Entrevista TCG: produtores de Just Dance falam sobre a franquia e o seu futuro

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Os produtores Véronique Halbrey e Alkis Argyriadis (Fonte da imagem: Reprodução/BJ)

A dança pode ser considerada uma arte representada de diversas formas possíveis. O que muitos não imaginavam é que um dia ela fosse transportada a um jogo com tamanha imersão. É exatamente essa a premissa de Just Dance, franquia da Ubisoft que já ostenta quatro títulos e pretende expandir sua marca para oferecer ainda mais estilos de dança.

Em entrevista ao BJ, o diretor-criativo Alkis Argyriadis e a diretora de conteúdo Véronique Halbrey falaram sobre os principais aspectos da franquia, os diferenciais no mercado e as possibilidades de expansão no futuro.

Um país "dançante"

Em visita ao Brasil pela primeira vez, os produtores disseram ter "adorado" o país e sentiram um "clima muito dançante" nas pessoas e na cultura. Se teremos uma versão carnavalesca de Just Dance? Não deixa de ser uma hipótese. Bem-humorados, Alkin e Véronique se mostraram abertos à ideia e esboçaram visões otimistas da franquia no mundo e em especial no Brasil. Confira, na íntegra, a entrevista concedida ao BJ:

Obrigado pela disponibilidade em conceder esta entrevista. Sentiram algum clima "dançante" aqui no Brasil?

Alkis Argyardis - Nós é que agradecemos. Dá para sentir a cultura do país com muita vibração musical. O clima "dançante" está nas ruas, nas pessoas. É a nossa primeira vez no país e estamos adorando!

Véronique Halbrey - A dança faz parte de uma vida saudável, do bem-estar, e esse tipo de preocupação existe no Brasil. As pessoas parecem se expressar com a dança, dá para sentir isso.

(Fonte da imagem: Reprodução/BJ)

É importante para o mercado existir um título com esse grau de interatividade. Vocês acham que Just Dance é capaz de atrair gamers de diversos perfis diferentes? Por quê?

A. A. - É um game para todos. Ele foi feito com a intenção de não ser categorizado, mas sim acessível a todo e qualquer público de vários perfis e idades. É natural que um gamer hardcore não se identifique tanto com a proposta logo de cara. Mas veja, Just Dance foi concebido para estar na sala, no centro da casa, onde todos possam ver e interagir. Mesmo esse gamer hardcore pode gostar da ideia como um todo, do grau de interação possível.

Os games que usam instrumentos musicais estão em baixa, muito em função dos sensores de movimento à disposição. Vocês imaginam uma reinvenção desses periféricos? Pensam em talvez desenvolver algo que envolva os instrumentos?

A. A. - É uma questão interessante. Nós da Ubisoft sempre buscamos formas de criar interatividade entre pessoas e máquina, ainda mais no que diz respeito a "dança". Jogos como Guitar Hero e Rock Band são ótimos, mas acabam restringindo um pouco a interação. Mesmo que os amigos consigam formar uma banda completa nesses jogos, a sensação é diferente — e o estilo musical é categorizado. Dançar sem utilizar qualquer controle permite que as pessoas sintam o jogo.

V. H. - Em Guitar Hero, por exemplo, é necessário dominar o esquema de jogo para progredir. As coreografias de Just Dance dão mais liberdade, afinal, não importa que movimento você faça, estará dançando. O jogo sempre continua, mesmo que você não se saia tão bem.

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Just Dance 4 pode ser considerado o mais eclético da franquia, introduzindo nomes do rock como Elvis Presley e Europe, além de canções do ritmo latino como "Livin' la Vida Loca", de Ricky Martin. Essa variação busca justamente atingir novos públicos ou é apenas uma consolidação da marca?

A. A. - As duas coisas. Queremos ter a maior diversidade possível de canções e gêneros musicais, até mesmo os ritmos brasileiros de Carnaval, mas infelizmente não é possível encaixar tudo num só disco! A ideia é que qualquer pessoa reconheça ao menos uma música do setlist. O que impediria um coreano de dançar Michel Teló, por exemplo? Queremos sim colocar duas ou três músicas brasileiras no repertório de Just Dance!

V. H. - A proposta de Just Dance é trazer emoção à rotina. Se você for agitado, terá diversas opções à disposição. Também há espaço para os introvertidos. Quando estão com os amigos, acabam dançando do mesmo jeito!

Talvez vocês não possam falar agora, mas será que há algo de Just Dance em desenvolvimento para os consoles da próxima geração, além do quarto jogo já existente para o Wii U?

A. A. - Como você mesmo acabou de mencionar, infelizmente não podemos revelar nada ainda! Mas dá para dizer que a Ubisoft estará presente em peso em todas as plataformas da próxima geração e nas diversas categorias possíveis. Tudo aquilo que a próxima geração oferecer para nós será usado de alguma forma. Vamos extrair o máximo que der das respectivas tecnologias e trazer conteúdos quentíssimos.

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Para fechar, gostaríamos de novamente agradecer pelo tempo de vocês e perguntar se desejam enviar algum recado aos gamers e adeptos da dança do Brasil.

A. A. - O prazer é todo nosso. Estamos adorando a estadia em São Paulo. As pessoas são simpáticas, sorridentes e espirituosas. Ficamos impressionados com a quantidade de fãs do Just Dance aqui. Eles participam ativamente e se engajam com o conteúdo e a proposta do jogo. Queremos colocar mais estilos musicais. Vocês terão grandes surpresas! Quem sabe duas ou três faixas brasileiras... Ops, não posso falar mais que isso! Muito obrigado!

V. H. - Vocês poderiam me dar indicação de flats legais aqui em São Paulo (risos)? Nós é que agradecemos. Os brasileiros são muito espirituosos e simpáticos. Esperamos vir ao Brasil mais vezes e conhecer os outros estados do país!

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