Se hoje temos acesso a animes como Dragon Ball Z, Naruto e Bleach é porque, há 17 anos, um desenho animado de origem japonesa fez a cabeça de todas as crianças da época: Os Cavaleiros do Zodíaco. A saga dos Defensores de Athena chegou ao Brasil pela extinta TV Manchete em 1994 e não demorou para que aquela geração desejasse elevar seu Cosmo ao infinito assim como os jovens da animação.
No Japão, no entanto, a história de Seiya, Shiryu e Hyoga começou um pouco antes, no ano de 1986, tendo o primeiro episódio da animação sendo exibido no dia 11 de outubro. Para os fãs, a data é de festa, pois a semana passada marcou os 25 anos de estreia do primeiro episódio da série na TV nipônica.
Mais do que filmes, bonecos e mangás, a franquia rendeu vários jogos ao longo desse um quarto de século. Para comemorar, o TecMundo Games relembra alguns que marcaram (ou não) os consoles.
Saint Seiya: Gold LegendA Guerra Galáctica, as Doze Casas e o RemakeA primeira aparição dos Cavaleiros de Athena no mundo dos video games foi em 1987 no bom e velho NES. Apesar dos limites gráficos do aparelho — a abertura em 8 bits e com a música em MIDI é uma das melhores coisas do título —, o jogo se mostrava bem fiel à história, pois exibia desde a luta de Seiya pela conquista de sua armadura aos acontecimentos da Guerra Galáctica.
Em termos de jogabilidade, Gold Legend era uma espécie de RPG side-scroller, por mais estranho que isso pareça. A exploração era feita como na maioria dos jogos de fase da época, ou seja, se limitando apenas a seguir em frente, com a possibilidade de entrar em prédios e outras construções para eventuais diálogos.
Por outro lado, as lutas eram mais estratégicas e tinham diversas variáveis envolvidas, como quantidade de Cosmo usado em cada ataque e o quanto de energia poderia ser convertido em HP.
Saint Seiya: Gold Legend Conclusion
Como era de se esperar, o segundo game deu continuidade direta aos acontecimentos de seu antecessor, desta vez, narrando a saga das Doze Casas, a mais popular de toda a série. Lançado no ano seguinte, o jogo trazia uma melhoria gráfica leve, mas que deixava os Cavaleiros um pouco mais parecidos com o que era visto na TV.
A mecânica também não sofreu alterações. A única grande diferença estava na presença de um novo medidor nas cenas de batalha, apresentando a evolução do Sétimo Sentido de cada personagem.
Saint Seiya: Gold Legend Perfect Edition
No início dos anos 2000, a Bandai, detentora dos direitos sobre Cavaleiros do Zodíaco, tentou entrar no mercado de portátil com o WonderSwan Color. Para chamar a atenção do público, nada melhor do que ressuscitar uma franquia milionária, como Saint Seiya.
Fonte da imagem: GameFAQs
No entanto, em vez de trabalhar em uma produção inédita, o estúdio optou por fazer uma versão que unia os dois jogos do NES, adicionando melhores gráficos. Com isso, tínhamos toda a primeira fase do anime sendo retratada de forma completa e com vários detalhes que a geração 8 bits não permitia. Nas lutas, por exemplo, cenários aperfeiçoados e a própria perspectiva de batalha mudou, exibindo os dois cavaleiros ao mesmo tempo.
Saint Seiya ParadiseQuando o Cosmo também se eleva em seu bolsoAntes de chegarem ao WonderSwan, no entanto, a Seiya e companhia já haviam dado as caras em outro portátil. Saint Seiya Paradise, lançado para Game Boy em 1992, é considerado por muitos fãs como a melhor adaptação da animação para video games feita até hoje, seja pelo sistema pouco pelo complexo ou pela amplitude da narrativa, que ia desde a Guerra Galáctica até os Templos dos Generais Marinas de Poseidon.
Mesmo com seu visual extremamente simples — o jogo era completamente em preto e branco e os personagens possuíam um estilo mais infantil —, o título agradou por abandonar todas as mecânicas complexas de outrora e apostar na fórmula básica de RPGs por turnos. Até mesmo o sistema de equipes compostas por quatro pessoas permaneceu.
Saint Seiya: Typing Ryû Sei KenAthena, Cosmo, armaduras e... Digitação?O que você espera de um jogo cujo nome pode ser traduzido em “Meteoro de Digitação”? Pois é exatamente com essa proposta bizarra que Saint Seiya: Typing Ryû Sei Ken chegou aos PCs em 2002. A ideia era recriar as principais batalhas do anime, mas de forma nada convencional. Você devia digitar as palavras que surgiam na tela no menor tempo possível para reunir Cosmo o suficiente para atacar — algo que era feito quando você escrevia o nome do golpe. De tão estranho, caiu no esquecimento até dos fãs mais apaixonados pela obra de Masami Kuramada.
A geração PlayStation 2Resgatando a franquia
Para comemorar os 20 anos de Cavaleiros do Zodíaco, a Namco Bandai lançou Saint Seiya: The Sanctuary para PlayStation 2. Trata-se da sexta retomada da saga das Doze Casas, com a diferença de que a jogabilidade agora é centrada no estilo luta, se encaixando perfeitamente à proposta da série.
A lista de personagens era bem vasta, incluindo desde os cinco protagonistas aos doze Cavaleiros de Ouro, contando também com alguns guerreiros prateados e até mesmo os famigerados Cavaleiros de Aço. Por outro lado, The Sanctuary pecava por trazer uma jogabilidade extremamente travada em que era preciso apertar todos os botões do Dual Shock 2 ao mesmo tempo para seguir o Cosmo de Athena e voltar ao combate.
Hades entra em cena pela primeira vez
O último jogo estrelado por Pégaso e companhia foi Saint Seiya: The Hades, lançado em 2006 também para PS2. Apesar ter sido lançado pouco tempo depois de Sanctuary, essa sequência se destacou por ter corrigido os problemas de seu antecessor e ter ampliado ainda mais as possibilidades de escolha.
Baseando-se na saga de Hades, que havia estreado pouco tempo depois de um hiato de duas décadas, era possível escolher tanto os personagens do jogo anterior quanto os Espectros do Senhor dos Mortos, como Radamanthys de Wyvern e as versões malignas de Gêmeos, Aquário e Capricórnio.
Saint Seiya: Sanctuary BattleA próxima missãoSe você é fã, já deve saber que a Namco Bandai pretende retomar a franquia com Saint Seiya: Sanctuary Battle. Apesar de apresentar novamente a ida dos Cavaleiros de Bronze ao Santuário, a pegada é um pouco diferente, pois o foco estará na ação e será possível enfrentar até mesmo aqueles soldados que não possuem nem mesmo uma armadura.
Pelo que pôde ser visto nos trailers, o game promete ser bem fiel à animação, incluindo cenas importantes dos combates, como a luta entre Ikki de Fênix e Shaka de Virgem e o polêmico abraço de Shun de Andrômeda em Hyoga de Cisne.
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