É verdade que a grande maioria das propostas dos games tem por objetivo transformar o mundo em um lugar melhor. Você pode ser o herói que livra o cosmos de um terrível facínora — reservando-se o direito de entrar na alcova da princesa, uma vez que tudo esteja resolvido. Pode ser o sujeito durão responsável por uma faxina alienígena. Pode também encarnar a esperança dentro dos seus próprios pesadelos.
Entretanto, respeitando o bom e velho maquiavelismo, é natural acreditar que praticamente qualquer coisa pode acontecer entre o início do problema e os aplausos por parte do público agradecido. E, bem, é nesse momento que um dos traços mais singulares de todo bom jogador surge. Quer dizer, quem realmente vai se importar se o salvador da humanidade, em determinado momento, saiu atirando em civis sem motivo aparente?
Dessa forma, se é verdade que alguns jogos transmitem valores de heroísmo e determinação... Também é possível ler nas entrelinhas algo como “é preciso quebrar alguns ovos para fazer uma omelete”. Ou vai dizer que você nunca dirigiu na contramão em GTA, destruiu uma cidade inteira em SimCity ou arrastou civis a cavalo em Red Dead Redemption?
Talvez seja o fato de nós sabermos que não haverá represálias... Ou, quem sabe, as coisas simplesmente se tornem maçantes demais após um bom tempo seguindo pelo “caminho das pedras”. De qualquer forma, há algo que parece ser constante: todo jogador, em algum momento, experimentou o gostinho de transformar o herói do game em um sádico honorário.
E para o caso de a sua memória estar falhando, o TecMundo Games reuniu alguns dos melhores exemplos de como sacanear o próximo em video game. De fato, ao rememorar a longa história do entretenimento eletrônico, é fácil perceber que não faltaram oportunidades para ver o circo pegar fogo.
12 maneiras de bancar o sádico nos gamesPorque um pouco de maldade, às vezes, pode fazer bem
- Trocar sopapos em jogos corporativos
Eis um verdadeiro clássico. Imagine a cena: você e aquele seu bom amigo juntaram forças para desmantelar o insidioso império do crime em Streets of Rage. Entretanto, entre uma e outra leva de inimigos virtualmente idênticos, você consegue uma arma extra: um singelo cano de PVC.
Em seguida, um trecho relativamente longo de caminhada sem que qualquer inimigo dê as caras, e você começa a cogitar as possibilidades. Lá pelas tantas, munido do mais completo sadismo, você lasca uma bela pancada no seu companheiro, seguida de uma risada malevolente. Enfim, o resto é autoexplicativo. Apenas tente conservar algumas vidas e “continues”, já que, quando o seu momento de chutar o balde passar, é provável que os vilões ainda estejam por ali.
- Torturar Sims
Ah, os bons ratos de laboratório da EA, sempre um convite aberto às mentes inescrupulosas — ou aos jogadores entediados com rotina “acorda-trabalha-dorme” dos seus avatares. E as possibilidades são inúmeras. Uma das mais tradicionais, simples e perversas — conhecida por nove em cada dez jogadores de The Sims não puritanos — consiste em ordenar que o Sim entre na piscina, para alguns bons minutos de exercício físico.
Desconhecendo os seus pensamentos malignos, o pobre sujeito dá um belo mergulho para se refrescar. Em seguida, você simplesmente altera o cenário para, deliberadamente, excluir a escada. Sim, isso seria normal em qualquer circunstância real... Mas é uma verdadeira sentença de morte para um Sim que, inexplicavelmente, não consegue sair da piscina sem aquela escada — o que atrairá o ceifador em pouco tempo na velocidade acelerada.
É claro, as possibilidades são inúmeras. Um Sim também pode facilmente morrer de fome, e há lendas de jogadores que emparedaram suas pobres criaturas — quem diria que algo tão singelo quanto um Modo Construção poderia ter tanto potencial em cérebros mais... Criativos.
- Matar inocentes em títulos Sandbox
Ok, esse é quase um lugar-comum. Quer dizer, que atire a primeira pedra o jogador de GTA e Red Dead Redemption (ou qualquer outro game de mundo aberto) que nunca foi à desforra ao perceber que possuía um arsenal de dar inveja a mafiosos em uma cidade superlotada de transeuntes — tão facilmente transformados em alvos. Uma tentação grande, sem dúvida. Depois basta voltar para as missões principais, fingindo que nada aconteceu.
- Dar uma de Nero em SimCity
Poucas tarefas podem ser mais recompensadoras quanto criar, a partir de uma planta baixa, toda uma megalópole dotada de tecnologia de ponta e recursos praticamente infinitos. Na verdade, talvez exista apenas uma: mandar toda aquela maravilha pelos ares, trazendo a desgraça para a sua bela cidade.
Mas diferente daquele famoso imperador romano, você conta com bem mais do que apenas o fogo. Sim, destruições mais clássicas estão disponíveis: vulcões, furacões etc. Entretanto, caso a sua malevolência esteja em um dia particularmente excêntrico, também será possível enviar robôs gigantes ou organizar uma invasão alienígena — compor canções enquanto a coisa toda vai para o brejo é opcional.
- Deixar a sua carona à própria sorte
Estritamente falando, o botão para abandonar um veículo em movimento foi acrescentado em GTA para que você pudesse poupar o seu próprio nariz de uma desgraça maior do que rolar pelo asfalto. Mas, é claro, as mentes mais diabólicas sempre conseguem imaginar uma utilização pouco óbvia.
Eis o legado deixado para os jogadores mais inocentes: enquanto o seu carona conversa tranquilamente com você, busque o primeiro local em que uma enorme desgraça possa ocorrer — uma ribanceira serve —, pule do carro, e observe enquanto o sujeito, incrédulo, rola e se sacode rumo a UTI mais próxima.
Uma variante interessante pode ser conseguida com a moto de Carl Johnson em GTA San Andreas. Basta dar uma carona para uma das tantas namoradas do sujeito. Em seguida, bata exatamente de frente em alguma barreira... E deixe que a boa e velha inércia faça o resto.
- Estapear os seus intermediários terrenos em Black & White
Em Black & White, a Lionhead Studios fez de você um deus. Entretanto, para executar a maior parte das suas ações terrenas, você precisará de um emissário. Caso se trate do primeiro jogo, as opções eram um macaco, um tigre e uma vaca (sim, uma vaca).
Caso tudo isso não seja suficientemente bizarro, o game ainda dispunha de algumas medidas... Educativas, por assim dizer. Em outras palavras, se aquela enorme criatura não acatasse as suas ordens, sempre era possível estapear o pobre animal — é provável que a Sociedade Protetora dos Animais não permitisse algo assim hoje em dia. Mas espere, fica ainda pior: as “partes baixas” da criatura também são um alvo!
- Aporrinhar Mei Ling em Metal Gear Solid
A bela Mei Ling representa um belo reforço em Metal Gear Solid. Afinal, é a moça que salva o seu jogo, impedindo que tudo se perca caso o próximo inimigo não seja enganado pelo seu brilhante disfarce de caixa de papelão.
Entretanto, nem tudo são protocolos militares no seu relacionamento com a moça. Senão, experimente abrir a tela de salvamento várias vezes seguidas, unicamente para desistir, escolhendo “Não Salvar”. Não há paciência oriental que resista a isso por muito tempo — repare que a beldade chega a mostrar a língua após várias aporrinhações do indeciso Snake.
- Laçar Civis em Red Dead Redemption
A Rockstar é perita em fornecer as ferramentas para que aquele naco de sadismo, presente em cada jogador, encontre um duto de saída. Afinal, quem não imaginaria o resultado de dar um cavalo e um laço a John Marston, acrescentando a possibilidade de, eventualmente, laçar transeuntes aqui e ali? Ok, é provável que você enjoe disso... Mas demora algum tempo.
- Fazer qualquer coisa em Mad World
Mad World não é apenas violento. É tremendamente doentio, sanguinário e politicamente incorreto — contendo ainda uma boa dose de humor negro. Sem dúvida um caso notável. Isso porque o sadismo aqui não é a exceção... É a regra. Dessa forma, talvez um desafio genuíno aqui consista em eliminar um inimigo sem requintes de crueldade — quer dizer, sem utilizar placas de trânsito, latões de gasolina, ventiladores industriais, trens em alta velocidade...
- Dizer “Adeus, mundo cruel!”
Vai dizer que você nunca se sentiu terrivelmente tentado a jogar Carl Johnson ou Niko Bellic de um helicóptero ou do topo de um arranha-céu? Afinal, embora o sujeito vire paçoca ao abraçar o asfalto, sempre se pode voltar do último ponto salvo. Até porque, convenhamos, é provável que alguns jogadores tenham saudade do período áureo dos games. Quer dizer, aquele tempo em que os personagens realmente morriam nos jogos. Deve haver alguma compensação, certo? (Fonte do vídeo: Machinima)
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Trazer o mais completo caos para GTA
Quando você se encontra em um período razoavelmente malevolente, há sempre um pedestre em Red Dead Redemption ou um Sim distraído. Entretanto, caso a sua ideia seja dar vazão ao mais completo ímpeto de maldade, então Grand Theft Auto é o seu jogo... E o tanque de guerra é o seu veículo.
Provocar o mais completo caos em GTA é um deleite completo para o sádico de plantão. Quer dizer, além de as suas próprias armas provocarem um bom estrago, há ainda a polícia, sempre bem disposta para arremessar seus carros explosivos sobre praticamente qualquer coisa. Depois simplesmente esqueça tudo e carregue o último ponto salvo... Para evitar a cadeia, naturalmente.
- Provocar um “dá carrinho não, mano!”
“Carrinho” é aquela medida desesperada que você utiliza no futebol quando um jogador realmente precisa ser parado. Isso deve ser feito com jeito, direto na bola e apenas durante o tempo estritamente necessário... Ou você pode exercitar o seu sadismo disparando um atrás do outro, o que provocará ainda a fúria daquele seu rival pouco paciente.
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