Jogamos: veja o que Destiny 2 traz de novo

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E aí, galera, eu sou Guilherme Dias, apresentador aqui do TecMundo Games, e joguei muitas horas de Destiny 2 no mês de agosto. A Activision me levou, junto com uns 80 jornalistas de várias partes do mundo, para testar lá em Seattle uma versão do jogo que era quase a final.

A gente conseguiu jogar por dois dias e meio grande parte da campanha, além de um bocado do multiplayer. E eu gostaria de dividir as minhas primeiras impressões sobre o game com vocês.

Evolução gráfica e mecânica

Para começar, o mais importante: dá para esperar o mínimo de evolução de Destiny 2? Sim. Aconteceu um upgrade gráfico e, mecanicamente, o game está mais fluido. As melhorias no visual são bem sutis. Não tem nenhum super salto ou grande mudança na arte.

O que aconteceu é que várias superfícies, que antes eram chapadas, agora têm mais detalhes. O jogo tem mais contraste, melhores efeitos de névoa, fogo, chuva, eletricidade e mais elementos na tela. Além disso, os modelos estão mais bem acabados. Resumindo, ele está mais bonito que o anterior sim.

Nova classe do Caçador em ação

O primeiro Destiny, mesmo com todos os seus problemas, era um jogo que ao menos oferecia uma jogabilidade muito gostosa. Aliás, sempre achei que esse era seu trunfo, já que vários outros elementos, em termos de narrativa ou interação no multiplayer deixavam a desejar.

Em Destiny 2, as inovações nas mecânicas são mínimas, mas por incrível que pareça, a sensação de controlar seu guardião é ainda mais agradável, porque os controles respondem melhor.

Customização e interface

A customização de personagem não mudou muita coisa. Você tem algumas opções de cor de pele, cabelo e as mesmas raças de antes. Ele ainda é relativamente limitado quando a gente se lembra de que Destiny se propõe a ser um RPG. A interface, que já era bastante intuitiva, mudou bem pouco também.

A maior modificação foi na tela da classe do personagem, que está bem menos complicada e com um sistema de evolução mais coerente. A gente não pôde capturar esse menu, então conversaremos mais sobre isso no vídeo de review do jogo.

Novidades nas classes

E quanto às classes? Bom, o básico continua igual: Titã, Arcano e Caçador. Mas já no início o game entrega três novas subclasses — Caçador Andejo do Arco, Titã Sentinela e Arcano Lâmina Negra.

E cada uma delas tem uma nova habilidade única, além da granada e o ataque corpo-a-corpo, motivando o entrosamento da equipe. O Caçador se esquiva, o Titã cria uma barreira e o Arcano invoca uma aura que aumenta o dano dos aliados que estão por perto.

Nova subclasse do Arcano

Repensando como contar uma história

Destiny 2 aborda sua história de um jeito diferente do game anterior. Era uma mudança que já vinha acontecendo nas duas últimas expansões. A trama é muito mais focada em personagens e nos eventos que conhecemos por eles. Nada mais daqueles conceitos meio abstratos como o Viajante e a Treva.

Existe um conflito, e ele é entre o Imperador dos Cabais Dominus Ghaul com sua Legião Vermelha e o esquadrão líder do Zavala, Cayde-6 e Ikora — quem jogou o primeiro, vai se lembrar bem deles.

É bacana eles terem destacado esses personagens e humanizado um pouco a briga entre luz e escuridão, que antes vinha sendo apresentada de uma forma meio confusa, mística demais. Aliás, os caras parecem ter finalmente oficializado o Cayde como alívio cômico. Tem uma missão dedicada a ele e o personagem está espetacular nesse jogo.

O inimigo agora é outro

Já Ghaul é um vilão com motivações mais críveis, com mais camadas de complexidade que qualquer um dos inimigos bidimensionais do jogo original e das expansões.

Dominus Ghaul vilão de Destiny

Eu não concluí a campanha ainda, mas até onde joguei é muito mais interessante finalmente entender contra quem você está lutando e por que – algo que era muito vago nas experiências anteriores.

Sobre a ambientação da trama, vamos lá, sem spoilers, apenas falando daquilo que os trailers já mostraram: a Torre é atacada, o Viajante é semi-destruído (outra vez) e o novo inimigo dá uma surra em você. Sem a Torre, o hub social acontece em outro lugar, uma área chamada de A Fazenda. Visual diferente, mas a estrutura é a mesma.

Não é para novatos?

Destiny 2 não me pareceu lá muito amigável para quem não viu nada da história do primeiro jogo, mas os desenvolvedores disseram para mim que na versão final vai rolar uma cutscene recapitulando rapidamente algumas coisas.

Se ainda assim não ficar claro para vocês aí, que não jogaram o primeiro Destiny, fiquem ligados no vídeo que a gente vai publicar nesta semana com a recapitulação da história do game original e das quatro expansões dele.

Torre sendo destruída

Missões dinâmicas e veículos

Algo bem positivo que ficou evidente nessa sequência é que as missões estão mais dinâmicas. No jogo anterior, a maioria das missões se resumiam a ir do ponto A ao B para matar inimigos ou deixar o fantasma analisando alguma coisa, enquanto hordas de inimigos iam surgindo.

Agora os objetivos são mais variados. Muitas coisas como os eventos ainda fazem parte da experiência, mas as estruturas das missões me pareceram menos engessadas. Se em Destiny 1 só existia uma ou duas missões com veículos de combate, na continuação, a maneira e a frequência com a qual esses veículos aparecem é diferente.

Zavala, da Vanguarda

É como se o jogo oferecesse mais liberdade para você escolher como quer fazer a missão. Quase lembra a disponibilização de arsenal móvel em Halo, que era excelente.

Agora, algo do qual muita gente vai reclamar é que para ter um pardal, aqueles veículos padrão, você precisa ganhá-lo em engramas, em vez de simplesmente receber um a partir da missão X.

Por um lado, é cansativo atravessar os mapas gigantes a pé; por outro, o pardal se transforma em um dos primeiros artigos de luxo realmente úteis no mundo de Destiny. Sem dúvida, a gente vai valorizá-los muito mais agora.

Raças de inimigos

Os inimigos são basicamente os mesmos. Os Cabais estão em destaque, mas Vex, Decaídos, Possuídos… Estão todos lá. Com algumas pequenas novas adições de classes, como os crawlers cabais e os vex fanatics.

Infelizmente, nada de novas raças desta vez, o que me parece um desperdício de oportunidade. Seria bem legal ter um inimigo completamente novo, que se comportasse de um jeito diferente, mantendo o gameplay ainda mais fresco.

Um grupo de pessoas em um palco

Multiplayer co-op e o matchmaking

Agora, vamos falar sobre o multiplayer. A Bungie comentou sobre colocar nesta sequência um sistema de matchmaking que não existia no PvE. Mas na verdade o que eles fizeram foi incluir dois sistemas.

Os Clãs, são grupos em que você pode entrar para jogar o game, que meio que já existiam, mas agora estão integrados no jogo; e os Jogos Guiados são mais parecidos com o matchmaking convencional e no qual um jogador é o host e outros dois se juntam a ele.

A intenção é eliminar o problema de Destiny 1 em que muita gente ficava de fora de certas atividades porque não achava colegas, principalmente em Assaltos e Excursões.

Co-op

A experiência de Destiny em co-op é infinitamente mais interessante do que ir de lobo solitário. Eu senti isso enquanto jogava o primeiro game e senti depois no segundo quando experimentei ir sozinho e em seguida acompanhado. Eu espero, de verdade, que a solução da desenvolvedora funcione e todos tenham com quem jogar.

Multiplayer competitivo (PvP)

Já o PvP na área conhecida como Crisol, sendo bem curto e grosso: é praticamente o mesmo que a gente viu antes, com a diferença de que, em vez de 6 versus 6, agora são 4 versus 4.

Existe uma nova modalidade ali, mas nada superinovador. A mudança mais profunda está em como as classes funcionam. As novas habilidades do Caçador fazem dele um batedor, enquanto o Titã funciona mais como um personagem de defesa, com sua nova barreira, e Arcano é quase um suporte. Para mim, parece que a modificação, diferenciando mais as classes, ainda foi um pouco mais sutil do que deveria. Mas é um bom começo.

Crisol

Impressões até o momento

Destiny 2 me parece ser um jogo feito principalmente para quem jogou o primeiro. O que vi até agora passa a ideia de que se trata de uma evolução evidente, modesta e natural das duas últimas expansões de Destiny 1.

Tanto que coisas como o estilo de cutscenes ou a presença de espadas no inventário seguem o mesmo padrão implementado em O Rei dos Possuídos e A Ascensão do Ferro.

Eu ainda preciso terminar a campanha, explorar mais do multiplayer, e este foi apenas um depoimento das minhas impressões iniciais do que pude jogar lá na viagem, mas em breve vem a crítica completa na review.

Agora, diz para a gente aqui nos comentários: o que é que faltou em Destiny 1 que vocês gostariam de ver em Destiny 2? Fiquem ligados no site do TecMundo Games porque ainda tem material de Destiny 2 para chegar nos próximos dias. Até a próxima!

A Activision Blizzard arcou com os custos da viagem e com o acesso ao evento para o teste de Destiny 2 junto à desenvolvedora Bungie em Seattle.

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