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Em uma tarde de chuva forte em São Paulo, foi realizado o evento de lançamento de Bloodborne na Saraiva Megastore do Shopping Center Norte. Para a ocasião, a loja de livros, CDs, filmes e games ficou decorada com o estilo gótico do jogo.
Para falar sobre um dos títulos mais esperados do PlayStation 4 neste primeiro trimestre, a Sony Brasil trouxe ao país Dave Thach, diretor sênior de Desenvolvimento Internacional de Software da Sony Worldwide Studios dos Estados Unidos, que supervisiona as franquias da companhia e cuida para que títulos localizados cheguem à América Latina.
Em entrevista ao TecMundo Games, Thach disse que Bloodborne não é um "Demon's Souls 2". "Quando encontrei (o diretor Hidetaka) Miyazaki pela primeira vez, ele foi claro em dizer que se tratava de um mundo totalmente novo, então qualquer coisa que os fãs estiverem especulando (sobre a ligação entre os dois games) é pura coincidência", afirma.
Para afastar ainda mais os dois títulos (e Dark Souls), o executivo afirmou que não há armaduras pesadas nem escudos em Bloodborne, e o estilo de jogo defensivo da série Souls dá lugar a um modo de jogar com mais mobilidade e agressividade. "Você tem que usar uma tática melhor que os oponentes e ser proativo ao enfrentá-los", confirma.
Dave Thach demonstra o demo Alpha de Bloodborne
Desafiador como sempre
No entanto, nem tudo é diferente. "A dificuldade que você ama em Demon's Souls e Dark Souls, aquela coisa de ter que aprender os segredos e os padrões, principalmente os dos chefes de fase, ou o que funciona melhor para cada situação, tudo isso ainda existe em Bloodborne", diz.
Sobre o tamanho do mapa, Thach disse que tentou ir de um ponto A para o B usando o modo debug do game e acabou desistindo. "É um jogo grande, e um de seus pilares é a exploração, sobre se embrenhar no desconhecido. Por isso, não damos muitos mapas ao jogador", afirma.
Já sobre as Chalice Dungeons, que são mapas separados do mundo principal do game, o executivo diz que algumas vêm junto com o jogo, mas a principal função é dar ao jogador uma masmorra exclusiva gerada proceduralmente, que pode ser explorada sozinha ou com amigos, e compartilhá-la com a comunidade. Pelo tipo do processo envolvido, as possibilidades são matematicamente infinitas.
E esse jogo não vai sair para outras plataformas, nem mesmo as da Sony, como o Vita ou o PlayStation 3. "Isso não vai acontecer", responde. "Bloodborne foi feito do zero para o PlayStation 4, então há um monte de coisas que não poderiam ser feitas em video games das gerações anteriores e partes centrais da experiência são únicas ao PlayStation 4".
Com a palavra, o público
No que depender de algumas pessoas que compareceram ao evento de lançamento, a Sony tem um grande sucesso em mãos. "Esse foi um dos motivos para eu ter comprado um PlayStation 4", disse o estudante Nicolas Navarro, de 17 anos, que não pensou duas vezes para fazer a pré-compra na hora.
"Achei um Dark Souls mais rápido. Em Bloodborne, você procura mais atacar os inimigos do que ficar esquivando ou defendendo. Você tem que ser mais ágil, sem esperar o oponente tomar iniciativa, e isso torna o game mais difícil", opinou.
Vinícius Dantas, assistente de serviços jurídicos de 21 anos, também se convenceu a comprar o game. "Achei muito bom, superou as expectativas. Para uma sequência de Dark Souls, está bem incrementado. Foram adicionadas características que melhoraram o jogo; em nenhum ponto regrediu. Estou ansioso para jogar", disse.
Por fim, o estudante Matheus Lutz, de 18 anos, disse ainda não ter o PlayStation 4, mas Bloodborne o fez querer ter um. "Achei sensacional. Quem já jogou Dark Souls com certeza vai gostar, lembra bastante, apesar de ter uma mecânica diferente que o deixa com uma experiência nova", afirmou.
Bloodborne chega ao Brasil no dia 24 de março, por R$ 179,99.
*O redator agradece ao Gabriel Sotobello e à Resistência BJ pela ajuda nas perguntas da entrevista.
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