Jogo Véio no Voxel #02: TecToy, o sabor brasileiro dos games do passado

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Equipe TecMundo

Quem jogava videogames e acompanhava a Sega desde a segunda metade dos anos 1980 até o final dos 1990, deve se lembrar, com carinho, do incrível suporte e trabalho realizado pela brasileira Tectoy durante estas décadas "douradas".

A empresa - fundada em 1988 e até hoje sob o comando do cofundador e atualmente presidente do conselho Stefano Arnhold - completou recentemente 30 anos de história, dos quais muitos foram dedicados aos games nascidos no Mega Drive e, sobretudo, no Master System.

Além de representar a Sega oficialmente aqui no Brasil, a Tectoy ia além de somente relançar cartuchos norte-americanos e europeus para ambas as plataformas citadas, em nosso território: com profissionais capacitados, muita criatividade e vontade de fazer algo novo, a empresa chefiada por Stefano nos presenteou com adaptações e modificações que transformaram algumas aventuras gringas em bons jogos com tempero tupiniquim.

Jogo VéioStefano Arnhold (esquerda), ao lado de Ayrton Senna (centro) e do Sr. Yagi (direita), responsável pela área internacional da Sega

Se hoje em dia é normal vermos títulos modernos com legendas e até dublagem em português, naqueles dias áureos, quando pudemos ver Chapolim e Turma da Mônica em cartuchos, o sentimento era de surpresa - uma ótima surpresa!

O objetivo desta matéria é relembrar e reconhecer o bom e criativo trabalho da Tectoy com as releituras brasileiras de games estrangeiros e celebrar algumas versões e conversões de títulos que somente chegaram ao Master e Mega graças aos esforços desta tradicional empresa que hoje, definitivamente, ocupa um posto muito importante na história do videogame em nosso país.

Tectoy no Master System

Com um hardware mais simplificado, os games produzidos para o videgame de 8 bits da Sega eram, em teoria, mais fáceis de serem modificados/adaptados. Isto, aliado ao fato de o console ter alcançado um estrondoso sucesso no Brasil (tendo vendido notavelmente mais que o NES da concorrente Nintendo), tornava à Tectoy ainda mais atraente a ideia de “abrasileirar” certas aventuras para chamar ainda mais a atenção do público jovem.

Foram graças a estas competentes releituras que hoje os jogos da Mônica, Pica-Pau e até Castelo Rá-Tim-Bum povoam nossas lembranças. Acompanhem-nos neste túnel do tempo.

Mônica no Castelo do Dragão

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Foi efetivamente a primeira aventura "recriada" pela Tectoy a chegar às prateleiras das lojas e locadoras nacionais. Graças a uma prévia parceria entre a empresa tocada por Stefano Arnhold e os Estúdios Maurício de Souza, em 1991 o clássico título Wonder Boy in Monster Land (que chegara ao mercado em 1987) foi utiliza-lo como base para uma aventura estrelando a Turma da Mônica.

A ideia de simplesmente adaptar Wonder Boy sobrepôs-se a de criar um jogo absolutamente do zero, algo que demandaria muito mais trabalho e recursos. Desta forma, os programadores da Tectoy alteraram alguns pixels e telas vistas no cartucho original para que atendessem ao novo modelo - e foi assim que o garoto de espada foi transformado na dentucinha mais amada dos quadrinhos nacionais a empunhar seu sempre fiel coelho Sansão. O vilão passou a ser o Capitão Feio no comando de seu exército de monstros sujos e os power-ups de armaduras e espadas do Wonder Boy foram substituídos por vestidos e coelhos azuis!

Claro que os menus e diálogos também foram reescritos para o nosso idioma, o que garantia a diversão da criançada que ainda nem pensava em aprender uma nova língua. Para alguns, esse detalhe foi determinante e garantiu a presença de Mônica no Castelo do Dragão no "hall da nostalgia" entre os brasileiros.

Turma da Mônica em O Resgate

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Com os bons resultados e grande popularidade alcançada por Mônica no Castelo do Dragão, não havia, em 1993, uma ideia mais acertada da que apostar em uma continuação para a aventura. Afinal, a galera da época havia adorado poder jogar um game em português sobre a turminha do Maurício de Souza e a opinião geral era uma só: “Quando virá mais? Será que da próxima vez teremos os outros personagens?”.

Verdade seja dita, somente a Mônica, e seu querido Sansão, apareciam no primeiro jogo. Nem o Capitão Feio, principal antagonista, dava as caras em algum momento. Mas isto mudaria com Turma da Mônica em O Resgate, que novamente usaria a base de um game do Wonder Boy para sua produção: Wonder Boy III: The Dragon’s Trap, de 1989.

O Resgate é mais completo que seu antecessor em todos os aspectos, mostrando que a Tectoy havia aprendido bem seus caminhos e desejaria alcançar a perfeição. Desta vez, temos estágios em que jogamos com Chico Bento (de bacamarte e tudo!), Cebolinha, Anjinho, Magali e até mesmo o cãozinho Bidu - cada um contando com equipamentos que ilustram bem suas personalidades e características. Embora não possam ser controlados, o Cascão e o Franjinha surgem como comerciantes em pontos espalhados pelo jogo. A missão é justamente salvar a Mônica, sequestrada pelo malvado Capitão Feio (que desta vez aparece como o último chefão da aventura).

Chapolim x Drácula: Um duelo assustador

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O genial e inesquecível humorista Roberto Gómes Bolaiños faleceu em 2014, mas deixou para nós um legado imortal na forma de Chespirito e seus personagens diversos. Graças à Tectoy, o nobre e astucioso Chapolim Colorado pôde deixar sua inconfundível marca (de Marreta Biônica) no bom e velho Master System, em 1993.

Apostando, mais uma vez, na modificação de games antigos, a empresa brasileira resolveu transformar o velho título Ghost House (de 1986) em uma aventura do Polegar Vermelho, nascendo assim Chapolim x Drácula: Um Duelo Assustador. Como a temática do original baseava-se em monstros e vampiros, a proposta foi colocar o Vermelhinho para explorar o interior de um castelo infestado de perigos.

Como no caso de Mônica no Castelo do Dragão, em que jamais encontramos o principal vilão da história, neste cartucho também não vemos nem a sombra do vampirão da Transilvânia. O desafio reside em reunir todas as joias místicas espalhadas pelos estágios para então alcançar a saída final e debulhar o game em definitivo. Não há diálogos propriamente ditos, mas o pouco de texto que vemos está em português. O nível de dificuldade não é muito amistoso, exigindo do jogador "movimentos friamente calculados" para não se dar mal. E quanto a você, leitor: já conseguiu, ou ainda seria capaz, visualizar o “Não contavam com minha astúcia!” presente na cena de encerramento?

Geraldinho

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Em 1995, os proprietários do Master System foram presenteados com outro game da Tectoy protagonizado por um famoso personagem dos quadrinhos noventistas: ninguém menos do que o garoto Geraldinho, criado pelo saudoso cartunista Glauco Villas Boas. Este é mais um título construído em cima de outro game estrangeiro (obscuro para os brasileiros) chamado Teddy Boy, lançado em 1985.

Seguindo as aventuras que já ilustravam tirinhas e charges de jornais e da revista Videogame na época, Geraldinho - um moleque viciado em games e bem folgado, que vivia fugindo do “chinelão” de sua mãe - jogou tanto que acabou sendo sugado para dentro da aventura que detonava em sua televisão. Agora, preso ao videogame, ele deve atravessar todos os estágios infestados de inimigos para poder alcançar o final do jogo e voltar para casa.

Comparado aos títulos da Turma da Mônica trabalhados pela Tectoy, Geraldinho é bem mais simples em termos técnicos: respeitando as limitações do original nipônico, Teddy Boy, os gráficos são humildes e bastante repetitivos. A jogabilidade contou com uma diminuição na dificuldade em relação ao original, ficando mais simples e direta apresentando uma pegada dinâmica no melhor estilo Arcade. Notavelmente, não há diálogos por aqui, o que limitava a aproximação do cartucho com o público brasileiro.

Trilogia Sapo Xulé

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Como a Galinha Pintadinha dos tempos atuais, o Sapo Xulé - criado pelo ilustrador Paulo José - fez muito sucesso entre as crianças dos anos 1990. O personagem, que protagonizava a famosa cantiga infantil (“O sapo não lava o pé, não lava porque não quer...”), estrelava desenhos animados, quadrinhos e, graças à Tectoy, também chegou aos games do Master System.

Foram três modificações de outros títulos: a primeira delas chamou-se Sapo Xulé Vs Os Invasores do Brejo, lançada em 1995, tendo como base o clássico Psycho Fox (1989). Como o cartucho original ficou bem conhecido no Brasil, jogadores mais veteranos até achavam estranho controlarem um sapinho em vez da simpática raposinha. O segundo chegou ainda no mesmo ano e recebeu o título Sapo Xulé: O Mestre do Kung Fu - convenientemente criado a partir de Kung Fu Kid, de 1987. Nesta aventura estilo plataforma, o Sapo Xulé viaja até o Japão para salvar seu mestre de artes marciais sequestrado e impedir o vilão que o raptou de dominar o país com seu exército de guerreiros.

Finalmente, chegamos à última cruzada do réptil: Sapo Xulé: S.O.S. Lagoa Poluída. O game que serviu como base aqui fora Astro Warrior, lançado para o Master em 1986, um dos primeiros títulos desenvolvidos para o console de 8 bits. Aqui, a aventura sai do espaço e vai parar no brejo, o Sapo Xulé tem de detonar poluentes da lagoa em que vive num submarino incrementado.

Castelo Rá-Tim-Bum

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Aproveitando o sucesso da série infantil Castelo Rá-Tim-Bum, da TV Cultura, a Tectoy resolveu trabalhar em um game totalmente original para trazer aquele mundo mágico ao Master System. Isto mesmo: aqui não temos uma modificação de outro título, e sim algo completamente criado e desenvolvido no Brasil!

Castelo Rá-Tim-Bum traz, para o 8 bits da Sega, uma aventura que exige dos amigos Pedro e Biba um belo esforço em coletar ingredientes para, desta forma, misturar  e criar uma poção mágica especial. Qual a finalidade desta fórmula mágica? Ora, fazer com que o pequeno Zequinha - que deu uma de intrometido, bebeu outra poção (que não devia) e foi transformado em um bebê - possa voltar ao normal. Esta é a deixa para a exploração de estágios repletos de perigos e quebra-cabeças, ilustrando elementos e cenários clássicos vistos no programa de TV.

Além do trio já citado, o game conta com a participação de muitos outros personagens do castelo que surgem para lhe dar dicas e ajuda-lo a completar sua missão. Todos os diálogos - que aqui são muitos - estão em nosso idioma em fonte grande e de fácil leitura. Esse detalhe, aliado ao baixo nível de dificuldade do cartucho, sugerem que o público alvo foram as crianças. No entanto, isso não impede que Castelo Rá-Tim-Bum possa ser aproveitado por jogadores de todas as idades.

Street Fighter II

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Talvez esta seja uma das melhores histórias a serem relembradas pelos fãs da empresa, já que estamos falando da vez em que a megapoderosa Capcom e a própria Sega espantaram-se com o trabalho da Tectoy. Claro que não estamos falando de um projeto original, mas, se hoje o Master System pode contar em seu acervo com uma versão exclusivamente brasileira de Street Fighter II, devemos isso à Tectoy!

Graças aos esforços de uma competente equipe chefiada por Heriberto Martinez, coordenador de software da empresa na época, a Tectoy concebeu, em 1997, uma competente adaptação de SFII para o Master a partir da versão do Mega Drive. Com muito empenho investido - e também cortes gráficos e sonoros devido às limitações de hardware do console -, chegou-se a um produto final que nem mesmo possuía a permissão da Sega para ter sido concebido (a japonesa acreditava que seria “impossível” tal conversão).

Com oito dos doze lutadores originais (quatro deles tiveram que ficar de fora), mas cada um com seu estágio próprio arsenal clássico de golpes e movimentos especiais, Street Fighter II é um verdadeiro prodígio da Tectoy com exclusividade para o Brasil. Sorte a nossa!

Mega Drive: a batalha continua!

Sem esquecer-se do 16 bits, a Tectoy também levou ao Mega Drive o mesmo nível de empenho que a fez criar e inovar tanto no Master System. Embora trabalhar com games do Mega fosse muito diferente do que a equipe fazia ao criar modificações e “palette swaps” em games do Master, a Tectoy não deixou o público na mão e fez o que pôde para manter aquele “gostinho nacional” presente no acervo do maior rival do Super Nintendo.

No campo do Mega Drive, algumas criações foram até mais recentes: apostamos que a galera que ainda não chegou aos 20 anos já deva ter jogado ou ao menos ouvido falar dos famosos “Show do Milhão” que rodam no 16 bits. Vamos então relembrar algumas destas pérolas:

Turma da Mônica na Terra dos Monstros

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Com o enorme sucesso alcançado pela Turma da Mônica no Master System em seus dois games lançados pela Tectoy, era obvio que a empresa faria o possível para levar pos personagens criados por Maurício de Souza também ao Mega Drive - e isto aconteceu em 1994, com o lançamento de Turma da Mônica na Terra dos Monstros. Uma vez mais, a aventura escolhida como base para a modificação foi a série Wonder Boy - neste caso, mais precisamente Wonder Boy in Monster World, lançado originalmente para o Mega Drive em 1991.

Assim como em outras adaptações brasileiras feitas pela empresa, em Terra dos Monstros temos, graficamente, a mesma ação que a vista no original (Wonder Boy), só que com alterações nos sprites para a inclusão da Mônica e seus amigos, além de uma história de fundo nova e totalmente em português. Sem contar a notável diferença entre os hardwares das plataformas 8 e 16 bits, há uma semelhança muito grande com os títulos Mônica no Castelo do Dragão e Turma da Mônica em O Resgate.

Vale ressaltar que Turma da Mônica na Terra dos Monstros recebeu um relançamento com edição limitada em 2017, trazendo nova embalagem e arte para colecionadores.

Show do Milhão

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Ficar cara a cara com o “Homem do Baú”, Sílvio Santos, e responder a uma série de perguntas para tornar-se milionário - este era o sonho de muita gente no final dos anos 1990 e início dos 2000. Sabendo disso, a Tectoy resolveu levar ao Mega Drive este divertido jogo de perguntas e respostas no intuito de trazer à plataforma uma popularidade renovada em pleno ano de 2001, época já dominada por plataformas muito mais poderosas que os bons e velhos 16 bits contidos na carcaça cor-de-ébano.

Carcaça esta, inclusive, que foi substituída por uma mais clara posteriormente, no lançamento de uma versão especial do Mega Drive já trazendo o indefectível Show do Milhão incluso no pacote. A estratégia surtiu efeito: muitas famílias voltaram a se reunir em torno do videogame para tentarem responder a todas as perguntas e decidirem quem dali seria o campeão da rodada a acertar no desafio valendo 1 milhão em barras de ouro (que valem mais do que dinheiro).

Com a inevitável repetição de perguntas - o que fatalmente tornava o fator “replay” do cartucho algo limitado -, a Tectoy lançou o Show do Milhão em dois volumes, aumentando assim a gama de perguntas e tornando ainda mais difícil a tarefa de decorar todas.

Duke Nukem 3D

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Canastrão, mulherengo, macho-man dos mais grosseiros e bom de mira na hora do tiroteio. É claro que estamos falando de Duke Nukem 3D, game do brucutu mais famoso da história que esquadrinhou um legado firme e inesquecível em plataformas como o PC (versão original), Playstation, Saturn e outros mais. O título sempre fora considerado muito além das capacidades técnicas de qualquer console 16 bits para que uma conversão fosse possível... até que a Tectoy resolveu mostrar seus prodigiosos talentos uma vez mais em 1998.

Um ano após “espremer leite de pedra” ao trazer uma versão exclusiva de Street Fighter II ao Master System, a equipe brasileira trouxe, com exclusividade, aos brasileiros uma versão 16 bits de Duke Nukem 3D, com direito a tudo (ou quase) que fez do título um absoluto sucesso - respeitando os restritivos limites de hardware do Mega (porém, elevando-os ao sétimo sentido, sem dúvidas!). Notavelmente, este é um dos cartuchos de tiro que conta com a maior tela possível reproduzida no Mega Drive - compare, por exemplo, com o conhecido Zero Tolerance para perceber a diferença.

Com algumas vozes digitalizadas e boa ação (ainda que meio travada às vezes), Duke Nukem 3D impressiona pela audácia e inovação. Chamou tanta a atenção que, quase 20 anos após seu lançamento, deixou de ser exclusividade brasileira sendo distribuído mundialmente. É ou não um feito a ser aplaudido em pé?

Menções honrosas

Não resta aos nostálgicos qualquer dúvida de que a Tectoy de fato arregaçou as mangas e fez um trabalho incrível nas plataformas Master System e Mega Drive. Se no exterior a Nintendo dominava o mercado ou o disputava acirradamente com sua concorrente ferrenha, podemos dizer que a Sega “venceu” a disputa de popularidade aqui no Brasil - e isto graças às estratégias acertadas e notáveis esforços da empresa liderada por Stefano Arnhould.

Com este enorme acervo, nosso artigo precisaria estender-se ainda por mais algumas centenas de palavras, isto somente para se fazer de fato justiça a todo este notável legado em títulos originais/adaptados/traduzidos pela Tectoy. Assim sendo, fica então firmada nesta seção final um compilado com mais algumas menções honrosas, que nos renderam em frutos tantas boas lembranças e exemplos deixados para nossas vidas!

As Aventuras da TV Colosso: temos aqui nada menos que outra divertida adaptação/“palette swap” datada de 1995. Desta vez a base para a modificação o cartucho foi Asterix and the Secret Mission (1993). Ocupando os postos de Asterix e Obelix, temos respectivamente o pequeno Gilmar e a grandalhona Priscila!

Férias Frustradas do Pica-Pau: desenvolvido tanto para o Master System quanto para o Mega Drive (ambas de 1996) totalmente do zero pela Tectoy, este game traz uma aventura/plataforma com o amado personagem de topete vermelho e risada icônica que tanto alegrou as manhãs da nossa infância no SBT. De quebra, ainda temos participações de muitos outros personagens inesquecíveis da animação, como o Leôncio e o Zeca Urubu.

Sítio do Pica Pau Amarelo: outra criação original da Tectoy, Sítio do Pica Pau Amarelo foi feito com a benção da Sega para homenagear a obra literária homônima do autor Monteiro Lobato. A trama é simples: a Tia Anastácia está sob o efeito de um feitiço e, para ajudá-la, o jogador precisa tomar o controle de Emília ou Pedrinho e sair em busca dos ingredientes para uma poção mágica que poderá salva-la.

Battlemaniacs no Master System: outra das muitas histórias curiosas da Tectoy. Pouco antes da Rare assinar um contrato de exclusividade com a Nintendo, a empresa (em conjunto com a Syrox Developments) desenvolveu uma versão de Battlemaniacs (da série Battletoads) para o Master, mas a cancelou antes do lançamento mundial. A Tectoy, então, não perdeu tempo: tratou de adquirir os direitos desta versão e a lançou aqui no Brasil. No entanto, o game ainda não estava 100% completo e, devido a isto, ainda apresenta alguns bugs e falhas.

Tradução de RPGs famosos: sabemos perfeitamente que, lá pela década de 1990, o inglês não era dominado - sequer arranhado - pela grande maioria dos jovens jogadores. Como então compreender os complexos RPGs lançados naquela época, com seus longos e desafiadores diálogos? Ora, é aí mesmo que novamente surge a Tectoy ao resgate: entre os títulos mais famosos a serem completamente traduzidos pela empresa brasileira, temos nada menos que a trilogia Phantasy Star (I para o Master, II & III para o Mega) e Shining in the Darkness (do Mega Drive). Será que foi por isso que só aprendemos o idioma do Tio Sam com Final Fantasy VII?

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