perdeu boa parte da história, sem contar os jogos dedicados exclusivamente à Dante. Foi no terceiro capítulo que ele figurou como astro, esbanjando ironia, movimentos tão rápidos quanto a luz e humor para dar e vender. A aparência do personagem também é marcante, graças aos cabelos brancos e ao sobretudo vermelho.

Ifrit — Final Fantasy

Até agora foram muitos jogos da franquia, sendo que quase todos contaram com universos inteiramente diferentes uns dos outros. Entretanto, alguns elementos comuns cruzaram a barreira das gerações e dos números. Exemplos são os tradicionais Summons, as invocações de criaturas que auxiliam os jogadores em meio às lutas.

Dentre todas, uma das que mais merece destaque é Ifrit, o demônio de fogo que emerge das profundezas, trazendo consigo toda a ira e calor do inferno. Foram diversos desenhos e formatos, mas todos carregam as mesmas propriedades sinistras.

Pyramid Head — Silent Hill

Já jogou Silent Hill? Se sim, é bem provável que você se lembre dos “cabeças de pirâmide”. Estas criaturas amedrontaram gerações de jogadores ao redor do mundo, carregando clavas ou facas que eram arrastadas pelo chão e sangue por todos os cantos de seus aventais de açougue.

Ao encontrar com um deles pelo corredor, o primeiro pensamento que passará pela sua cabeça será “ele quer me matar”. O conceito do monstro é único, certamente um dos trabalhos mais lembrados nos jogos do gênero. As enfermeiras também merecem ser lembradas, graças à mistura complexa entre corpos sensuais e faces dilaceradas.

Ben — Full Throttle

Você é o líder de um bando alvoroçado de motoqueiros, está à procura de encrenca, de vento no rosto e de liberdade. É exatamente essa a imagem que salta de Ben, o personagem principal deste Adventure antigo da Lucas Arts.

Cervejas, bares, barba por fazer, força de um orangotango e pouca paciência são somente algumas das coisas que você associará a ele, graças à conceituação impecável e às formas corporais exageradas. Este é mais um modelo de simplicidade aliada à eficiência no design e na conceituação.

Jehuty — Zone of The Enders

Kojima — mais conhecido, obviamente, pela criação de Metal Gear — trouxe suas ideias mirabolantes e a influência clássica dos animês da década de 80, com muitos robôs invadindo o espaço em Zone of the Enders. A máquina central do game (uma veste mecanizada, como um Gundam em menor escala) é Jehuty, que conta com formas humanoides e efeitos de todos os tipos para seus propulsores.

Hein?!

É... Algumas ideias simplesmente não funcionam...

Como já vimos, existem inúmeros modelos a serem seguidos em termos de design de personagens. Modelos estes que realmente passam o conceito do game ao jogador e que o prendem à tela até o último instante, deixando-o com um gostinho de “quero mais”.

Mas assim como para tudo nessa vida, existem os bons exemplos e os maus (nesse caso, péssimos). O que você encontrará abaixo são algumas das piores decisões já tomadas em termos de criação de personagens, seja pela simples retratação ou pelo conjunto, como já explicado, de ações, vozes e temperamentos exibidos nos jogos.

Ming Numara — Lost Odyssey

Se você a observar do pescoço para cima pensará que se trata de uma santa. Já do pescoço para baixo... A ideia passada é outra. Mas deixando de lado o preconceito, o que temos é uma mescla absurda (e péssima) entre peças de banho e vestes de religiosos que simplesmente aniquilam as formas do corpo da garota. A cintura some, as pernas tornam-se quadradas e em meio a tudo isso tempos muita pele para chamar a atenção dos mais curiosos.

Ninja Blade

Você é um Ninja do futuro que escala prédios com a sua moto, fugindo de criaturas gigantes (similares a formas fálicas) que saltam pelos ares atrás da sua pele. Até aí, tudo bem... O problema é o exagero no personagem, que em algumas de suas vestes chega a lembrar um palhaço! Em outras, o que pode ser visto é um “quase” ninja com máscara de couro que lembram fantasias de carnaval. Para ver um pouco disso tudo, não perca o vídeo abaixo:

DarkSiders

Alguns elogiaram, mas a maioria criticou a retratação do grande centro de Darksiders. O personagem não tem uma face, apenas olhos brilhantes que são mostrados por baixo de uma veste retirada direto do mundo de World of Warcraft. O confronto de estilo vem logo com a roupa, que parece de um gorila de pedra. Com relação aos cenários, o personagem parece estar sempre deslocado, como se tivesse sido tirado do mundo errado...

Shiva como moto para Snow — Final Fantasy XIII

Se por um lado Final Fantasy trouxe excelentes trabalhos em termos de design, não podemos deixar de notar que existiram algumas escolhas no mínimo estranhas, principalmente na última versão, Final Fantasy XIII.

A principal delas é Shiva (Summon de Snow, agora em forma de dupla) que se transforma em motocicleta para que o loiro saia pilotando freneticamente. Até a transformação não há nada de tão bizarro, o problema é mesmo a posição do assento: a cabeça de uma das moças fica olhando de baixo para você, enquanto suas costas se apoiam direto no nariz da outra... Bizarro mesmo!

Vexx

Olhe para esse personagem e tente apontar o que há de bom nele... Difícil, não é mesmo? Ele é uma mistura horrenda de Gremlins com pinturas indígenas que tem olhos azuis, usa roupas de aldeões da idade medi, carrega garras de assassino e tenta “pagar” de malvado. Um verdadeiro desastre!

Kameo

Este é um dos jogos menos conhecidos do Xbox 360, mas que está disponível desde o lançamento da plataforma. Apesar de bons efeitos gráficos, o que a Rare trouxe foi um conjunto de personagens estranhos que parecem massa de modelar, começando pela heroína, uma espécie de fada com roupas verdes gritantes e estilo questionável.

Too Human

Esse é um jogo que atravessou quase uma década de desenvolvimento, apenas para chegar às prateleiras com uma série de análises medianas e algumas até desfavoráveis. O fato é que mesmo depois de tanto tempo a inspiração para o personagem principal não veio. O resultado é um careca “bombado” ao melhor estilo Space Marine com luzes na cara... Santa criatividade!

Bacchus D-79 — Star Ocean 4: The Last Hope

A maior crítica frente ao quarto game principal da série foi referente aos personagens. Alguns parecem robôs sinistros em forma de humanos, outras tem vozes irritantes que estimulam o jogador a correr para desligar o video game. Por fim, temos Bacchus, um robô que não esconde o que é, mas que tem um visual no mínimo ridículo.

Suas pernas e braços são desproporcionais ao restante do corpo, as cores não ajudam em nada e a impressão passada é a de que a cabeça e a face dele estão enterradas na armadura. Para piorar tudo, linhas de energia ainda saem dos olhos e vão para a parte de trás da cabeça. Credo!

Luso — Final Fantasy Tactics A2

Simplicidade com certeza não foi o foco deste desenho. Luso tem de tudo em seu corpo: botas com saltos e meias largas, calças e bermuda por cima, botões, cintos e presilhas com bordados de trevos, correntes que cobrem uma espada maior que seu corpo, flores na boina de estilo francês, tecidos que lembram folhas de árvores e até mesmo cotoveleiras!

Uau! Será que faltou alguma coisa? Talvez a espada adicional, ou a bolsa que fica ao lado... A verdade é que é tanta coisa que o pobre personagem (que até tinha potencial) ficou simplesmente ridículo!

Nier

O jogo terá duas versões (uma para Xbox 360 e outra para PlayStation 3), mas ambas carregam consigo personagens de cabelo branco e pele de fantasma. Entretanto, o console da Microsoft é quem mais sofre: o herói parece um velho com rosto que lembra uma caveira, de tão marcado. O resultado é no mínimo estranho...

"Apelando"

Calcinhas, partes balançando e muito mais...

Se alguns dos artistas conseguiram cativar o público por meio do uso de cores, de elementos que são facilmente reconhecidos ou simplesmente pela qualidade geral de suas obras, outros tomam uma rota mais curta: a famosa “apelação”.

Não estamos desmerecendo os personagens que virão abaixo, mas é inegável que todos eles utilizaram a beleza do corpo ou alguma outra tática não tão convencional para se destacarem do resto dos nomes presentes nas prateleiras. Veja a lista.

Damnation

Esse jogo foi massacrado pela Redação TecMundo Games, afinal de contas, é um dos piores lançados durante essa geração de consoles. Tratando dos personagens, quem chama mais a atenção dos jogadores é a garota, que veste uma miniblusa e não usa sutiã, mostrando toda a parte de baixo dos seus seios.

Bayonetta

Pernas longas e formas até exageradas marcam esta bruxa. Ela conquistou muitos ao redor do mundo, mas não há como negar que boa parte do apelo do game parte justamente das sequências de ação exageradas e dos métodos de ataque da garota, que literalmente perde a roupa para ativar forças maiores.

Não deve ter faltado gente tentando mudar os ângulos das câmeras para ver algumas coisas a mais no meio dos combates. O perigo é só se distrair demais e morrer de bobeira, não é mesmo galera?

Nier

Se os nomes principais do elenco deixam a desejar pela falta de criatividade e de cores (como já citado acima), a garota faz os olhos de todos saltarem, pela mesma razão de Bayonetta. A diferença é que aqui as partes estão sempre “cobertas”, com exceção das pernas e da cintura, que tem apenas uma meia longa e uma calcinha...

Dead or Alive e Ninja Gaiden Sigma II

O primeiro jogo é de luta e sempre se gabou das reações da física sobre os modelos das garotas, que exibem seios saltando de cima para baixo com pulos e chutes. A Tecmo aproveitou a técnica no lançamento de Ninja Gaiden II para PlayStation 3, implementando pela primeira vez controles de seios por meio de movimentos. É verdade, e você pode até mesmo conferir o comercial dessa brincadeira abaixo:

Onechanbara

Uma “Cow Girl” Samurai de bikini? Apesar do exagero, é exatamente “isso” que você controla no jogo. A garota, munida de suas duas espadas, exibe quase todas as partes do corpinho, salvo aquelas protegidas pelas finas tiras de tecido que compõe a roupa de praia. Bela proteção contra os ataques, não é mesmo?

Galera, o nosso especial de hoje termina por aqui. É claro que essas são apenas algumas das milhares opções de design de personagens que merecem destaque ou no mínimo comentários. Mas afinal de contas, quais são os seus favoritos ou os mais detestados? Não deixem de postar seus comentários, junto com sugestões de outros nomes do mundo dos games.

Quem sabe nós não damos uma continuação para a lista? Até a próxima e boa diversão a todos — seja com os erros de Ninja Blade ou com a garota de Onechanbara!

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