[Atualização: Em comemoração aos 15 anos da franquia Far Cry, atualizamos este ranque de “melhor para o pior”, postado originalmente em março de 2018, para incluir os jogos mais recentes da franquia: Far Cry 5 e Far Cry: New Dawn. Confira!]
Dia 23 de março de 2019 a série Far Cry celebra seu 15º aniversário, com 10 títulos no seu guarda-chuva. Para relembrar todos de um jeito diferente, ranqueamos todos os jogos da franquia – do pior para o melhor.
Sim, sabemos que melhor ou pior é complicado, porque gosto é gosto não é mesmo? Então, para não ter confusão, usamos como referência as notas do Metacritic, que são uma média das notas de diversos reviews tanto da crítica especializada quanto do público. No caso dos jogos com notas individuais por plataformas, pegamos a nota de cada uma delas, somamos e dividimos, obtendo uma média simples. Agora que estamos acertados de onde vieram as notas, vamos ranquear? Tem um chute de qual é o primeiro e o último?
10. Far Cry New Dawn (2019) – Média 73,3
No primeiro momento pode espantar que Far Cry: New Dawn, o título mais recente, seja também o pior pela média do Metacritic. Mas um olhar mais atento revela que sua nota é um reflexo do momento da franquia: depois de 15 anos e 10 títulos, a sua fórmula já apresenta indícios de desgaste, o que se reflete na sua nota.
Far Cry: New Dawn é uma continuação direta de Far Cry 5, utilizando o mesmo mapa e o mesmo universo, mas em um cenário pós-apocalíptico. O jogo apresenta alguns novos elementos de RPG e pega emprestado algumas mecânicas de crafting de Far Cry Primal (que só subiu no ranque graças a New Dawn), mas o que ele apresentou não impressionou o suficiente para que sua nota fosse significativa. Por todo esse contexto, Far Cry: New Dawn tem a média 73,3 e é o pior jogo da franquia segundo o Metacritic.
9. Far Cry Primal (2016) – Média 75,7
Far Cry Primal é o jogo mais diferente de toda a franquia, e coincidentemente – ou não – está entre os com média mais baixa. O jogo não é exatamente ruim e tem boas notas da crítica, mas a renovação da série não agradou o público, o que abaixou bastante a média geral.
Saem os tiroteios e as armas de fogo, entra a idade da pedra, no ano de 10.000 antes de Cristo. Você é Takkar, o último membro da sua tribo, e sua missão é reergue-la. O jogo tem foco em sobrevivência, exige paciência e tem um ritmo lento, o que foge bastante da franquia original. A atitude da Ubisoft de tentar inovar foi louvável, mas não era o que o público esperava de um Far Cry, e por isso ele está logo no começo dessa lista.
8. Far Cry Instincts Evolution (2006) – Média 78
Voltando mais de 10 anos na história, temos o terceiro pior jogo da franquia – Far Cry Instincts Evolution, a sequência de Far Cry Instincts, o remake do primeiro jogo de PC para o Xbox. O jogo segue a história do protagonista original Jack Carver e apesar de ter o gameplay muito parecido com o anterior, foi criticado por ter uma história muito curta e não oferecer a mesma imersão – a IA também era um pouco burra as vezes, o que frustrou alguns jogadores.
O que ajudou a nota do título a não ser pior ainda foi o modo multiplayer, que trouxe novos mapas, modos e um editor de mapas muito elogiado – lembrem-se, estamos falando de 2006, jogos online eram outra coisa na época. No final, o jogo não atendeu as expectativas de dar sequência de verdade à história de Jack Carver e nem o multiplayer salvou.
7. Far Cry 5 (2018) – Média 80,3
Far Cry 5 é o título mais recente da franquia, mas não figura no grupo das melhores notas. Ainda assim, é bom destacar que 80 não pode ser considerada uma média baixa. O jogo trouxe um novo cenário, vilão e algumas novidades à fórmula clássica da franquia. Far Cry 5 te leva para o condado Hope County, no interior dos EUA, onde o jogador precisa lutar contra o culto Portão do Eden, encabeçado por Joseph Seed.
Um aspecto bem elogiado foi o fim das torres de vigilância e do excesso de ícones do mapa. As missões também ficaram mais orgânicas e integradas ao ambiente, ao invés de serem apenas itens de um checklist. As principais críticas que o jogo recebeu foi em relação aos irmãos do vilão, que muitos julgaram pouco carismáticos e com péssimo diálogos e também alguns bugs – que, apesar de não serem novidade na franquia, já começam a incomodar bastante depois de tantos jogos feitos. Por essa combinação, Far Cry 5 teve média 80,3 no Metacritic e figura em sétimo lugar na lista.
6. Far Cry 3: Blood Dragon (2013) – Média 81
Muita gente chegou aqui e está pensando que é uma bela de uma injustiça, eu sei. Far Cry 3: Blood Dragon é uma expansão independente de Far Cry 3, e também está no grupo da metade mais mal avaliada da série.
Ele tem muito estilo e se passa em um cenário pós apocalíptico cyberpunk, cheio de referências aos filmes de ação e ficção científica dos anos 80, e foi elogiado pela temática, pelo bom humor, pelos dragões que soltam laser pelos olhos e por manter a boa jogabilidade de Far Cry 3. Se for para a gente procurar problemas no jogo só para justificar a posição dele nessa lista, dá para falar que algumas piadas não têm muita graça e que as missões são um pouco repetitivas, tanto em jogabilidade quanto em visual.
5. Far Cry 4 (2014) – Média 82,3
Far Cry 4 chegou em 2014 para a geração passada e a atual – aqui, consideramos as notas da geração atual. O jogo não tinha tarefa fácil – o seu antecessor, Far Cry 3, foi extremamente aclamado pela crítica. O jogo tem uma jogabilidade bem positiva - muitas coisas diferentes para se fazer, animais com uma ótima IA, uma boa economia e coleta de recursos e o arpéu, que permite explorar o cenário de Kyrat de um jeito mais vertical. O jogo também mistura muito bem as armas, veículos e animais criando um caos divertido e coerente. O que jogou a média do jogo para baixo foi a história, que é fraca, não empolga e tem personagens pouco carismáticos e nada memoráveis.
4. Far Cry Instincts (2005) – Média 85
O primeiro Far Cry para os consoles foi o Far Cry Instincts, lançado no Xbox. Em teoria ele é um port do jogo original, de PC, mas na prática ele é bem mais que isso. A história foi levemente alterada, e o personagem principal Jack Carver ganhou habilidade especiais depois de ter sido injetado com o mesmo sérum que criava os monstros da ilha, o que deixou a jogabilidade diferente dos outros shooters disponíveis na época. Além disso, a habilidade de stealth foi aprimorada, dando mais possibilidade para os jogadores.
Infelizmente, por limitações do hardware, o jogo perdeu a característica de “vá aonde quiser e faça o que quiser” e passou a ser um pouco mais linear. O visual impressionou na época, mesmo com alguns problemas. A principal crítica ao jogo e o que ajudou a jogar a nota dele um pouco para baixo foi a IA, que muitos acharam burra demais.
3. Far Cry 2 (2008) – Média 85
Com a mesma nota, temos Far Cry 2. Por esse aqui ser um jogo totalmente novo e que saiu para três plataformas, e consequentemente atingiu mais gente, é justo colocar ele uma posição mais alta que o Instincts.
Esse jogo começou frustrando muita gente por não ser uma continuação direta do primeiro título – não era o mesmo protagonista, mesmo ambiente, nada. Só o mesmo nome. Hoje a gente sabe que essa é a ideia da série, mas imagina você, fã do primeiro Far Cry, indo correndo jogar a continuação para descobrir que não é exatamente uma continuação. Dá para entender a decepção.
Mesmo assim o jogo agradou, com um extenso mundo aberto e foco em atirar, destruir e queimar. Claro, ele tinha alguns problemas como missões muito repetitivas e uma IA que, apesar de bem melhor do que antes, ainda era meio besta. No final, o jogo superou os seus defeitos e a frustração dos jogadores, e na média geral é o terceiro com a melhor média da franquia.
2. Far Cry (2004) – Média 89
O primeiro Far Cry foi uma produção da Crytek para o PC. Na época o jogo surpreendeu muito e foi considerado um dos melhores shooters da geração, o melhor desde Half Life. Os gráficos impressionaram – o ambiente da ilha era verossímil, detalhado e com personagens bem animados. A jogabilidade também foi elogiada, com uma IA mais inteligente que o esperado, ação bem dosada e mundo aberto que deixava o jogador montar sua própria estratégia. Tudo isso em uma campanha de 20h, longa para a época.
De problemas, só os saves automáticos que não eram muito amigáveis e o multiplayer mal balanceado, mas nada ruim o suficiente para tirar o brilho do título. Far Cry foi um jogo de muito destaque na sua época, e por isso ostenta o segundo lugar aqui na lista.
1. Far Cry 3 (2012) – Média 89,6
O primeiro lugar não poderia ser outro – Far Cry 3 – também conhecido como “aquele Far Cry que tem o Vaas”. O jogo tem um ambiente enorme e paradisíaco, com muita coisa para fazer e formas muito variadas de explorar o ambiente. A progressão do personagem também foi destaque, com uma boa árvore de habilidades. A história e os personagens foram muito elogiadas - principalmente o vilão louco Vaas, que é sem dúvidas o mais amado de toda a franquia. A captação facial é boa, que destaca a atuação e a dublagem sólida do game. A nota dele só não foi maior pelo modo multiplayer, com bugs técnicos que atrapalham a experiência.
O sucesso foi grande o que garantiu para Far Cry 3 alguns prêmios de jogos do ano: da revista Electronic Gaming Monthly e escolha do público da GameSpot.
Chegou no final da matéria e ficou inconformado com algumas médias? Não tem problema, relembre todos os jogos da franquia Far Cry e conta para a gente aqui nos comentários qual seria o seu ranque ideal!