GIGABYTE UD1000GM PG5 é boa? Confira review da fonte de 1.000W para PCs

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Imagem: Felipe Vidal/TecMundo

As novas GeForce RTX 50 já estão disponíveis no mercado e consomem uma quantidade absurda de energia, com ênfase para a faminta RTX 5090. Quem quiser utilizar essas GPUs talvez precise de uma nova fonte de energia, e tivemos a possibilidade de testar a GIGABYTE UD1000GM PG5, considerada a primeira PSU a ter um conector PCIe Gen 5.

A fonte da GIGABYTE foi pioneira em 2022 e é vendida no Brasil como um dos principais modelos com 1.000W de potência e selo 80 Plus Gold, mas será que vale a pena? O modelo tem o que é preciso para encarar montagens robustas, mas esbarra em problemas que não o tornam tão recomendados para os super entusiastas.

Design e construção

Começando pelo exterior, a GIGABYTE UD1000GM PG5 tem construção em metal, saídas de ar em formato de colmeia e uma ventoinha de 120 mm para realizar a exaustão de calor. O design é bem simples, com o logotipo da marca centralizado com acabamento escovado e alguns detalhes levemente entalhados.

A fonte pertence claramente a um segmento intermediário com um pézinho na categoria topo de linha. O modelo obedece ao padrão ATX 3.0, tem dimensões de 140 mm (C) x 150 mm (L) x 86 mm (A) e encaixa tranquilamente em qualquer gabinete, com exceção de cases mini-ITX.

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No exterior, a UD1000GM é bem simples e contida (Imagem: Felipe Vidal/TecMundo)

Em geral, essa é uma fonte modesta nas aparências, mas vale lembrar que a GIGABYTE não é das empresas mais tradicionais do mercado quando o assunto são as Power Supply Units (PSU). Inclusive, a empresa já foi alvo de polêmicas pesadas no passado.

Cabos e conexões

Antes de entrar nos pormenores da fonte de energia, é bom destacar sobre os cabos desse modelo. Como toda fonte intermediária/topo de linha deveria ter, a GIGABYTE UD1000GM PG5 trabalha no formato modular, com todos os cabos desconectados e à disposição do usuário para a montagem.

Todos os cabos são pretos e a maioria utiliza apenas uma proteção geral de borracha, sem maiores acabamentos. Isso é algo bem compreensível, uma vez que o modelo da GIGABYTE não chega a ser entusiasta, portanto, os cabos não recebem tratamento premium.

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Conectores da UD1000GM PG5 são bem firmes (Imagem: Felipe Vidal/TecMundo)

A exceção é o cabo PCIe Gen 5 12vHPWR, que tem acabamento trançado para conceder mais proteção. Na verdade, isso é algo relativamente normal em muitas fontes, até mesmo naquelas mais caras, porém seria bom que as fabricantes melhorassem a qualidade dos cabos — pelo menos dos produtos com custo mais alto.

O que vem na caixa da GIGABYTE UD1000GM PG5?

  • Cabo de força;
  • Parafusos de fixação;
  • Manual de instruções;
  • Cabo para placa-mãe;
  • Cabo para CPU;
  • Cabo PCIe;
  • Cabo 12HVPWR;
  • Cabo SATA;
  • Cabo floppy + peripheral.
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Conjunto de cabos da GIGABYTE UD1000GM PG5 (Imagem: Felipe Vidal/TecMundo)

Potência e eficiência

A parte mais importante da fonte, a GIGABYTE UD1000GM PG5 trabalha com 1.000W, ou seja, valor mais do que suficiente para boa parte das placas de vídeo topo de linha, como a RTX 4090, RTX 4080 SUPER e a RTX 5080. Essa potência aguenta diversas configurações de PC, mas nem sempre é a mais indicada — especialmente nesse modelo da Gigabyte.

O aparelho utiliza capacitores japoneses para aguentar o tranco, já que são os melhores da categoria. No entanto, trabalha com capacitores de baixa capacidade na região secundária do PCB, desenvolvidos pela marca Lelon e que tem uma fama duvidosa.

Mesmo assim, a UD1000GM PG5 utiliza certificação 80 Plus Gold 90% de eficiência energética a 50% de carga. O selo ajuda a economizar na luz e traz um suspiro sempre bem-vindo em fontes de nível avançado, principalmente para aqueles que vão encarar GPUs e CPUs robustas.

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A GIGABYTE UD1000GM PG5 também tem PFC ativo (Imagem: Felipe Vidal/TecMundo)

Por falar em GPUs, mesmo com os capacitores menos confiáveis, a fonte ainda consegue trabalhar tranquilamente com diversas placas de vídeo. No entanto, o produto não seria minha primeira indicação se você pretende combiná-lo com uma GeForce RTX 5090, por exemplo.

Por mais que a Nvidia e diversos fabricantes recomendem fontes de pelo menos 1.000W para aguentar a GPU, a fonte da Gigabyte não passa um nível de confiabilidade tão alto assim para essa montagem específica. Claro, não significa que combinar a GPU com essa fonte irá estragar seu PC nem nada, mas claramente há opções mais robustas no mercado.

É uma fonte interessante, mas que possivelmente os usuários entusiastas irão evitar nesse tipo de montagem.

Ruído e temperatura

Um bom quesito a respeito da GIGABYTE UD1000GM PG5 é a temperatura. O modelo utiliza um bom sistema de resfriamento passivo e ativo por meio da ventoinha de 120 mm, permitindo que a fonte opere numa faixa entre 50 e 60 °C sem dificuldades.

No entanto, a PSU cobra um preço caro por isso e faz bastante barulho. Inclusive, é até curioso que a ventoinha da fonte produza tanto ruído, já que a GIGABYTE e a divisão AORUS trabalham com bons sistemas de arrefecimento.

Vale a pena comprar a GIGABYTE UD1000GM PG5?

A GIGABYTE UD1000GM PG5 é uma fonte de energia OK que tem seus problemas de componentes internos, mas oferece 10 anos de garantia. Mesmo com críticas, o produto vai encarar montagens mais complexas, embora não seja o ideal para quem quer o melhor de tecnologia em seu PC.

Fonte de PC GIGABYTE UD1000GM PG5 Felipe Vidal/TecMundo
A UD1000GM PG5 corrige erros de gerações passadas, mas ainda pode melhorar (Imagem: Felipe Vidal/TecMundo)

Depois de uma série de problemas com fontes problemáticas no passado, a GIGABYTE consertou os erros e entregou um produto bem mais estável, porém longe de ser perfeito. Ainda assim, é uma boa PSU da companhia e uma opção interessante para quem quer um modelo de 1.000W.

O real problema da UD1000GM PG5 é o preço de até R$ 1.100 em determinadas lojas. Por valores assim, vale mais a pena investir em modelos da Corsair, XPG e Cooler Master, que em tese vão fornecer um nível maior de confiabilidade aos entusiastas e pelo mesmo preço.

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