O PS5 Pro será lançado oficialmente em 7 de novembro no Brasil e diversos locais do mundo, mas já tivemos a chance de testar a novidade aqui no Voxel. O console chega custando valores na casa dos R$ 7 mil e promete entregar gráficos melhores em jogos da atual geração.
Além de contar com uma GPU aprimorada e melhoras em soluções como o Ray Tracing, o PS5 Pro tem como grande arma a tecnologia PlayStation Spectral Super Resolution, conhecida como PSSR. A solução utiliza inteligência artificial para garantir mais resolução ou frames por segundo no game.
Enquanto a tecnologia está dando seus primeiros passos, nossos testes iniciais já mostram que o PSSR conta com uma grande evolução em relação ao AMD FSR, utilizado em jogos do PS5 base. No entanto, a solução também não é perfeita e apresenta problemas que são conhecidos dos jogadores de PC desde os primórdios do Nvidia DLSS, lançado em 2018.
Qual a diferença trazida pelo PSSR no PS5 Pro em relação ao PS5 base?
Assim como o Nvidia DLSS, o PSSR tem como ponto central o uso de inteligência artificial para aprimorar a imagem de jogos no PS5 Pro. Utilizando o hardware mais potente do console, a tecnologia traz um upscaling de imagem para deixá-la mais nítida, transformando resoluções como 1440p em 4K.
A solução permite que a GPU do console trabalhe menos, já que a inteligência artificial com "aprendizado de máquina" acaba ajudando na renderização das imagens. Na prática, a boa notícia é que o PSSR cumpre o que promete, entregando resultados melhores do que o PS5 base.
Usando o AMD FSR, o PS5 Base deixa mais artefatos na imagem em comparação ao PS5 Pro.
A versão original do PS5, que traz hardware baseado na tecnologia RDNA 2, utiliza o upscaling do AMD FSR para reduzir o trabalho da GPU. A ferramenta, porém, faz todo o processamento via software e entrega resultados que ficam bem abaixo de rivais como o DLSS.
Uma das características mais marcantes do FSR, tanto em consoles quanto no PC, são os artefatos de imagem. Ao trabalhar em tarefas mais árduas, como jogos com bastante movimento, a solução costuma deixar rastros e pontilhados nas bordas de objetos.
Um exemplo disso pode ser visto em Ratchet and Clanket Rift Apart: as orelhas do personagem, seu corpo em movimento e até o robô Clanket acabam parecendo borrados no PS5 devido aos efeitos do AMD FSR. O uso do PSSR no PS5 Pro acaba corrigindo esse problema, já que a inteligência artificial entrega resultados melhores ao realizar o upscaling de imagem.
O grande problema do PSSR
Mesmo trazendo resultados interessantes, é importante ressaltar que o PSSR também possui um defeito em sua implementação, e ele já é conhecido de quem joga no PC. Assim como as primeiras versões do DLSS da Nvidia, a tecnologia da PlayStation apresenta cintilações na hora de fazer o upscaling de algumas texturas.
No caso de Ratchet and Clank, é possível visualizar esse efeito logo no início do game, em um tapete vermelho. A inteligência artificial não sabe muito bem o que fazer com os pixels muito similares e acaba gerando um artefato estranho em movimento, o que pode roubar a atenção do usuário.
Durante cenas movimentadas com pixels muito similares, o PSSR pode causar artefatos visíveis.
O resultado é bem parecido com o que acontecia nas versões iniciais do DLSS em texturas como fios, telas ou objetos muito pequenos, por exemplo. Ao realizar o upscaling, a tecnologia acabava tentando “adivinhar” a aparência de alguns pixels e acabava gerando um efeito de ghosting.
Felizmente, as coisas melhoraram no PC com o tempo. Em 2020, no DLSS 2.0, a Nvidia já aprimorou consideravelmente a solução graças ao aprendizado de máquina e IA generativa. Na versão mais recente da tecnologia, problemas como esse são quase inexistentes, com o DLSS entregando, em alguns casos, uma imagem melhor até que a renderização nativa do game.
A solução da Nvidia, atualmente, também conta com gerador de frames, que usa IA para aumentar ainda mais a contagem de FPS, e uma solução que aprimora a exibição de Ray Tracing. Ou seja, os seis anos de desenvolvimento em cima da inteligência artificial claramente fizeram a diferença para a tecnologia.
PSSR tem caminho promissor
Considerando a jornada positiva do DLSS, a tendência é que o PSSR também consiga resolver seu problema de artefato de imagem com novas versões. Afinal, diferente do FSR do PS5 Base, a solução possui uma inteligência artificial capaz de evoluir enquanto é implementada em novos games.
Resta agora aguardar para ver como vai ser o ritmo das melhorias da nova tecnologia, principalmente com um exemplo tão bem implementado como o DLSS para ser seguido pela Sony. Enquanto alguns recursos mais avançados possivelmente só chegarão no PS6, seria interessante ver a tecnologia entregando resultados ainda melhores no PS5 Pro, visto que o console é bem caro.
O PS5 Pro chega ao Brasil nesta quinta-feira, 7 de novembro, por valores na casa dos R$ 7 mil. E aí, qual sua opinião sobre o console? Comente nas redes sociais do Voxel.
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