Videoanálise
A essa altura do campeonato, a história da luta dos humanos contra os Helghans em Killzone 3 já foi contada e recontada pelo menos algumas vezes. O FPS da Guerilla Games, lançado em 22 de fevereiro deste ano, recebeu nota 98 em sua análise no TecMundo Games, e é um sério candidato a Jogo do Ano, além de poder ser considerado um dos melhores games de tiro desta geração.
Um título tão grandioso como esse, então, é digno de um pacote de colecionador igualmente épico. E foi justamente isso que a Sony entregou com a Helghast Edition, que chegou ao mercado junto com o game em sua versão normal e traz uma série de extras caprichados, para fã nenhum botar defeito.
Mesmo ainda fechada, a edição especial já chama a atenção devido ao tamanho da caixa. Lá dentro, está um dos itens principais do pacote: um capacete Helghan que, apesar de não ser em tamanho real, é extremamente detalhado e serve de abrigo para o game e um artbook. O livro, de capa dura e com cem páginas de papel de alta qualidade, traz uma série de imagens do game, desde conceitos abandonados até detalhes dos personagens, passando por cenários e armamentos.
Dentro da caixa, ainda, há uma action figure de um dos soldados Helghans, o Cloaking Marksman. O inimigo é conhecido dos que jogaram Killzone 3, utiliza um rifle de franco-atirador e tem a capacidade de ficar invisível. O boneco reproduz exatamente essas características, com metade do corpo translúcido.
O próprio jogo, apesar de estar apresentado na mesma edição comum que pode ser encontrada em qualquer loja de games, guarda mais uma surpresa aos fãs do FPS da Guerilla. O Super Voucher, cartão com um código que deve ser inserido na PSN, dá direito a uma série de regalias digitais que completam a edição de colecionador:
- Experiência em dobro e acesso a todas as armas e habilidades do jogo durante as primeiras 24 horas de jogo online;
- Retro Map Pack, pacote com dois mapas de Killzone 2 para serem utilizados no modo multiplayer;
- Download gratuito da trilha sonora de Killzone 3;
- Um tema do game para o XMB do PlayStation 3
De forma geral, a edição especial de Killzone 3 é tudo o que um fã da série merecia, e faz jus a todo o potencial do título. O preço, porém, é alto, mas vale cada centavo. O preço sugerido para lançamento é de US$ 129,99, cerca de R$ 205. O valor médio encontrado em lojas de games aqui no Brasil, porém, é de cerca de R$ 400.
Mergulhe de cabeça na guerra
Fonte da imagem: Rob GroovePor padrão, todas as versões de Killzone 3 já vêm habilitadas para serem jogadas em 3D estereoscópico. Nem todos os gamers, contudo, poderão usufruir do título nesse formato. Para curtir o game com os efeitos tridimensionais, é preciso uma televisão que suporte a tecnologia e, de preferência, um cabo HDMI 1.4, que proporciona uma maior taxa de transferência entre o console e o televisor.
Se você é um dos felizardos por possuir todos os equipamentos acima, basta ativar o 3D no menu de opções do jogo, colocar os óculos e enxergar as batalhas de Killzone 3 de maneira um pouco diferente do normal.
Os efeitos tridimensionais do game, porém, não são tão profundos como aqueles vistos no cinema. Nas cenas de corte, por exemplo, é possível ter uma noção um pouco melhorada das profundidades e perspectivas entre os personagens e os cenários. Durante o jogo em si, essa profundidade é um pouco mais reduzida, mas não chega a ser imperceptível.
No entando, o 3D é claramente percebido quando o jogador utiliza o visor da arma para atirar. Desta forma, é possível ter a ilusão perfeita de que o equipamento está “saltando” na direção do jogador, e ter a noção exata do posicionamento e distância até cada um dos inimigos na tela.
Uma das técnicas mais utilizadas para se exibir uma tecnologia de três dimensões é atirar alguma coisa na direção do espectador. Como velhos hábitos dificilmente morrem, esse clichê também está presente em Killzone 3, em forma de granadas. Com o 3D ligado, os Helghans abusam dos explosivos atirados na direção do jogador e, se já eram exímios lançadores antes, agora dificilmente erram o alvo.
Em 3D, Killzone 3 aparece tão bonito quanto a versão comum, e com contornos mais definidos. A utilização equilibrada dos efeitos não cansam os olhos do jogador tanto quanto no cinema e quase não causam quedas perceptíveis na contagem de quadros por segundo. Ponto para a Guerilla, que soube usar a tecnologia de forma inteligente, e tornar sua obra-prima ainda mais interessante.
Acessório transforma jogador em bucha de canhão
Em nossa análise de Killzone 3, afirmamos que a utilização do PlayStation Move, periférico para controle por movimentos do PS3, diminui e muito a precisão dos controles do game. Ao observar a Sharp Shooter, metralhadora dedicada a jogos de tiro, é possível pensar que a maior firmeza proporcionada pelo acessório pode reduzir um pouco os problemas de mira. A afirmação não poderia estar mais errada.
Mesmo com uma maior firmeza e a possibilidade de apoiar a metralhadora no braço e nos ombros, jogar Killzone 3 com o Move ainda é um martírio. Se você gosta de ser preciso e matar os oponentes apenas com tiros bem calculados e direto na testa, pode ficar muito nervoso com essa combinação, mesmo com a sensibilidade dos controles configurada para o menor valor possível.
Na maior parte do tempo, o jogador se verá perdido em meio ao fogo inimigo, tentando desesperadamente se localizar no espaço para fugir em direção a um local seguro ou tentar atirar contra os inimigos. Nesse meio tempo, porém, são grandes as chances de ser alvejado completamente.
A Sharp Shooter, todavka, tem um design interessante. Os botões são dispostos de forma intuitiva pelo acessório e permitem acesso rápido sem comprometer a agilidade do jogador. A possibilidade de ajustar o apoio traseiro da arma também deve agradar, pois permite que usuários de todos os tamanhos utilizem a Sharp Shooter.
Um fator que merece atenção: para utilizar a Sharp Shooter você, obrigatoriamente, deve possuir o PlayStation Move e o Navigation Controller, que também possui um encaixe perfeito no suporte de plástico. Sem a dupla, não é possível jogar Killzone 3 e, provavelmente, a maioria dos jogos de tiro que ainda serão lançados para o periférico.
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