O The Game Awards premia desde 2014 os melhores jogos em várias categorias e é reconhecido como o Oscar dos games. Só que assim como qualquer premiação, podem acontecer algumas “injustiças” inesperadas – deixando claro que ninguém está questionando a validade da votação, a graça é só lembrar daquelas categorias e escolhas que deixaram um gostinho amargo para algumas pessoas.
Podem ser jogos que ficaram fora da lista de indicados, outros que foram indicados, mas talvez não mereciam tanto assim e aqueles que a maioria tinha certeza que ia vencer, mas na hora de abrir o envelope…vamos então relembrar as maiores injustiças na história do The Game Awards? E é sempre bom lembrar – essa lista aqui é só a nossa opinião! No final não esquece de dar a sua também.
Stardew Valley (2016)
Em 2016, entre os indicados na categoria de jogos independentes estava Stardew Valley, jogo que foi feito por uma pessoa só do começo ao fim. Arte, trilha sonora, jogabilidade, programação – tudo, absolutamente tudo feito por Eric Barone.
O jogo ficou anos em produção e a persistência teve resultado: na época da premiação o jogo já tinha vendido perto das milhões de unidades e arrancava elogios da crítica e do público, mas isso não foi suficiente para ganhar o prêmio de melhor jogo independente, título que ficou nas mãos de Inside, dos mesmos desenvolvedores do Limbo.
Inside, jogo campeão da categoria
É óbvio que Inside não é ruim, mas Stardew Valley tem uma história e um conjunto da obra tão peculiares que pessoalmente não consigo entender por que não levou o prêmio.
Uncharted 4 (2016)
Uncharted 4 fechou com chave de ouro a história de Nathan Drake e deu um final digno para os personagens de uma das franquias mais icônicas da última geração. O jogo estava concorrendo em diversas categorias, e venceu em duas delas – Melhor Narrativa e Melhor Performance com Nolan North como Nathan Drake. Mas tem também as categorias que ele não ganhou, o que para alguns foi uma baita injustiça.
Primeiro, o melhor jogo do ano. O título acabou ficando nas mãos de Overwatch, o jogo multiplayer da Blizzard. Foi curioso um jogo só multiplayer ter ganho de tantos outros com um pouco mais de densidade – mas tudo bem, nesse quesito pode até ser que Uncharted 4 não se sustentasse.
A maior injustiça mesmo com Uncharted 4 e que muita gente concorda foi na categoria de ação e aventura, na qual ele perdeu para Dishonored 2. Dishonored 2 é ruim? Claro que não, mas Uncharted 4 carrega todo o peso de encerrar uma franquia, além de ser um excelente jogo. E na boa, tem algo mais ação e aventura que a série Uncharted?
PLAYERUNKNOWN's Battlegrounds (2017)
Passamos agora para o ano seguinte, 2017, e a primeira injustiça começa nos indicados a melhor jogo do ano, com PUBG ocupando uma das vagas. Na época o jogo ainda estava em acesso antecipado e tinha muitos bugs e problemas de desempenho – um pouco injusto com jogos como Cuphead, que foi o indie mais aclamado do ano e com certeza merecia seu espaço entre os indicados.
Overwatch (2017)
Quando eu vejo a categoria de melhor jogo de eSport, eu penso que, ao contrário da de melhor multiplayer, por exemplo, ela precisa considerar mais do que o jogo em si. Campeonatos, premiações, abrangência e relevância – Tudo isso deveria contar na categoria.
No ano de 2017, Overwatch teve apenas torneios de exibição, como a Copa Overwatch na Blizzcon e alguns campeonatos localizados na China e Coréia, sem nenhum torneio para valer com premiações expressivas ou campeonatos distribuídos ao redor do mundo. Ao mesmo tempo jogos como League of Legends, CS:GO, Dota 2 e até mesmo outros jogos da Blizzard como Hearthstone se mostravam muito mais consolidados e relevantes no cenário.
O que a Blizzard fez naquele ano foi a estruturação e as vendas das franquias da Overwatch League, mas só isso não justifica ganhar o prêmio de Melhor jogo de eSport. Se eles ganharem esse ano, com a liga já acontecendo, aí sim vai fazer sentido.
Persona 5 (2017)
Na minha opinião o maior dos injustiçados é Persona 5. O jogo concorria em diversas categorias no ano passado, e algumas delas ninguém discute o resultado, como o de melhor jogo do ano que ficou pra Zelda Breath of The Wild. Mas direção de arte e trilha sonora, isso eu achei difícil de aceitar.
Ele é um dos jogos mais estilosos dos últimos tempos – e não só isso, além de original e cheio de personalidade, o design é muito funcional e consegue simplificar e facilitar a bagunça que muitas vezes acontece em RPGs japoneses. Quem ganhou a categoria foi Cuphead que claro, é super bonito tem um estilo muito legal, mas é inspirado nos desenhos dos anos 30, algo que já existia. Persona 5 foi criado do zero e é 100% original. Acho que isso conta alguns pontinhos a mais, não acha?
A trilha de sonora de Persona 5 tem músicas muito marcantes, daquelas que dá vontade de ouvir mesmo fora do jogo. Tem faixas só instrumentais, com vocal, ritmos e pegadas diferentes – mas uma das coisas mais legais é o uso da música no jogo. Os momentos mais intensos de luta são acompanhados por um pop-rock bem de boa, tirando o jogo do óbvio.
E essas foram as minhas injustiças da The Game Awards. E você, qual é aquela injustiça que você não perdoa? Conta para a gente aqui nos comentários!
E não esqueça de acompanhar a The Game Awards 2018 ao vivo junto com a gente aqui no Voxel. Vamos fazer transmissão ao vivo no canal do YouTube, comecando dia 6 de dezembro, às 23h00.
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