Quando a Bandai Namco anunciou Dragon Ball Z: Kakarot, tive um sentimento misto: algo que poderia ser surpreendente ou um game que aproveitasse o esqueleto de Dragon Ball Xenoverse com alguns detalhes diferentes. Depois de jogar 20 minutos durante a BGS 2019, fiquei muito grato em saber que há algo realmente promissor em recontar a história de Goku e seus amigos mais uma vez.
Com mecânicas e estilo completamente novos para a série, sem dúvidas há certos elementos ali que não só resgatam a nostalgia como exaltam tudo que a franquia tem a oferecer com o melhor que há mecanicamente, fugindo do padrão dos títulos de luta e oferecendo uma experiência que pode ser algo realmente fresco para a série. Confira as nossas impressões:
-
Um mundo semi-aberto colorido e cheio de atividades
Para quem jogou Dragon Ball Xenoverse, a área de encontro não passava de uma mera desculpa para juntar NPCs para quests e realizar batalhas contra outros jogadores ou contra a IA. Em outras palavras, era quase como um menu mais interativo. Felizmente, Dragon Ball Z: Kakarot apresenta um mundo aberto mais divertido, cheio de vida e, principalmente, que passa a sensação de vivenciar o mundo do clássico anime.
Foram apenas 20 minutos de jogatina e não é possível dizer que será uma ótima área para se divertir. Entretanto, o que eu experimentei foi algo que me deu aquela sensação nostálgica, aquele quentinho no coração que relembra a sensação de acordar cedo para ver Dragon Ball ou correr depois da escola nos anos 90 para acompanhar mais um capítulo da história de Goku.
Para mim, Dragon Ball não é sobre as batalhas: é sobre um universo magnífico de Akira Toriyama que traz personagens marcantes, cenários que te fazem pensar “nossa, queria viver aqui” e diversas aventuras gostosas de acompanhar. Mesmo que em menor escala, Dragon Balll Z: Kakarot parece traduzir esse sentimento, mesmo que um pouco, algo que os jogos de luta pouco se esforçaram até hoje.
Há diversas quests espalhadas, personagens carismáticos para encontrar (muitos deles vão expandir a história original do mangá) e diversos inimigos para enfrentar. Tudo pode ser localizado no Radar do Dragão, o mesmo utilizado para encontrar as Esferas do Dragão. Certamente, algo bem promissor, ainda mais considerando que o game vai contar os eventos até a saga Buu.
-
Combate que mescla RPG raiz com mecânicas de ação
Um dos grandes receios que tive era que o game reciclasse diversos elementos e mecânicas dos demais jogos de luta da série. E, por mais que o combate de RPG beba muito da fonte de Dragon Ball Xenoverse, o resultado parece diferente o suficiente para parecer algo novo e que traz um outro tipo de diversão.
Há lutas aleatórias no mapa contra inimigos mais fracos e lutas contra chefões até o momento. Na build que jogamos, a missão principal envolvia combater Raditz no primeiro arco e tinha uma dinâmica bem diferente dos demais combates, trazendo movimentos especiais mais difíceis do oponente e requerendo mais estratégia por parte do jogador.
-
Goku pode usar ataques básicos, explosões de Ki, corridas especiais, golpes únicos de companheiros e até mesmo ataques poderosos que consomem uma barra de Ki, como se fossem skills (tais como o Kamehameha). Tudo é feito em tempo real, sem turnos, mas com uma dinâmica e disposição de oponentes que tem muitos elementos de RPG.
Gráficos e animações muito impressionantes
Outro elemento que me surpreendeu foram os gráficos de Dragon Ball Z: Kakarot. Apesar de usar o mesmo estilo cel-shading que estamos acostumados, parece que a equipe deu um passo além no polimento. No Xbox One X, console que rodava o jogo na BGS 2019, os visuais estavam muito lindos e, aparentemente, já aprimorados para o videogame mais potente da Microsoft.
As animações e o mundo aberto vibrante são, sem dúvidas, os maiores destaques. Em algumas situações específicas, como ataques especiais combinados com parceiros (na builda era o Piccolo), a câmera se afasta e traz animações únicas recheadas de efeitos cinematográficos muito incríveis.
O mundo aberto de Dragon Ball Z: Kakarot parece legal e certamente o estilo gráfico ajuda a passar a sensação de estar dentro do universo. Trata-se de um universo muito colorido e vibrante, cheio de personagens carismáticos e bastante atenção para recriar o mundo produzido pelo mestre Akira Toriyama.
...
Sem dúvidas, Dragon Ball Z: Kakarot parece muito promissor e espanta, pelo menos por ora, o fantasma de um produto genérico. A build da BGS 2019 era curta, mas já deu o gostinho que a gente queria: um game bem-feito e que resgata a nostalgia que todo fã de Dragon Ball quer, aproveitando o clima aventuresco. Vamos conquistas as esferas do dragão!
Dragon Ball Z: Kakarot chega ao Xbox One, PS4 e PC no dia 17 de janeiro de 2020.
Categorias