Gwent nasceu como um card game em The Witcher 3 e virou um grande sucesso entre os fãs, tanto que foi transformado em um jogo chamado Gwent: The Witcher Card Game. A CD PROJEKT RED então começou a criar uma expansão que tinha sido apresentada ao público chamado Gwent: Thronebreaker. Em 2018, a produtora polonesa percebeu que a criação deles era tão grande que decidiram transformá-la em um novo game, Thronebreaker: The Witcher Tales.
Nesta terça-feira (25), fomos convidados para testar o título e conversar com alguns representantes da companhia, que se mostraram muito empolgados com o resultado do jogo.
Thronebreaker: The Witcher Tales se passa durante os eventos da série de livros Wiedzmin (conhecido como A Saga do Bruxo Geralt de Rívia em português), escrita pelo polonês Andrzej Sapkowski. Para situar melhor, a trilogia dos games se passa após os ocorridos na obra.
Acompanhamos Meve — conhecida como "Rainha Branca" e que é a governante dos reinos de Lyria e Rívia — que deve impedir uma invasão Nilfigaardiana eminente. Seu falecido marido era considerado estupido e nunca reinara de verdade. Entre as principais características da majestade estão a inteligência, coragem e beleza.
“...ela acontece bem antes dos games, por isso não afeta a história da trilogia, então não há problemas nisso.” - Mikolaj Szwed, Produtor Sênior de Localização da CD PROJEKT RED
O visual do game é bem cartunesco, mas segue na linha de direção artística de The Witcher 3. Durante o modo de exploração, a movimentação é 3D, enquanto nos diálogos, há uma mistura de três dimensões com duas.
Falando neles, os diálogos estão ótimos. O jogo está totalmente localizado para o português do Brasil e outras 11 línguas e os dubladores foram escolhidos a dedo. As falas estão muito convincentes e, assim como no resto da série, há escolhas que você pode fazer que levam a história a diferentes rumos, culminando em 20 finais diferentes.
“O que a gente pode experimentar com a comunidade é que entregar um jogo 100% localizado e bem trabalhado dá resultado” - Vinícius Junqueira, Head de Comunicações para Ibero-América & Itália da CD PROJEKT RED
Um exemplo que vale a pena comentar aconteceu logo no início. A rainha e seu séquito chegam à uma vila que abrigou alguns criminosos por medo. Depois de conversar com eles, você pode chicoteá-los, convocar os homens para servirem, deixando as mulheres livres, ou deixá-los em paz. A escolha pode ter consequências imediatas ou a longo prazo, mas elas sempre vão afetar sua moral com o exército.
A dinâmica da moral com o exército afeta seu combate. Ser mais rígido deixa seus soldados contentes, adicionando um ponto a cada um deles em uma batalha, mas tomar atitudes misericordiosas é negativo e tira um ponto das cartas de seu baralho.
Sobre os combates, o jogo inteiro gira em torno do Gwent. Ele possui algumas mudanças, como a diminuição de linhas, de 3 para 2, e uma maior liberdade de onde colocar seus guerreiros. As cartas e o campo de batalha estão animados, dando um visual mais legal às lutas.
“Nós tivemos muito mais liberdade na parte de criação dos combates, por jogar contra o computador, e inventamos batalhas malucas com cartas muito poderosas, puzzles e outras coisas que não seriam possíveis em Gwent” - Mikolaj Szwed
Além das lutas, existem os puzzles que também são resolvidos através do Gwent. Em determinado momento, houve um desmoronamento e, para sair com vida, tive que destruir todas as pedras, sendo esta a única forma de vencer.
Mas se você não é o maior fã de games de carta, não há problema: logo no início do jogo, você pode escolher o “Modo História” onde todas as batalhas serão puladas, dando vitória instantânea, e poderá curtir a trajetória da rainha Meve tranquilamente.
Mas não é necessário seguir essa trajetória de forma linear, isso porque há 75 missões secundárias que fazem a sua experiencia chegar a aproximadamente 30 horas, mostrando que a CD PROJEKT RED estava correta quando decidiu transformar a expansão em um novo jogo.
De novidades, 5 novas localizações serão exploradas: Lyvia, Rívia, Aedirn, Mahakan e Angren, todas citadas durante os livros ou na trilogia de Geralt. É necessário coletar recursos, como ouro e madeira, para construir itens e resolver problemas. 250 cartas estarão disponíveis no game e, além disso, mais 20 serão adicionadas ao Gwent online. Se você não comprar Thronebreaker, poderá criar elas sem nenhum tipo de limitação.
“Thronebreaker é para os fãs que nunca jogaram Gwent, para quem jogou Gwent e não jogou The Witcher...é para todos!” - Mikolaj Szwed
No final de tudo, eu saí bem satisfeito do evento. O jogo me atraiu muito e me mostra que a CD PROJEKT RED ainda está pensando em The Witcher, mesmo com a produção de seu próximo game, Cyberpunk 2077,pegando fogo. Os personagens cativantes, a localização incrível e a batalha intuitiva vão agradar os fãs da saga e até quem não é muito chegado à franquia mas gosta de games medievais e de estratégia.
“Thronebreaker vai trazer a experiencia pro cara de jogar um RPG do universo que ele gosta, poderá explorar novas histórias e talvez interagir com personagens já conhecidos dos jogos” - Vinícius Junqueira
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O vídeo acima não é a versão final, ele ainda está em estado de desenvolvimento.
Thronebreaker: The Witcher Tales será lançado exclusivamente para PC no GOG em 23 de outubro e chegará ao PS4 e Xbox One em 4 de dezembro.
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