Fonte: Reprodução/TecMundo Games.
Em entrevista realizada na sede da Ubisoft em São Paulo, Corey May, um dos principais roteiristas da série Assassin’s Creed, abordou as afirmações sobre a existência de um fim para a franquia feitas anteriormente por Ashraf Ismail, diretor do novo jogo da marca, Black Flag.
O escritor disse que a série ainda pode continuar por tempo indeterminado e também falou sobre as possibilidades dos próximos jogos e sobre a relação com o público brasileiro. “Não sei exatamente o contexto em que isso foi dito, mas não temos planos de encerrar a série no momento”, afirmou May.
De acordo com o roteirista, o fato do mundo da série ser sobreposto à nossa realidade proporciona uma enorme quantidade de ambientes e situações que permitem que a franquia continue por tempo indeterminado. “Se quisermos, podemos continuar fazendo Assassin’s Creed até o dia em que o mundo acabar”, pontuou.
Novos tempos, novas paisagens
Fonte: Reprodução/Gamezone.
Com relação a quais locais e períodos históricos gostaria de usar para situar os próximos jogos, o escritor disse sentir uma forte atração por Londres na era vitoriana e na época da Revolução Industrial, que seriam períodos ricos e fáceis de explorar. Ele também gostaria de voltar aos Estados Unidos, dessa vez nos anos de 1916-17 (durante parte da Primeira Guerra Mundial), possivelmente passando por trechos no Reino Unido e na França.
May também afirmou que está bastante interessado na Índia, onde se passa a história da HQ Assassin’s Creed Brahman. Além disso, o escritor disse que gostaria de criar algo que envolvesse diretamente o período da Primeira Civilização, embora saiba que dificilmente teria a chance de fazer um jogo inteiro centrado nessa época remota.
Presença brasileira
Sobre a possibilidade de um game da série situado no Brasil, May afirmou que ainda não há planos definidos, mas se demonstrou admirado com a devoção dos fãs. “Eu já tinha ouvido falar que Assassin’s Creed é muito popular por aqui, mas realmente fiquei surpreso com a paixão que os fãs demonstram. É algo que certamente vou comentar com os chefes quando voltar”, afirmou.
Fonte: Reprodução/Jovem Nerd.
A respeito do assassinato da família Pesseghini, que deu origem a ligações entre os supostos motivos da ação do filho e os jogos da franquia, Corey May afirmou que os sentimentos de todos os membros da Ubisoft estão com os afetados pela tragédia. Segundo ele, a empresa vai esperar a conclusão das investigações para discutir as repercussões do caso.
Legado diversificado
Perguntado se Edward Kenway estaria presente em outros jogos da série ou se ele seguiria o exemplo de Connor e seria protagonista de apenas um título, o roteirista afirmou que tudo é possível, ainda que não saiba de nenhum plano no sentido de continuar com o personagem. “Quando criamos o Altair, pensamos que ele estaria presente só no primeiro game, mas então tivemos a chance de trazer ele de volta no Revelations e deu muito certo”, disse.
May também ressaltou que os jogos não são a única possibilidade para a utilização de personagens e a exploração de novas épocas e locais. Espaços como as HQs, livros, filmes, desenhos animados e sites (como o novo Initiates, que pretende reunir tudo o que existe sobre o universo de Assassin’s Creed) podem ser utilizados para experimentar novos conceitos, que podem ou não ser aproveitados nos games futuros.
Quando questionado sobre o papel do novo protagonista dos tempos modernos e sobre o significado do uso das memórias de assassinos pela Abstergo Entertainment, o escritor afirmou não poder dar detalhes além dos já divulgados. “Vocês vão ter que esperar para ver por conta própria, mas o jogo está ótimo, então não vão se decepcionar”, concluiu.
Assassin’s Creed IV: Black Flag tem lançamento previsto para PS3, Xbox 360, Wii U e PC no dia 29 de outubro. O PlayStation 4 deve contar com o jogo na data de seu lançamento, com o Xbox One recebendo o título pouco tempo depois.
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