Doom Eternal aprimora muitas das mecânicas de Doom 2016, acrescentando novas habilidades, combos, armas e inimigos, e alterando o visual para que seja mais parecido com o Doom de 1993. Além das mudanças mecânicas, o jogo também quer trazer novidades nos modos de jogo, seja acrescentando elementos para deixar a campanha mais interessante, ou criando modos multiplayers inovadores.
Doom nunca foi um jogo com foco na história – ela esteve ali só como um motivador para o jogador seguir em frente e continuar matando a maior quantidade de demônios que pudesse encontrar. Durante a revelação de Doom Eternal, foi mostrado que a intenção para esse título é expandir a lore e o que eles chamaram de universo Doom, e usar o cenário para ajudar a contar a história, algo que flerta com Dark Souls.
Para alivio dos que estão jogando apenas para atirar nas crias do capiroto, a imersão no universo é opcional, como explicou Hugo Martin, diretor criativo do título “é uma escolha do jogador. Ele pode ter todas as respostas que ele quiser se ele dedicar um tempo para explorar o mundo, ou ele pode passar atirando pelo jogo e aproveitar uma história divertida, que eu chamo de história “A”, para entender o que ele está fazendo. Essa é a formula”.
O próprio nome tem a ver com o universo Doom e é carregado com a lore do jogo, mas Hugo não pode explicar muito sem correr o risco de dar spoilers de Doom Eternal “tem várias interpretações, como a batalha eterna entre o bem e o mal”, reforçou.
A escolha do nome “Eternal” ao invés de “Doom II” também tem um aspecto prático. Eles reconhecem que o título de 2016 ser chamado apenas de Doom não ajuda muito na identificação do jogo, e que deixa tudo mais confuso do que deveria “nós não queríamos que Doom II virasse Doom II 2019”, explica Marty Stratton, diretor do jogo.
O visual das cinemáticas, como a mostrada durante a apresentação, em que o Doom Slayer anda por um corredor assustando os humanos no seu caminho, está diferente em Doom Eternal. “É algo sutil, mas tomamos um pouco mais de liberdade com a câmera nas cinemáticas. É uma coisa que se destaca, e tem sido bem divertido para gente”, explica Hugo. Então, podem esperar cinemáticas mais elaboradas e com um visual um pouco diferente do Doom de 2016.
Outra novidade do modo história é o modo invasão, que permite que um jogador, na forma de um demônio, invada a campanha do outro. Os jogadores podem escolher ligar ou desligar essa ferramenta, e como explica Marty, “ligar” a opção dá variedade e aumenta o fator replay, já que acrescenta um elemento imprevisível na campanha.
Ser um demônio também é uma forma diferente de experienciar a chamada “Doom dance”. “É uma forma legal de ter a experiencia de muitas das coisas que você já conhece jogando como o [Doom] Slayer, mas quando você joga como o demônio, ele se mostra um jogo totalmente diferente”, destaca Marty.
Uma das missões de Doom Eternal é oferecer modos que transformam a doom dance em uma experiencia social. O modo invasão é um deles, mas não é o único. A equipe está trabalhando em novas experiencias PvP e multiplayer, mas que eles ainda não poder dar detalhes. Hugo se limitou a dizer que é totalmente novo, totalmente Doom e desenvolvido internamente na id Software.
Quando questionados se o Snap Map, a ferramenta de criação de mods para o jogo, estaria em Doom Eternal, Marty disse que a equipe não está trabalhando nela e optou por se dedicar a outras coisas que o público sentiu falta em Doom 2016, como DLCs que dessem continuidade à campanha “para muita gente, o Snap Map não supriu essa necessidade, então nós mudamos nosso foco para deixar o jogo mais flexível para receber conteúdos atrativos no pós lançamento”.
A id Software parece mesmo empenhada em fazer de Doom Eternal a evolução de Doom de 2016, mas ainda assim sendo Doom. A empresa já provou que entende muito da essência da franquia, e provavelmente está pronta para continuar inovando em cima do que faz Doom ser Doom.
Doom Eternal chega para PS4, Xbox One, PC e Switch, e ainda não tem data de lançamento.
*A redatora viajou para Quakecon a convite da Bethesda
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