Toda marca tem seu mascote. A Nintendo tem o Mario, a Sega tem o Sonic e a Microsoft tem o Master Chief — isso se der para chamar um cara daquele tamanho de mascote. A franquia Halo fez muito sucesso desde sua estreia, em 2001, com o primeiro console da marca Xbox, o que rendeu diversas continuações, séries, filmes, quadrinhos, livros e muito mais.
Como a atual geração está acabando e já tivemos até um gameplay de Halo Infinite, um novo jogo da série para o Xbox Series X, o próximo console da marca, aqui está o "Do pior ao melhor da franquia Halo", que foi escolhido pelos inscritos no canal do Voxel no YouTube.
Vamos para nossos critérios:
As notas apresentadas são baseadas no agregador de nota Metacritic; se o título foi lançado inicialmente para mais de uma plataforma, faremos a média aritmética das notas.
Não consideramos as versões remasterizadas, a The Masterchief Collection e jogos mobile como Spartan Assault e Strike.
Se você tem uma opinião diferente, deixe sua lista nos comentários.
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9. Halo Wars 2 — 74,5 (Xbox One & PC)
O último da lista é também o mais recente. Lançado em 2017, Halo Wars 2 foi o segundo game de RTS (estratégia em tempo real) da franquia. Desenvolvido pela 343 Industries e pela Creative Assembly, o jogo se passa depois dos acontecimentos de Halo 5: Guardians, acompanhando a equipe do Spirit of Fire, um navio da United Nations Space Command.
Nele, o jogador deve construir bases de operação para acumular e produzir infantarias e veículos para derrotar os adversários nos modos single e multiplayer, cooperativo ou competitivo. Diferentemente do primeiro Halo Wars, ele foi lançado para PCs, além do console. As cinemáticas feitas pela Blur Studios foram muito elogiadas pela qualidade das animações, e os analistas parabenizaram por ser bem convidativo a novos jogadores, mas reclamaram da falta de densidade no gameplay, considerando-o bem conservador nesse quesito.
Os críticos acharam os inimigos fáceis mesmo no modo normal e reclamaram que as bases tinham que estar em lugares específicos em vez de os jogadores terem a liberdade de escolher onde colocá-las. Esses e outros detalhes desagradaram ao público mais acostumado com esse tipo de jogo, o que rendeu a ele a nota 74,5.
8. Halo Wars — 82 (Xbox 360)
Em 2009, dois games da franquia Halo foram lançados, um deles foi Halo Wars, que saiu para o Xbox 360. Ele foi o primeiro da série a não ser desenvolvido pela Bungie, com a produção ficando a cargo da Ensemble Studios, a mesma dos primeiros Age of Empires.
A trama se passa 20 anos antes de Halo: Combat Evolve, com os humanos batalhando contra os aliens Covenants pela colônia Harvest. Assim como o já citado Wars 2, é um RTS, ou seja, deixa os tiroteios frenéticos de lado para abraçar uma jogabilidade mais estratégica.
O CEO da desenvolvedora comentou que essa era uma chance que o gênero estava recebendo nos consoles e que a Ensemble trabalhou muito nos controles para fazer algo divertido e que funcionasse bem para os jogadores. A crítica gostou bastante do primeiro título dessa série, o que rendeu a ele nota 82.
Muitas pessoas comentaram que Halo Wars funcionava bem dentro de sua proposta: ser um jogo de estratégia para consoles. É claro que quem está acostumado com o estilo o achou simples, com pouca profundidade no gameplay, mas ainda assim agradou à maioria da mídia especializada.
7. Halo 3: ODST — 83 (Xbox 360)
Halo 3: ODST, lançado em 2009, foi idealizado como um pequeno projeto, mas acabou crescendo durante seu desenvolvimento. Nele, não controlamos Master Chief, mas sim um membro das forças especiais ODST, e a história se passa no planeta Terra após os eventos de Halo 2.
O ambiente tem uma pegada bem filme noir, aqueles de crimes dos anos 1940 e 1950, o que o diferencia bastante de seus antecessores coloridos. Essa mudança no clima do jogo ocorre também na trilha sonora, que está mais leve e influenciada pelo jazz.
O game foi vendido em dois CDs, um com a campanha e o modo cooperativo Firefight, em que os jogadores devem sobreviver o maior tempo possível enquanto hordas de inimigos aparecem para matá-los, e outro com o modo multiplayer com os mapas de Halo 3.
Os críticos receberam bem o jogo, elogiando as experimentações da desenvolvedora e dizendo que ele foi a prova de que a Bungie soube usar os mesmos materiais para criar diferentes produtos, mas a maioria das críticas negativas estava relacionadas à sua curta duração e ao seu alto preço. Ele pode não ter sido o projeto mais ambicioso da empresa, mas com certeza tem sua importância tanto para ela quanto para a franquia Halo. Sua nota foi 83.
6. Halo 5: Guardians — 84 (Xbox One)
Halo 5: Guardians foi o segundo jogo da franquia desenvolvido pela 343 e o último da série principal lançado até agora, sendo o primeiro para o Xbox One, lançado em 2015. Sua campanha aborda o conflito entre dois grupos de soldados super-humanos: o time azul, comandado por Master Chief, e Osiris, comandado por Spartan Locke. Esse conflito ocorre por conta de a lealdade de Chief ser posta em xeque após os acontecimentos de Halo 4.
Diferentemente dos outros jogos da série, não há nenhum tipo de multiplayer offline, como campanha split screen ou modo competitivo local; o multiplayer online contém alguns novos modos, como Arena e Warzone, e conta com mais de 20 mapas jogáveis.
O jogo recebeu críticas muito positivas, com jornalistas dizendo que voltava aos fundamentos que tornaram a série popular, que tem o melhor combate da franquia e muitas ideias criativas, mas foi uma jogada segura, sem muitos riscos que não agradaram tanto, além de a campanha ter sido mais fraca que a anterior, o que não tinha acontecido ainda na série. Colocando na balança, pesou mais para o bem que para o mal, e o jogo ficou com nota 84.
5. Halo 4 — 87 (Xbox 360)
Pela primeira vez, um jogo principal da franquia não foi desenvolvido pela Bungie, mas pela 343 Industries. Spoiler: eles foram muito bem nessa tarefa e ficaram com nota 87. Seu desenvolvimento durou de 2009 a 2012, quando foi lançado. No começo, a empresa só tinha um punhado de empregados, mas a equipe cresceu até aproximadamente 200 pessoas que já tinham passado por mais de 25 grandes estúdios de games.
Uma das maiores mudanças que o jogo promoveu foi a aparência de Master Chief e Cortana, tanto por questão de gráficos quanto de história. Falando nela, a campanha se passa 4 anos após os eventos de Halo 3 e aborda de forma mais profunda a relação do protagonista com sua aliada inteligência artificial. Nas cutscenes, foram utilizadas motion captures.
Enquanto os atores Bruce Thomas e Mackenzie Mason foram os movimentos dos personagens principais do título, as vozes foram de Steve Downes e Jen Taylor, assim como nos títulos anteriores. O modo campanha pode ser jogado em uma ou duas pessoas via split screen ou até quatro players pela Xbox Live, só que todos assumem o papel de Master Chief.
O modo multiplayer, chamado de Infinity, permite personalizar os soldados Spartans. Há também um modo competitivo chamado War Games, para aqueles que gostam de um jogo mais sério. O modo de modificação de mapas Forge também está disponível, só que com algumas melhorias.
O título foi muito bem recebido, com gente dizendo que ele era o melhor da série até o momento. Entre os elogios dos jornalistas estavam a relação emocional e envolvente de Cortana e Chief, as luzes, a movimentação, a animação e o ritmo da narrativa. Para alguns, o final não faz sentido e alguns pontos foram esquecidos com o passar da história, mas com certeza foi um ótimo começo para a 343.
4. Halo: Combat Evolved — 90 (Xbox & PC)
Lançado no fim de 2001, Halo: Combat Evolve foi o jogo que começou a trajetória de Master Chief e Cortana no mundo dos video games. Desenvolvido para o primeiro Xbox pela Bungie, foi descrito por críticos da época como o mais importante título já lançado para os consoles; no entanto, sua história não começou com a Microsoft. Na metade de 1999, o jogo foi mostrado ao mundo pela primeira vez por Steve Jobs na Macworld Conference & Expo, mas a Bungie passou por diversos problemas financeiros, o que resultou na venda para a empresa de Bill Gates na metade de 2000.
O desenvolvimento do game foi bem conturbado. Inicialmente, era em terceira pessoa, então mudou para primeira e diversas ideias tiveram que ser cortadas por conta do prazo; o modo multiplayer teve que ser refeito 4 meses antes do lançamento, além outras coisas que com certeza deixaram muita gente que trabalhava na empresa de cabelo em pé. Mas tudo valeu a pena.
O jogo de tiro futurista aqueceu o coração dos críticos e criou uma legião de fãs ao redor dos Estados Unidos. A mídia o chamou de "imperdível", "o melhor shooter já feito", "5 estrelas" e mais um monte de coisa que o colocaram como um dos melhores da franquia. Na nossa lista, ele ocupa a quarta posição com nota 90 pois sua versão para PC, lançada menos de 2 anos depois, deixou muito a desejar, mas ainda assim é um clássico obrigatório para os fãs da força verde.
3. Halo: Reach — 91 (Xbox 360)
Halo: Reach, um dos mais amados títulos da franquia, foi o último a ser desenvolvido pela Bungie. Lançado em 2010 para Xbox 360, ele se passa entre os acontecimentos de Wars e Combat Evolved, acompanhando o Noble Team, a equipe de soldados de Elite chamados de Spartans. O subtítulo do jogo se refere ao planeta em que ele se passa, Reach, que está sendo invadido pelos aliens Covenants, os quais a equipe de protagonistas deve derrotar.
O modo Firefight de ODST e o editor de mapas Forge de Halo 3 também estão presentes. Após o terceiro game da franquia ser lançado, a desenvolvedora se dividiu em duas para produzir dois projetos ao mesmo tempo, ODST e Reach, por isso o lançamento dos dois foi feito só com 1 ano de diferença.
Como a história foca a queda e a destruição de um planeta já conhecido pelos fãs, a trilha sonora tem um clima mais sombrio e visceral, para passar a ideia de caos inevitável que o jogo tenta transmitir com seu enredo. Para a crítica, Reach pega os melhores elementos dos outros games da franquia e os combina para fechar a participação da Bungie no desenvolvimento de Halo com chave de ouro. Seu plot foi descrito como mais fácil de ser acompanhado e sua história fez com que a de seus antecessores parecesse coisa de amador.
É claro que houve críticas, como os personagens serem arquétipos, unidimensionais e esquecíveis, mas isso não tira o fato de que ele ocupa o terceiro lugar da lista, com nota 91.
2. Halo 3 — 94 (Xbox 360)
Halo 3 foi o primeiro jogo da franquia desenvolvido para o Xbox 360, sendo a única plataforma para a qual o título foi lançado. A Bungie começou o processo de criação dele logo após o lançamento de Halo 2, em 2004, e 3 anos depois o game chegou às mãos dos consumidores.
O modo campanha, que pode ser jogado solo ou em coop com até quatro players, continua diretamente os eventos do título anterior. No modo multiplayer, os gamers podem jogar em mapas criados por eles mesmos graças à ferramenta de edição de níveis Forge, mas isso somente em partidas fechadas ou em LAN, já que pela Xbox Live o game mesmo decide as regras e os mapas.
Outra adição foram gravações de gameplays e screenshots, que poderiam ser compartilhadas no site oficial da desenvolvedora. Durante a criação de Halo 2, a Bundie sofreu com a falta de tempo e teve que cortar o ato final do jogo, então Halo 3 era a chance de fazer tudo certinho. Mesmo que o começo não tenha sido dos melhores, com brigas e discussões internas relacionadas à posição de líder criativo, o resultado foi muito bom, com os críticos o classificando como o jogo mais completo em qualquer console e dizendo que não inovou a fórmula de Halo, mas sim a melhorou em diversos aspectos.
O jogo empolgou tanto que até teve gente dizendo que era tudo o que esperavam e muito mais. Ainda assim, sofreu algumas críticas, como no penúltimo capítulo, que foi classificado como péssimo. A nota final foi 94.
1. Halo 2 — 95 (Xbox & PC)
No topo da lista está o jogo que teve a árdua tarefa de continuar e melhorar o que seu antecessor fez, e podemos dizer que ele tirou de letra. Inicialmente, não havia sido pensada uma sequência para Combat Evolve, mas, com seu enorme sucesso, a Bungie começou a mexer os pauzinhos para criar Halo 2, que foi lançado em 2004. Entre as mudanças para o novo título estão engine, física, sombras e até o protagonista.
Ok, não é como se não desse para jogar com Master Chief, mas é que você controla também o alien Arbiter, com as fases do game alternando entre eles e mostrando os dois lados do conflito relacionado à megaestrutura em formato de anel chamada Halo, que para uns é a salvação enquanto para outros é a destruição. Assim como no título anterior, há um modo multiplayer que agora tem suporte pela Xbox Live.
Na parte sonora, o produtor e o compositor da trilha fizeram questão de que em nenhum momento o jogo ficasse em completo silêncio, já que o som ambiente é um dos principais meios de deixar as pessoas imersas psicologicamente. O marketing de Halo 2 contou com uma estratégia inusitada: um ARG (jogo de realidade alternada) chamado Eu Amo Abelhas. Nele, os jogadores deveriam resolver enigmas que misturavam o mundo real e o virtual, e isso acabou virando algo recorrente nas campanhas de divulgação de títulos da franquia. E, como você pode imaginar, a crítica amou Halo 2.
Os jornalistas da época elogiaram o multiplayer, o áudio e o gameplay menos repetitivo que o anterior, mas o cliffhanger abrupto no fim da campanha não agradou muito. Como a versão de PCs saiu quase 3 anos após o lançamento inicial do jogo, vamos considerar somente a nota do Xbox: 95.
Lembre-se, essas avaliações não são nossas, mas sim do agregador de notas Metacritic.
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