Fundada em 1979, a Capcom é uma das companhias mais versáteis e duradouras da indústria dos games. Por suas mãos tivemos clássicos como Street Fighter, Resident Evil, Devil May Cry, Monster Hunter, Mega Man, Onimusha, Breath of Fire e muitos outros títulos que marcaram a história e foram crescendo junto com a gente e as produtoras de console.
É justamente esse histórico rico — e uma vasta seleção de games — que motivaram o brasileiro Wagner Rodrigues Martins a criar o projeto #CapcomQuest em meados de 2017. A ideia não é somente jogar e finalizar ao vivo todos os títulos da desenvolvedora, mas também fazer um pequeno review no Twitter relatando suas impressões sobre eles.
“Na verdade, a escolha da Capcom para esse desafio foi algo bem natural para mim. Ela é de longe a empresa de jogos que mais consumi e consumo até hoje (meu saudoso Sega Saturn que o diga). Além do óbvio, é a empresa pela qual sempre sonhei em trabalhar. Sou uma criança dos anos 90 então, isso resume muita coisa do meu gosto pessoal com games, como a lendária era dos fliperamas, onde tive meu primeiro contato com Street Fighter”, explicou Martins ao Voxel.
Desafios inesperados
Martins afirma que a primeira temporada do Capcom Quest já trouxe grandes desafios, como terminar RPGs totalmente em japonês e encarar a dificuldade absurda de Ghost’n’Goblins, e também algumas surpresas. “Algo que me deixou bem impressionado é a quantidades de jogos licenciados que a Capcom fez, principalmente da Disney, e também revisitar alguns jogos que já tinha jogado antes e não lembrava do quão difícil era (meu Deus, o Vega do SF II Vanilla é absurdamente roubado)”.
Como Martins possui um trabalho que não está relacionado ao projeto, ele decidiu dividir as temporadas em períodos com intervalos de 6 meses. A promessa é que a segunda delas vai começar em março deste ano (depois que ele terminar Devil May Cry 5) com o clássico Cadillac’s and Dinosaurs, que será finalizado com outras três pessoas — enquanto isso, ele está fazendo transmissões esporádicas de jogos criados pela comunidade de fãs da Capcom.
A ordem dos jogos da Capcom Quest é definida pelo ano de seus lançamentos, o que trouxe algumas descobertas, como Mad Dog McCree e Midnight Wanderes, jogo que, segundo Martins, testa os limites da CPS 1. “Também tiveram jogos que descobri várias curiosidades, como uma versão do Willow para o NES, que é completamente diferente do arcade, mas é 100% inspirado em Zelda. Section Z, que na verdade o protagonista do jogo não é ninguém mais ninguém menos que o Captain Commando”.
Infelizmente, nem tudo é positivo na história da Capcom. “O que mais me decepcionei foram os jogos de Quiz, sempre pensei que seria para testar meus conhecimentos sobre a empresa, mas as perguntas que eles fazem são sobre conhecimentos gerais e nada nerds (e a maioria deles são completamente em japonês)”, explicou o jogador.
Para acompanhar o Capcom Quest, basta acompanhar o perfil de Martins no YouTube, que reúne todas as jogatinas já feitas por ele até o momento. Por lá também há vídeos mais antigos sobre o universo dos games em geral, algo que ele decidiu deixar um pouco de lado ao assumir o projeto dedicado à empresa japonesa.