As maiores "proezas" de nossas vidas como jogadores

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Pausa para a reflexão (Fonte da imagem: Reprodução/Ryotiras)
Jogar video game é colecionar vitórias. E não se trata apenas chegar em primeiro lugar naquela corrida ou vencer o último chefe, mas de realizar um feito que ninguém mais seria capaz. Sabe aqueles momentos em que você faz algo tão incrível que precisa contar para alguém sua proeza?

No entanto, esses grandes feitos nem sempre são motivos de orgulho. Quem nunca fez uma gambiarra enorme para conseguir passar de determinada parte ou criou todo um mecanismo para conquistar aquele troféu incrivelmente chato? A vida dos jogadores é repleta desses momentos.

E nem importa o nível de dificuldade, já que a questão é o desafio. Para alguns, uma maratona já é o suficiente para se sentir orgulhoso, enquanto outros querem sempre ir além e estão constantemente em busca de algo para motivá-los a avançar.

Contando histórias

É claro que você já deve ter passado por algo assim ou visto alguém fazendo o absurdo. Na pior das hipóteses, ouviu histórias. Sabe o amigo do primo do irmão de seu vizinho cuja existência você nunca acreditou? Pois ele pode existir e estar fazendo alguma barbaridade neste exato momento.

Afinal, quem acreditou que algum maluco foi capaz de terminar Soul Calibur usando uma vara de pescar na dificuldade Ultra Hard? Falando assim parece um exagero, mas existem vídeos que comprovam o fato e mostram que o mundo está muito mais repleto de loucos do que imaginamos.

E nem é preciso ir muito longe para ver coisas do tipo. A redação do TecMundo Games, por exemplo, é um ninho para essas “proezas bizarras”. E o mais engraçado é que boa parte do motivo de orgulho para uns é acompanhado da vergonha para outros.

Talvez o momento mais simbólico que ilustra esse tipo de situação foi a vez em que vi o Gabriel humilhando todo mundo no escritório em Super Street Fighter IV com a bateria do Rock Band. Usando o direcional do acessório para movimentar o personagem e os bumbos para soltar ataques, ele conseguiu fazer com que todo mundo abandonasse o jogo por um bom tempo, já que ninguém mais teve coragem de voltar às lutas depois daquela surra. Eu fui um deles.

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Outra peripécia que é até hoje lembrada por aqui foi a análise de Prince of Persia: The Forgotten Sands. Na época em que o último capítulo da série saiu, o atual coordenador do BJ, Ricardo Fadel, ainda escrevia e passou um bom tempo tentando passar de uma sequência de armadilhas. Foi quando um amigo nosso entrou na sala, tirou sarro da falta de habilidade e disse que passaria daquela parte com os olhos fechados. Ofendido, Fadel passou o controle e o infeliz conseguiu cumprir com a sua palavra. A vergonha persiste até hoje.

Porém, como citei no início do texto, todo mundo tem algum tipo de história para contar. Por conta disso, decidimos jogar a bola para os demais redatores do site para saber de quais as peripécias eles mais se orgulham nessa vida de jogador.

Terminando Metal Gear com o péGabriel Soto Bello – Apresentador

A galera me zoa até hoje e muita gente acredita que não é verdade (inclusive você, quer ver só?). Mas, realmente aconteceu: eu terminei Metal Gear Solid para o PlayStation com os pés. Como assim, Gabriel? Bem, a falta do que fazer unida com a falta de jogos gerou uma nova maneira de usar o controle, que também rendeu muitas risadas. Mesmo com auxílios em algumas partes, o tiro final foi dado usando meu dedão. Devia ter um troféu para isso!


A saga do Mega DriveCarlos Eduardo – RedatorStreets of Rage trouxe um dos melhores multiplayers da história do entretenimento eletrônico. Mas eu tinha um problema: meu Mega Drive ainda tinha apenas um controle e ia demorar um pouco para que eu pudesse comprar outro. Foi então que tive a epifania: “Hein, mas o plug do controle do Atari [que eu ainda possuía na época] é exatamente igual!”.

Ao plugar o controle, a surpresa: o direcional realmente funcionava, enquanto o único botão do joystick atuava como os botões “A” e “B” simultaneamente. Dessa forma, embora pudéssemos jogar, meu amigo enfrentava a limitação de não poder pular e de ter que se aguentar ao máximo antes de apertar o botão — já que ele dava socos e disparava o especial do carro ao mesmo tempo.


Com isso, eu dava cobertura para ele até que juntasse um bom número de inimigos na tela. Quando isso acontecia, ele apertava o botão e soltava o ataque especial do personagem. E como só era fazer isso uma vez por vida, ele precisava avançar normalmente a partir daí, embora sem poder pular.

E, depois de tudo isso, finalmente comprei um controle adicional! E não era qualquer controle: era um daqueles modelos apelões, com turbo independente para os botões, câmera lenta — que nada mais era do que um “aperta/desaperta” repetido do botão “Start” — e um belo visual.

Entretanto, ao plugar o controle tive uma surpresa: as direções “esquerda” e “direita” do D-Pad estavam trocadas. Eu não poderia simplesmente voltar para o meu controle comum do Mega — isso seria ultrajante! Também não havia como arrumar naquele momento... De forma que eu comecei a jogar daquele jeito mesmo.

(Fonte da imagem: Reprodução/Retro)
Após alguns dias, estava plenamente acostumado. Na verdade, tive dificuldades depois para voltar para o direcional “normal” — eu jogava até mesmo Street Fighter II naquela situação lamentável.

Em busca dos melhores temposVinícius Karasinski – Redator

Quando Resident Evil 2 foi lançado, eu e um grupo de amigos costumávamos bater recordes e mandar para as revistas. Como eu gostava muito da série, peguei o jogo para tentar bater recordes de tempo. Eu cheguei a zerar o primeiro cenário do Leon mais de 7 vezes seguidas sem salvar uma única vez para conseguir bater o recorde de tempo no Rank S. Todas as partidas eram gravadas em uma fita de vídeo, que infelizmente foi consumida pelo mofo e não existe mais para comprovar os fatos. Consegui fazer o tempo de 1h19, que infelizmente já foi batido por outros jogadores.

Bonus Round

Além disso, eu sempre gostei de jogar no PC. O problema era que, nos meados dos anos de 1990, era mais difícil encontrar controles de qualidade para os computadores, pelo menos aqui no Brasil. Por sorte, descobri um jeito de converter o circuito do controle de Super Nintendo para o PC, algo que rendeu conversões para mim e para todos os meus amigos.

Zerou ContraAndré Luiz “Oda” – Redator

Hoje em dia, o nível de dificuldade dos jogos de tiro é bem menor do que no passado, vide a série Contra. Era só tomar um tiro e você morria. Simples assim. Contra HARD Cops, para Mega Drive, colocava quatro personagens sensacionais em um game com diversos finais. Um dia, resolvi que completaria todos eles. Com a ajuda de um amigo e muita paciência, fechamos todos os sete finais em um único dia. Foi épico.

Recentemente, tentamos repetir a proeza. Digamos que ir além das primeiras fases se tornou uma tarefa um pouco mais difícil com o passar dos anos.

Maurício Tadra – RedatorPerdeu a vida para Demon’s SoulsImg_normalConheci Demon’s Souls na Páscoa de 2010. Querendo aproveitar a folga do feriadão, decidimos conferir o porquê de todo mundo falar que aquele era o RPG mais difícil de todos os tempos. E o que era para se tornar apenas o passatempo de uma tarde acabou nos engolindo por três dias.

Sem saber em estávamos nos metendo, eu e meu colega colocamos o jogo dentro do PlayStation 3 na quinta-feira à noite e, quando nos demos conta, já era domingo à tarde e nós tínhamos conseguido fechar o game. O mais impressionante é que o arquivo do jogo salvo estava indicando 69 horas corridas, das quais nós não podemos afirmar se houve chuva, sol, noite ou mesmo dia. Só sei que em uma hora estávamos começando o jogo e dois ou três dias depois nos tornamos pessoas muito melhores.

Jogar PES com controle de TVCássio Barbosa- Redator

Se você tiver um PlayStation 3 e uma televisão recente da Sony (como as da linha Bravia), saiba que é possível o controle da TV para navegar pelos menus do console. O mais interessante, no entanto, é que ele também é compatível com alguns jogos, como Pro Evolution Soccer. Os comandos oferecidos são limitados, sendo que é possível apenas movimentar seu jogador e realizar passes rasteiros. Ainda assim, você pode se divertir um pouco.

Não destruiu seu video gameFelipe Demartini – Redator

Para uma pessoa extremamente azarada tecnologicamente como eu, a maior proeza recente foi ter conseguido trocar o HD do meu PlayStation 3 sem destruir o console ou o disco rígido.

Explico: sou daqueles que destrói tudo o que toca. Certa vez, acabei com um computador de forma desconhecida até hoje, simplesmente porque tentava girar um parafuso que estava entalado na carcaça.

Por mais que o processo seja simples, a ideia de abrir o meu console e lidar com algo tão sensível quanto todos os meus dados contidos ali parecia aterrorizante. Mas eu fui em frente, troquei o HD pela primeira vez e, claro, não funcionou. O console demorava para iniciar e eu cheguei a contar 18 minutos no loading inicial de The Last of Us, até que ele carregasse uma versão sem texturas e com personagens estátua.

Depois de meia hora achando que tinha feito algo de errado, conversei com a consciência coletiva que é o Twitter e, com a ajuda principalmente do amigo Vinicius Karasinski, cheguei à conclusão que o problema estava no HD comprado. E não, eu não havia destruído ele! Troquei na loja e hoje tenho muito espaço no meu PS3, que vive feliz e contente em minha estante, funcionando perfeitamente.

E você?

Você certamente já deve ter feito algo bem bizarro ou conseguiu algum tipo de proeza única enquanto jogava. Seja passar da sequência dos raios de Heavy Rain usando a língua ou amarrando um pedaço de elástico no Vita para conquistar um troféu em Assassin’s Creed 3: Liberation, tudo é válido.

Portanto, conte-nos qual foi a maior “conquista da vida” que você desbloqueou enquanto se divertia. Quem sabe isso tem alguma finalidade ou o torna famoso?

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