Os video games já constituem uma indústria multimilionária, ocupando lugar de destaque dentro do entretenimento mundial, com dois dos maiores lançamentos da história do setor (Grand Theft Auto IV e Modern Warfare 2).
Por sinal, já na primeira semana, Modern Warfare 2 arrecadou mais de US$ 550 milhões, enquanto que GTA IV abocanhou aproximadamente US$ 500 milhões em 2008. Isso sem contar os “modestos” 100 milhões de Assassin’s Creed 2.
Poucos ousam questionar cifras como estas, no entanto uma coisa parece perturbar os jogadores. Todos esses grandes títulos que movimentam os lucros da indústria não são exatamente novidades, tanto é que todos são continuações de franquias já bem reconhecidas.
Além disso, em 2010 os favoritos a jogo do ano e maiores faturadores também são sequências (Gran Turismo 5, Splinter Cell: Conviction, Final Fantasy XIII, Halo Reach e God of War 3 entre outros), sem contar as produções em série de linhas como SingStar e Guitar Hero.
Os desenvolvedores já não estão fecundos ou a indústria cresceu de tal forma que não há mais tempo para inovação e criatividade? Existe espaço para originalidade ou as ideias simplesmente se esgotaram?
Por sinal, já na primeira semana, Modern Warfare 2 arrecadou mais de US$ 550 milhões, enquanto que GTA IV abocanhou aproximadamente US$ 500 milhões em 2008. Isso sem contar os “modestos” 100 milhões de Assassin’s Creed 2.
Poucos ousam questionar cifras como estas, no entanto uma coisa parece perturbar os jogadores. Todos esses grandes títulos que movimentam os lucros da indústria não são exatamente novidades, tanto é que todos são continuações de franquias já bem reconhecidas.
Além disso, em 2010 os favoritos a jogo do ano e maiores faturadores também são sequências (Gran Turismo 5, Splinter Cell: Conviction, Final Fantasy XIII, Halo Reach e God of War 3 entre outros), sem contar as produções em série de linhas como SingStar e Guitar Hero.
Os desenvolvedores já não estão fecundos ou a indústria cresceu de tal forma que não há mais tempo para inovação e criatividade? Existe espaço para originalidade ou as ideias simplesmente se esgotaram?
Fordismo virtual
Modo de produção em massa e jogos de video game
Os jogos são desenvolvidos em prazos cada vez menores e as exigências do mercado estão cada vez mais elevadas. Mesmo assim, vários jogos, das mais variadas plataformas, são lançados a cada semana.
Muitos destes título oferecem conteúdo envolvente, recursos técnicos de alta qualidade (gráficos, som, programação...) e, porque não, diversão. Entretanto, mesmo com tais qualidades, esses jogos também parecem vítimas da falta de originalidade evidenciada no setor.
De tempos em tempos uma nova produção injeta novo ânimo nos desenvolvedores e especialmente nos jogadores. Populares e capazes de entreter os usuários, estes jogos logo são copiados à exaustão em uma série de continuações e outros títulos derivados — que apresentam as mesmas características gerais, normalmente cenário e jogabilidade.
Ponto e exemplo: os jogos de tiro ambientados na Segunda Guerra Mundial. É fácil perder a conta de quantos jogos utilizam o mesmo cenário, a mesma jogabilidade e de certa forma o mesmo conteúdo, apenas com gráficos melhores.
Uma continuação ou uma segunda versão de uma série deveria ser bem pensada e não produzida às pressas — em alguns casos utilizando grande parte da programação de seu antecessor —, comprometendo-se a oferecer conteúdos diferentes daqueles presentes no original.
Quem tem pressa come cru!
Cumprindo metas em detrimento da qualidade
Outro problema oriundo do crescimento da indústria que afeta significativamente o processo de criação é o “atropelo” durante o desenvolvimento dos jogos. Com várias empresas preparando títulos conceitualmente similares a produtora que lançar o produto antes fica em posição privilegiada nas prateleiras.
Desenvolvidos as pressas, esses títulos não contam com “luxos” como história bem desenvolvida e conteúdo adicional, e na maioria das vezes “emprestam” o código de outras produções o que no final das contas rendem uma série de jogos iguais e superficiais.
Quando o assunto é uma franquia de peso as coisas ficam ainda piores, já que os desenvolvedores sentem-se obrigados a lançar uma nova edição (ou pacote de expansão) o mais rápido possível para aproveitar o “embalo” gerado pela produção original.
Apressar o lançamento de jogos pode render algumas péssimas decisões no processo de desenvolvimento, o que invariavelmente contribui para a falta de criatividade e originalidade dos títulos.
Desenvolvidos as pressas, esses títulos não contam com “luxos” como história bem desenvolvida e conteúdo adicional, e na maioria das vezes “emprestam” o código de outras produções o que no final das contas rendem uma série de jogos iguais e superficiais.
Quando o assunto é uma franquia de peso as coisas ficam ainda piores, já que os desenvolvedores sentem-se obrigados a lançar uma nova edição (ou pacote de expansão) o mais rápido possível para aproveitar o “embalo” gerado pela produção original.
Apressar o lançamento de jogos pode render algumas péssimas decisões no processo de desenvolvimento, o que invariavelmente contribui para a falta de criatividade e originalidade dos títulos.
Tie Ins
Assista ao filme e decepcione-se com o jogo
Assista ao filme e decepcione-se com o jogo
Alguns dos piores jogos, e melhores exemplos da falta de criatividade e originalidade nos video games, são as execradas adaptações de filmes ou séries de televisão. Medíocres e nada inovadores esses jogos já partem de uma premissa superficial — reproduzir a mesma história em outra mídia.
Alia-se a isso o já mencionado atropelo na produção e temos como resultado uma combinação mortal (para os jogadores). Desenvolvidos as pressas, para que sejam lançados na mesma data que suas contrapartes cinematográficas, esses jogos contribuem pouco para a originalidade da indústria e geralmente oferecem jogabilidade mal construída e gráficos pobres.
O que há velhinho?
Existe um problema?
Há anos a mesma discussão aflige outras mídias (notadamente o cinema e a literatura) e mesmo sem um conclusão, ou apesar de uma conclusão “pessimista”, novas histórias continuam surgindo (agradando ao público, crítica a faturando alto).
E mesmo os emblemáticos representantes dessa falta de originalidade dos jogos atuais seguem chamando a atenção dos jogadores. Modern Warfare 2 não é exatamente inovador, convenhamos trata-se do mesmo FPS que já conhecemos, mas com gráficos muito melhores e um cenários diferente (saem os nazistas entram os terroristas).
God of War 3 é outro bom exemplo: maior e mais belo que seus predecessores, o título não traz grandes novidades a sua jogabilidade (na realidade trata-se do mesmo esquema de jogo presente já na primeira edição da franquia). Mas será que existe algum fã de Kratos que realmente preocupe-se com esse fato?
Que os jogos estão ficando cada vez mais parecidos não há dúvida alguma, mas dizer que não há inovação, ou espaço para a criatividade, já é um exagero. Títulos como Noby Noby Boy, Katamari, Demon's Souls, Portal, Scribblenauts, The Sims, LittleBigPlanet, Metal Gear Solid e Shadow of the Colossus são apenas alguns exemplos de como é possível inovar dentro de um gênero, história ou sistema de jogo já consolidado.
O “Velho Guerreiro” (o Chacrinha para quem conhece) já dizia: nada se cria, tudo se copia. Original ou não o que importa é agradar ao consumidor. Além disso, gosto não se discute e opinião é igual a..., bem todo mundo tem a sua.
E mesmo os emblemáticos representantes dessa falta de originalidade dos jogos atuais seguem chamando a atenção dos jogadores. Modern Warfare 2 não é exatamente inovador, convenhamos trata-se do mesmo FPS que já conhecemos, mas com gráficos muito melhores e um cenários diferente (saem os nazistas entram os terroristas).
God of War 3 é outro bom exemplo: maior e mais belo que seus predecessores, o título não traz grandes novidades a sua jogabilidade (na realidade trata-se do mesmo esquema de jogo presente já na primeira edição da franquia). Mas será que existe algum fã de Kratos que realmente preocupe-se com esse fato?
Que os jogos estão ficando cada vez mais parecidos não há dúvida alguma, mas dizer que não há inovação, ou espaço para a criatividade, já é um exagero. Títulos como Noby Noby Boy, Katamari, Demon's Souls, Portal, Scribblenauts, The Sims, LittleBigPlanet, Metal Gear Solid e Shadow of the Colossus são apenas alguns exemplos de como é possível inovar dentro de um gênero, história ou sistema de jogo já consolidado.
O “Velho Guerreiro” (o Chacrinha para quem conhece) já dizia: nada se cria, tudo se copia. Original ou não o que importa é agradar ao consumidor. Além disso, gosto não se discute e opinião é igual a..., bem todo mundo tem a sua.
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