Precisamos falar sobre o final de God of War (SPOILERS)

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*com colaboração de Vinícius Munhoz e Bruno Micali

God of War veio como um furacão, nos atordoando com novidades bacanas e incluindo uma nova mitologia na franquia. O game acabou e, com um final em aberto, nos deixou ponderando sobre diversos aspectos não resolvidos. Portanto, pegamos um tempo para fazer uma boa pesquisa e trazer uma discussão no último Voxelcast aqui do site.

Atenção, este artigo tem todos os spoilers possíveis sobre o final de God of War. Se você não terminou o jogo, recomendamos que não leia agora – vamos estar aqui te esperando quando você acabar.

É sério. Você foi avisado. Há spoilers pesados.

Deve ter acontecido com você também – terminou God of War e ficou perplexo com as revelações. “Atreus é o Loki? Como assim?” “Kratos morre? Atreus o mata?” “A mãe do Atreus era uma gigante? O que isso quer dizer?” “Kratos tem alguma coisa a ver com Tyr?” “O que o Thor quer com os dois?”. Nós também ficamos, e por isso dedicamos algumas horas do nosso dia ao estudo da mitologia para discutirmos o assunto.

Mitologia nórdica

Durante a nossa pesquisa sobre mitologia nórdica, uma coisa ficou muito clara: não existe uma versão única e absoluta. Como nos explicou o historiador Guilherme Valente, povos germânicos eram tribais e não tinham alfabeto para transmissão do conhecimento (as runas não são um alfabeto em si, sua importância é mais ritualística). Isso significa que os deuses, suas tradições e histórias tinham vários nomes e lendas diferentes dependendo da região e do momento histórico/político.

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A mitologia nórdica (ou escandinava) tinha tradição de passar seus contos, mitos e ritos de forma oral, e as variantes eram muitas. O que se sabe de Tyr na Islândia no século VIII é muito diferente do que se sabe do mesmo personagem na Dinamarca no século XI, pós-influências do cristianismo. O jogo toma a liberdade de alterar muito do “tradicional” (que já tem várias versões), além de usar os contos da forma que melhor se encaixa na história a ser contada.

Freya e Frigga são a mesma pessoa?

Em God of War, Freya e Frigga são tratadas como a mesma pessoa. Isso fica claro quando Atreus explica que sua mãe lhe havia dito que Baldur (Balder, no original) era filho de Odin com Frigga, mas que, na verdade, sua mãe é Freya. No jogo, Freya é a deusa Vanir que se casou com Odin como parte do tratado para encerrar a guerra entre os dois grupos. Quando Kratos e Atreus descobrem que ela  é mãe do guerreiro, Atreus questiona: “mas sempre achei que Frigga fosse a mãe de Baldur”, e Mimir conta que esse é o nome que Odin usa para se referir a tudo que sua ex-esposa fez, para que esta não tenha crédito sobre esses feitos.

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Nos contos mais recentes da mitologia tradicional, Freya e Frigga são pessoas diferentes. Freya, deusa Vanir que foi morar em Asgard depois da guerra, é associada ao amor e à fertilidade; e Frigga, materna, é a esposa de Odin e mãe de Baldur. Pela similaridade entre as duas e pela pouca presença de Frigga nos contos conhecidos (Freya é uma figura mais presente), muitos acreditam que em algum momento elas já foram a mesma divindade, mas pelo distanciamento das tribos germânicas, o conhecimento da entidade se degenerou, e elas passaram a ser interpretadas como duas deusas diferentes.

Quem é Loki?

Loki pode ser interpretado como uma entidade maligna, mas essa é uma ideia que tem muita influência da ideologia cristã, na qual existe o bem e o mal absoluto. Na realidade, ele é uma figura complicada. Seu pai era Fárbauti, um gigante, e sua mãe, Laufeye, que pode ser deusa, giganta ou qualquer outra coisa – não se sabe quase nada sobre ela, mas alguns historiadores, como Rudolf Simek, a associam com alguma divindade relacionada às árvores.

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No livro “Mitologia Nórdica”, de Neil Gaiman, ele define o deus da seguinte forma: “Loki é muito bonito. Ele é sensato, convincente, simpático e, de longe, o mais perspicaz, sutil e astuto de todos os habitantes de Asgard. É uma pena que haja tamanha escuridão em seu âmago: tanta raiva, tanta inveja, tanta cobiça. Loki viaja pelo céu com sapatos voadores e pode assumir a forma de outras pessoas ou de qualquer animal, mas sua verdadeira arma é a mente. Ele é mais inteligente, sutil e traiçoeiro do que qualquer deus ou gigante. Loki é irmão por jura de sangue de Odin. Os outros deuses não sabem quando ou como Loki chegou a Asgard.

Ele é amigo de Thor e também seu pior inimigo. Loki é tolerado pelos deuses, talvez porque seus planos os salvem com a mesma frequência que os metem em apuros. Loki torna o mundo mais interessante, mas menos seguro. Ele é o Pai de Monstros, o autor de infortúnios, o deus da trapaça. Loki bebe demais e não consegue conter as palavras, nem os pensamentos, nem as ações quando o faz. Loki e seus filhos têm um papel importante no Ragnarök, o fim de tudo, e não será ao lado dos deuses de Asgard que eles vão lutar.”

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Depois de ler alguns contos da mitologia com a presença de Loki, fica fácil entender por que ele é tão complexo. Ele é esperto, mas usa essa esperteza para seu próprio bem. Sempre que algo estranho acontece, Thor vai até ele – para culpá-lo ou pedir seus conselhos.

Na mitologia nórdica, ele é o responsável indireto pela morte de Baldur (o mais bonito e adorado dos deuses), e esse feito é considerado a causa indireta do Ragnarök. Parece familiar? A diferença é que, na mitologia, Loki sabia que o visco era capaz de machucar Baldur e convence Hor, o irmão cego deste, a jogar um dardo feito do material no filho de Frigga/Freya, que morre. No jogo esse fato acontece de forma diferente, mas os elementos estão ali e culminam no mesmo resultado – a morte de Baldur e o prelúdio do Ragnarök.

É difícil dizer exatamente como será o Atreus-Loki. Pelo momento “histórico”, ele já estaria atrasado, já que o martelo de Thor só existe por conta dele (essa história está no conto “Os tesouros dos deuses”). Há muitos outros contos em que o trapaceiro teoricamente já existia na mitologia. Será que o nome é uma homenagem a outra figura da lore do jogo? Quando Atreus pergunta por que sua mãe queria lhe dar aquele nome, Kratos responde: “um dia eu te conto essa história”. Qual é a história por trás dessa escolha? Nós já vimos um lado mais explosivo de Atreus durante o jogo, mas talvez ele empreste do Loki tradicional a inteligência, a esperteza e o pensamento rápido, muito mais do que inveja, a traquinagem e a raiva.

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Na mitologia, a Serpente do Mundo é filha do deus (Hel e Fenrir, o lobo, são outros dos seus filhos com a giganta Angrboda). No jogo, Mimir conta que a Serpente acha Atreus familiar. Quando questionado como isso era possível, ele conta que existe uma lenda que diz que ela já viveu o Ragnarök e acabou voltando no tempo pela violência da batalha. Isso abre duas possibilidades: viagem no tempo ou liberdade poética com a mitologia. Poderia ser, então, que ela seja mesmo a filha de Atreus-Loki, que veio do futuro para antes do seu nascimento? Se sim, por que só reconheceu Atreus e não Kratos, que seria seu avô? Será que ele não estava vivo no suposto nascimento da Serpente? Kratos vai morrer? Isso nos leva ao próximo ponto.

O mural em Jotunheim

Ao chegarem em Jotunheim, Atreus e Kratos se deparam com murais feitos pelos gigantes, descrevendo toda sua aventura. É pelos murais que eles descobrem que Faye era uma giganta (a guardiã que ficou para trás quando os gigantes fugiram) e que Loki foi o nome que ela escolheu para Atreus. Mas existe outro painel, que apenas Kratos (e nós jogadores) viu.

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O painel é feito para ser confuso e causar discussão. A pessoa deitada pode ou não ser Kratos, porque a realidade é que não há nada que confirme isso. Ele não tem tatuagens desse lado do corpo, e o antebraço, que poderia ser identificado pelas marcas das correntes, está borrado. O saiote do protagonista possui cores diferentes dos outros painéis, e há uma marca preta no olho. O menino, que parece ser Atreus, parece estar acolhendo a pessoa que, ao que tudo indica, está à beira da morte. Algo semelhante a uma cobra interliga a boca das duas figuras.

Quando vimos o final do jogo pela segunda vez, uma coisa nos chamou a atenção. Depois de matarem Baldur, Kratos fala para Atreus que se sacrificaria para o salvar. Será que esse mural representa algo desse tipo? A cobra interligando os dois pode ser Kratos “transferindo” algo para Atreus e dando sua vida no processo?

Há muito a ser considerado aqui. A tal “cobra” não é necessariamente a Jörmungandr, já que ela aparece representada visualmente de outra maneira nos primeiros painéis. Se o personagem for mesmo Kratos, será que ele realmente estaria morrendo nas mãos de Atreus/se sacrificando por ele, ou será que poderia ser o filho tentando salvar o pai? Vale lembrar que a série é conhecida por patricídios e mortes em família.

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God of War 3, que marcou o fim da mitologia, acabou com Kratos se sacrificando por um bem maior. Isso poderia indicar que a Santa Monica pretende recriar essa ideia. Caso contrário, Kratos também é conhecido por desafiar o destino e mudar a história, algo que poderia ser tema dos próximos games.

Tyr e Kratos

Uma teoria do GamesRadar+ fala que Kratos é Tyr. O site diz que Kratos foi parar no Ragnarök, para então ser jogado para o passado igual à Serpente do Mundo; ele teria andado pela Terra e pelas suas várias culturas e virado o sábio e pacífico Tyr mostrado em God of War.

A ideia não é óbvia, mas elementos da própria mitologia nórdica que podem colaborar com ela. O site americano leva em conta apenas acontecimentos do game, mas se formos até a fonte dos contos escandinavos existem muitos itens que dão força a essa hipótese.

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Para começo de conversa, Tyr é amplamente referenciado como o “deus da guerra” da mitologia nórdica, mesmo nas versões que os contos variam. Além disso, o livro “Dicionário de Mitologia Nórdica – Símbolos, Mitos e Ritos‎”, de Johnni Langer, diz que Tyr é associado culturalmente ao deus romano Marte, que corresponde ao grego (adivinhe?) Ares. E nós sabemos muito bem quem assumiu o papel de Ares nos primeiros God of War.

Os contos quase sempre descrevem Tyr como um matador de monstros (também algo facilmente relacionado a Kratos) e defensor da justiça e da lei. Mas as semelhanças param por aí, pois na mitologia Tyr é filho de Odin (às vezes é descrito como filho do gigante Hymir) e parceiro/irmão de Thor, que é um dos “vilões” (afinal, nunca é confirmado que o deus é realmente um antagonista) do game.

No jogo, Tyr foi o deus que se opôs a Odin e ajudou os gigantes a se esconderem em Jotunheim. Atreus e Mimir falam sobre ele ser um “deus bom”, que viu valor em conhecer e pesquisar outras culturas. No santuário Jötnar, no cofre de Tyr, nós vemos quatro símbolos de outras mitologias – grega, japonesa (o deus da guerra, Hachiman), egípcia (Horus) e celta (símbolo da força, do progresso e do crescimento pessoal).

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A trama de viagem no tempo não nos convence. É uma solução fácil para uma história que, até aqui, foi bem elaborada e amarrada. Nesse momento de vida de Kratos, de tentativa de redenção, é propício pensar que ele vai se inspirar em Tyr – continuar deixando para trás toda a violência e a matança para se tornar um deus “pacífico”, que, assim como o irmão de Thor, valoriza diferentes povos e culturas. Seria a desculpa perfeita para God of War visitar outras mitologias no futuro.

A visita de Thor (final secreto)

Ao voltar para casa depois da jornada, Atreus sonha com a visita de Thor. Quando acorda, ele diz que teve um sonho, mas que pareceu muito real. Pela vidência dos gigantes, pode ser mesmo uma premonição. Mas por que Thor bateu na porta deles? Vingança pela morte do meio-irmão Baldur ou de seu filho Magni? Para pedir ajuda no Ragnarök? Por outro motivo?

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Kika – A minha teoria é que não é vingança. Thor matou seu próprio filho (Modi), e Baldur não parece o mais agradável dos deuses. Durante todo o jogo, os três (Magni, Modi e Baldur) são pintados como seres pouco inteligentes e pentelhos – não sei se Thor se daria ao trabalho de vingá-los. Pode ser que Thor, vendo o que Kratos e Atreus fizeram, os queira como aliados no Ragnarök que se aproxima.

Vini – Creio em três vertentes: Thor irá procurar Kratos e Atreus a mando de Odin (por serem os causadores do Ragnarök, mas não como vingança por seus filhos – até porque ele quase mata um deles por incompetência); Thor procura os dois personagens para ajudá-lo no Ragnarök, como a Kika ponderou; e, por fim, algo novo que poderia estar atrelado à liberdade poética em adaptar a mitologia nórdica, já que Thor é associado culturalmente tanto a Marte (deus da guerra) quanto a Júpiter (Zeus). Há chances de sermos surpreendidos e, no fim, ele ser o principal antagonista da nova saga, e não Odin.

Micali – Eu voto numa linha de raciocínio parecida com a trilogia anterior. Thor é inimigo, tá enfurecido com Kratos e vai ter uma treta federal. Quaisquer deuses que tivessem associação com violência, guerra ou morte no passado (Ares, Zeus, Poseidon, Hades), além de humanos comuns (Hércules) foram culturalmente colocados contra Kratos, uma máquina de matar. Acho que os jogadores esperam esse momento em que “Kratos vai acabar com todo mundo”, mesmo que estejamos diante de um Kratos humanizado. Eu não acho nem quero que Kratos se alie a Thor – o negócio tem que ser Kratos e Atreus contra a rapa, meu amigo. Nem Mimir é inocente nessa história.

Outras pontas soltas

Apesar de God of War ter dois cliffhangers grandes (Loki e Thor), há detalhes ao longo da aventura que não ficam bem explicados ou não têm resolução definida. Um deles é o desfecho de Freya, que após a morte de Baldur jura vingança contra Kratos. A deusa segue como aliada do protagonista o jogo inteiro, mas com esse final ela pode agir direta ou indiretamente contra o personagem na sequência. Isso abre possibilidades de ela ser uma vilã ativa ou uma maneira de Odin se unir mais uma vez com a ex-esposa e, dessa forma, explorar todos os segredos e mágicas Vanir.

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Outro ponto que pode ser importante é a morte de Baldur. Aparentemente, o deus, filho de Freya, está morto, e não há voltas para ele, mas a mitologia pode agir a favor das especulações do futuro. No conto original, após Loki causar a morte de Baldur, Freya (ou Frigga) implora que o herói Hermód resgate o filho em Helheim, mas ele falha na missão porque o deus da trapaça o sabota mais uma vez.

Em outras palavras, se God of War continuar bebendo de inspiração nos contos literais da mitologia escandinava, é possível que Baldur retorne em jogos futuros com a ajuda de alguma figura histórica. Sabemos que o porteiro de Helheim está morto, e é bem capaz que o deus esteja vagando por lá de alguma forma.

Odin poderia ter aparecido sem notarmos?

Aqui é o campo de pura especulação. Quando visitamos Helheim pela primeira vez e matamos o guardião da ponte dos condenados, podemos andar livremente pelo “submundo” dos reinos de Yggdrasil. No horizonte, depois da ponte, há uma figura imponente e desfocada pela distância: uma águia gigantesca que olha o que acontece no reino.

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Por se tratar de um elemento tão marcante e grandioso, ele pode ter algum significado que não conhecemos. O mais óbvio seria pensar que se trata da divindade responsável por Helheim, a própria Hel, uma filha de Loki. Ela é uma espécie de juíza na mitologia e responsável por muitas decisões do lugar.

Porém, Hel é sempre descrita como uma mulher mais velha, metade branca e metade preta, com um ar seco, rude. De águia, ela não tem nada, nem mesmo representações. A águia é um símbolo de olhar penetrante, de ira, orgulho e, principalmente nos estudos da mitologia escandinava, um símbolo dos céus. Na própria mitologia, mesmo quando os reinos de Yggdrasil são representados de forma horizontal, ou seja, coexistem no mesmo plano (em God of War, esse plano é vertical), Helheim ainda é um reino que está sempre abaixo de Midgard. Comumente, serpentes são associadas a esse reino.

A águia, de acordo com o artigo científico “O simbolismo da águia na religiosidade nórdica pré-cristã e cristã”, de Johnni Langer, Ricardo Wagner Menezes de Oliveira e Andressa Furlan, tem muitos significados ao longo dos séculos, mas é associada a Thor e, principalmente, a Odin.

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Em alguns contos, a figura do Pai de Todos é transformada (literalmente) em águia, como quando o deus rouba o hidromel dos gigantes em Jotunheim. Pode ser que a águia gigante seja só uma parte do cenário para enfeitar o submundo. Pode ser que não. E pode ser que ela tenha um significado muito maior do que imaginamos.

Expectativas para o futuro

Vini – God of War foi sobre reinícios, seja para a franquia, seja para Kratos. Apesar de haver indícios de que eles podem voltar a repetir a sua fórmula (vingança ou massacre divino), espero que os próximos games nos surpreendam. Há muitos materiais ricos na mitologia nórdica, e a liberdade poética das adaptações já está em curso, então seria legal ver como Loki-Atreus se tornaria no futuro, como Odin e Thor vão se portar diante de Kratos e como os produtores lidarão com o protagonista. Honestamente, espero que Kratos continue e não morra antes da conclusão da nova saga.

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Kika – Assim como o Vini, eu também não quero que Kratos morra. Por mais interessante e bem construído que seja o Atreus, o jogo ainda se chama God of War, e é muito difícil pensar na franquia sem Kratos. Também estou muito curiosa para saber como será o Atreus-Loki e quais características ele vai herdar do Loki da mitologia. O que espero ver, no aspecto das relações entre as pessoas, é uma continuação do que foi construído nesse título – o fim do ciclo de filho matando pais, Atreus entendendo as responsabilidades de ser um deus e Kratos em paz com seu passado e, junto com seu filho, construindo o futuro. A realidade é que não sei o que esperar. Santa Monica, você é livre para me surpreender.

Micali – Vejo três caminhos possíveis: Kratos e Atreus vivos; Kratos morto e Atreus ocupando o posto de protagonista; Atreus morto e Kratos em busca de vingança. No caso deste último cenário, Kratos se transformaria naquela máquina de matar de outrora – mas com uma razão verdadeira e uma causa mais nobre, mais consciente de suas ações, mais humano. O próprio Cory Barlog disse que Kratos é uma espécie de ser invencível. No entanto, lembremos: todos os deuses têm suas fraquezas, a exemplo de Baldur, que não sentia nada, mas teve sua vulnerabilidade exposta por Kratos. Acho que Kratos será um tipo de andarilho das mitologias, igual a Týr, mas do jeito dele. Não acho que o protagonismo deva sair de Kratos, não. Sempre vou torcer e desejar vê-lo nos jogos em primeiro lugar, e não Atreus, que poderia vir numa segunda posição da minha preferência. Primeiramente, Kratos no comando.

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E você, o que achou do final do jogo? Quais são as suas teorias? Conte pra gente nos comentários. 

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