Metralhadora giratória, Xbox estreita laços com Japão e planta sementes

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Essa foi a melhor conferência que a marca Xbox fez nos últimos anos, não é mesmo? Um sonho há muito desejado pelos fãs, um planejamento que se concretizou da maneira mais sólida possível, o resultado de um trabalho primoroso que Phil Spencer vem fazendo pela plataforma.

Em minha quinta E3 consecutiva, essa conferência foi, sem pestanejar, a melhor dos últimos anos. Ritmo acelerado, metralhado por anúncios relevantes e, sobretudo, sem encheção de linguiça – técnica pavorosa que costuma amornar a performance de coletivas de imprensa e, consequentemente, dispersar a atenção do público.

Atenção essa que, a cada ano, é mais disputada. Reter a empolgação da plateia é uma técnica que não envolve apenas o poder do discurso; o conteúdo sendo apresentado é tão importante quanto. E a Microsoft acertou em cheio nesses dois quesitos fundamentais.

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Sim, ela metralhou anúncios de jogos

Algumas semanas atrás, em nossos especiais sobre as expectativas para a E3 2018, eu articulei que a Microsoft, por já ter um ecossistema resolvido – serviços, retrocompatibilidade, robustez online –, estaria com a faca e o queijo na mão para metralhar anúncios de jogos. Embora a conferência tenha carecido de uma super IP nova, ela tranquilizou os fãs ao revelar a aquisição de diversos estúdios de renome para o time da Microsoft Studios – deles, chamou atenção a Ninja Theory, que assina o bem-sucedido Hellblade.

Com isso, a estrutura da força verde ganha um reforço substancial e soma mais de 10 desenvolvedoras próprias:

  • 343 Industries;
  • The Coalition;
  • Turn 10;
  • Rare;
  • Minecraft;
  • The Initiative;
  • Undead Labs;
  • Playground Games;
  • Ninja Theory;
  • Compulsion Games (de We Happy Few).

Em outras palavras, é estúdio pra caramba pra se pensar em, enfim, ampliar a biblioteca de exclusivos com novas franquias. Basicamente, a mensagem desse anúncio foi transmitida de maneira clara: a Microsoft está preocupada com isso tanto quanto todos nós estávamos. Por certo, dentro de dois ou três anos começaremos a ver grandes frutos colhidos dessas sementes plantadas agora.

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Laços com o Japão

Quem diria que o novíssimo projeto da From Software seria ANUNCIADO na conferência da Microsoft? Sekiro é o Shadows Die Twice revelado na TGA do ano passado, uma espécie de cruzamento entre Nioh e Bloodborne com direito a um gancho que lembra a parafernália usada por Rico em Just Cause. Em outras palavras: fantástico.

E aí vimos o Nier Automata chegando à plataforma com suporte ao Xbox One X. Outra bomba japonesa também pintou por lá: Devil May Cry 5. Não bastasse isso, a Bandai Namco apresentou seu novo projeto: Jump Force, que trará, unidos, os mundos de One Piece, Dragon Ball e Naruto. E mais, na verdade.

Do lado de cá do globo, Cyberpunk 2077 foi o desfecho ocidental que realçou a amizade entre a CD Projekt Red e a Microsoft – e, é claro, um convite ao ambicioso projeto da desenvolvedora polonesa.

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Trio de ferro de uma vez só

O trio de ferro da Microsoft, aquele cujo valor está provado e escrito em pedra sem necessidade de justificativas, foi apresentado numa paulada só. É comum ver Halo, Gears of War e Forza se alternando, mas testemunhar o anúncio de uma nova entrada de cada um deles numa ÚNICA conferência é inédito.

Halo Infinite, Gears 5 e Forza Horizon 4 dividiram o pódio na mesma posição de importância durante a coletiva. Aquela revelação dos bonecos Funko Pop de Gears foi, claramente, um prenúncio anedótico do que estaria por vir: um Gears de estratégia e, na sequência, a continuação de Gears of War 4, lançado em 2016.

Some a isso um catálogo reforçado no Xbox Game Pass, otimização na performance do serviço, um lindo trailer de Ori and the Will of the Whisps, indies como Tunic, Super Meat Boy Forever, Planet Alpha, Bomber Crew, Children of Morta, The Wind Road, Dead Cells, Ashen e você tem, basicamente, a conferência que fez a lição de casa. E há muito mais não citado aqui.

Não são coisas imediatistas; o que vimos foi um promissor horizonte no futuro da plataforma Xbox. Vai dar um orgulho danado ver o que a empresa terá para anunciar daqui dois ou três anos. Sabe quando a gente ostenta a sensação de missão cumprida para, em seguida, planejar um futuro ainda melhor? Esse é, muito possivelmente, o caminho que a marca Xbox está pavimentando.

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