Lembra quando Death Stranding foi anunciado, lá em 2016? Ninguém entendeu nada, mas mesmo assim ficamos interessados. De lá pra cá já descobrimos muita coisa sobre o game, e é disso que vamos falar. E pode ficar tranquilo, esse texto não tem nenhum spoiler, já que só tem material que foi divulgado antes do lançamento do game.
Tudo começou com uns caranguejos mortos, Norman Reedus peladão, um bebe, uma praia que parecia ter sido o cenário de um acidente ambiental e, pra dar o toque final, uma galera voando. ABSOLUTAMENTE NADA fazia sentido na época. Lembra desse trailer? Seguimos nesse clima de mistério e Kojima doidão por um tempo, mas nesse ano ele resolveu abrir o bico e as coisas começaram a fazer um pouco mais de sentido.
Kojima faz questão de deixar muito claro que Death Stranding não é um jogo de furtividade, nem um third person shooter, nem um FPS. Ele chama o game de “Strand Game”, um tipo de jogo de ação totalmente novo focado no conceito de ligação entre pessoas e personagens.
Essa conexão acontece entre os jogadores, que poderão deixar objetos pelo mapa para ajudar outros a vencerem alguns obstáculos. E você pode mandar uns likes para eles, se achar que te ajudaram na jornada! Death Stranding também promete um mundo aberto grande, onde tudo que o jogador vê pode ser explorado.
Uma coisa que chama muito a atenção é o elenco, cheio de atores reconhecido dos games e de Hollywood. Nem todos os personagens foram detalhados antes do lançamento, mas muitos tiveram seus próprios teasers, que é o caso de Heartman, por exemplo.
Heartman
(visual de Nicholas Winding Refn)
Heartman tem o visual do diretor Nicholas Refn, mas é interpretado por outro ator. Ele é um membro da organização BRIGDES, do protagonista Sam, e é o encarregado de pesquisar a verdade sobre o Death Stranding – é no teaser dele que ouvimos pela primeira vez a referência Death Stranding como um evento, quando ele conta dos seus curta metragens, músicas e livros favoritos de “antes do Death Stranding”.
Mas o que faz dele especial é que ele “morre” a cada vinte um minutos e é ressuscitado por um desfibrilador portátil. Ele também se refere a praia no teaser, dizendo que os 21 minutos na terra não são nada mais do que o tempo que ele espera para voltar para a busca, e sua alma está na praia.
Mama
(Margaret Qualley)
Mama foi a personagem que deu a melhor dica sobre os “seres invisíveis” do game, os temíveis BTs, porque ela é mãe de um deles – daí o seu nome. E mesmo depois de dar à luz, ela segue conectada ao bebê e não pode sair do lugar onde se encontra pessoalmente com Sam pela primeira vez.
BB (Brigde Baby)
O bebê que o Sam carrega com ele tem uma função muito importante. Segundo Deadman, o personagem do Guillermo Del Toro, o BB está ligado ao útero de uma “stillmother” – uma mulher com morte cerebral que está em um hospital em outro lugar do país – e que facilita a conexão do BB com o mundo dos mortos, e a conexão do Sam com o BB permite que o Sam sinta os BTs.
O invólucro que o bebê fica simula um útero, e fora dele o BB não “funciona”. E para funcionar direito o BB precisa ser reconectado ao útero de vez em quando, para sincronizar, algo que provavelmente vai impactar no gameplay. E os BBs não duram muito, tadinhos. A expectativa de vida deles é de um ano, pelo menos no momento do trailer.
Deadman
(visual de Guillermo Del Toro)
A gente não sabe muito do Deadman, além dele ser o cara que entende da vida e da morte e quem explica todo o funcionamento dos BBs para o Sam. Ele também é quem aparece no segundo trailer do jogo, aquele que ele está em um cenário de guerra agarrado com um BB com o líquido todo preto – e que também tem o Mads Mikkelsen e seu exército fantasmagórico (ou cadavérico).
Cliff
(Mads Mikkelsen)
Falando no Mads Mikkelsen, o personagem dele, Cliff, é um dos que não sabemos quase nada a respeito. Aliás, parece que todo o núcleo dos vilões do jogo está na mesma. Tem algumas cenas dele conversando com um BB, saindo da meleca..., mas nada além disso.
Higgs
(Troy Baker)
O Higgs parece ser o líder do grupo militar separatista Homo Demens, que controlam a cidade de Edge Knot City e pelo que vimos nos trailers, conseguem manipular os BTs, mas é só que dá pra saber. Eles também parecem ser do núcleo vilão de Death Stranding, mas nunca se sabe o que o Kojima está preparando pra gente!
Fragile
(Léa Seydoux)
A Fragile é outra que não sabemos muita coisa. Só que pelo jeito ela tem alguma empresa ou iniciativa e quer que o Sam trabalhe pra ela? Está contaminada com algo chamado DOOM? Talvez ela seja a moça da foto junto com o Sam e a Amelie? Essas respostas não sabemos, mas o que dá pra afirmar com certeza que é ela tem o melhor figurino do jogo.
Amelie e Die-Hardman
(Lindsay Wagner e Tommie Earl Jenkins)
A Amelie parece ser a mente por trás de todo o plano de reconectar as cidades, como vimos no trailer que mais fez sentido nesses 3 anos. Mas claro que nem tudo – já que ela explica que não envelheceu nos 10 anos que ficou sem ver o Sam porque o seu corpo ainda está na praia.
Com a ajuda de Die-Hardman, que parece seu braço direito, ela conta para Sam que liderou uma comitiva para reestabelecer a UCA (United Cities of America), para reconstruir o país, e quer que o Sam continue o que ela começou. No meio dessa missão ela foi sequestrada pelos Homo Demens e está, na verdade, em Edge Knot City, e o que está conversando com Sam é na verdade um holograma sendo transmitido de lá.
Gameplay
Em questão de jogabilidade e de mecânica o game não parece inovar tanto. A inovação parece ficar muito mais a cargo da história doida e o novo gênero que o Kojima afirma estar criando. Apesar disso, tem algumas coisas diferentes além de explorar, entregar encomendas e reconectar os pontos estratégicos.
Uma delas é o controle da sua carga, que deve ser bem distribuída para o Sam não ficar desequilibrado. Para ajudar a caminhar com tanto peso, Sam tem sensores que mostram as dificuldades no terreno, para o jogador escolher o caminho mais fácil.
Ah, lembra do BB? Ele não é um mero acessório pro jogador. Ele fica estressado, nervoso, e você tem que interagir com ele pra dar uma acalmada na criança, afinal, ele ainda é só um bebezinho. Você pode até tocar música pra ele se sentir melhor.
Apesar do cenário desolado dos gameplays que já vimos até então, o jogador vai interagir com alguns NPCs pelo caminho. Kojima deu um exemplo de como essa conexão será forte, e cita uma missão logo do começo do game: tem um personagem que vive no subsolo. Ele está doente, e depende dos remédios que Sam pode entregar para sobreviver. Na primeira vez você entrega, porque faz parte da missão, mas depois disso o jogador pode escolher se continua voltando para ajudá-lo. Se acabar abandonando o NPC, ele pode morrer sem os remédios.
Conan O'Brien é um dos NPCs do game
Death Stranding chega dia 8 de novembro para o PlayStation 4 e totalmente dublado em português.
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