PS5 Pro vale a pena? Veja review com testes e comparativos de games

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Desde o primeiro rumor das especificações até sua apresentação oficial em setembro de 2024, o Playstation 5 Pro tem sido alvo de muitas polemicas. Hardware, design, lançamento, preço, leitor de disco, falta da base, falta de jogos... Todos foram motivos de discussão nos últimos meses.

No entanto, a pergunta que todo mundo se fazia era: a gente realmente precisa de um PS5 Pro? O console realmente é necessário e vale a pena no mercado atual?

A PlayStation nos cedeu um dos PS5 Pro para review e, desde então, temos feito não só testes de imagem e velocidade do console, mas também o comparando com o Playstation 5 base pra saber se vale a troca. A seguir, confira nossa análise com o novo videogame e veja se o modelo é feito para você.

Design do PS5 Pro

Para quem já possui um Playstation 5 em casa, sabe como a Sony é detalhista em algumas partes do console. Assim como o Slim e o original, o PS5 Pro ainda mantém esse formato futurista, porém com algumas mudanças dos modelos anteriores.

Diferente do PS5 base, mas parecido com o Slim, o PS5 Pro conta com três cortes diagonais no meio, fazendo com que ele tenha quatro tampas removíveis, cada um com um símbolo (Triângulo, Quadrado, círculo e cruz). Caso você queira instalar uma unidade de disco, um SSD novo ou até queira mudar o visual, é possível substituir as tampas.

PS5 ProDesign do PS5 Pro

No entanto, as tampas do modelo Slim não servem no PS5 Pro. Apesar de similares, as capas não encaixam tanto pelo tamanho quanto pelo encaixe, com exceção do módulo do leitor de disco.

Dimensões do PS5 Pro

  • 388mm de largura
  • 89mm de altura
  • 216mm de profundidade
  • Peso aproximado de 3,1 KG

Falando brevemente dele sem as tampas, na parte esquerda de cima (Quadrado) temos um dos lados da ventoinha, enquanto na parte direita (Triângulo) temos o outro lado da ventoinha e o compartimento de expansão do SSD M.2. No lado direito (círculo) temos o encaixe da unidade de disco e onde fica alojada a bateria moeda (CMOS) do console, que serve somente para... energizar o relógio do console e mantê-lo regulado.

PS5 ProPS5 Pro sem uma das capas laterais.

Na sua frente, assim como o modelo Slim, o console possui somente um botão de energia e duas entradas USB-C, sendo uma delas USB 3.2 — ao contrário do base, que possuía uma entrada USB e uma USB-C. Atrás do console, além da entrada HDMI, também existe uma LAN para cabo de rede e duas entradas USB 3.2, além da conexão de energia.

No quesito tamanho, o PS5 Pro é um meio termo: um pouco maior que o Slim, porém com uma largura menor que o PS5 base, por isso as bandejas não se encaixam. Se você viu nosso unboxing, eu brinquei um pouco sobre o console ser bem mais leve que o PS5 base, e não era impressão: é 1,5KG de diferença de um para o outro — ponto positivo para o PS5 Pro.

Especificações do PS5 Pro

Antes de falar sobre as principais novidades do PS5 Pro, vamos comparar aqui o poderio do novo console com o modelo de 2020. Não vamos colocar o Slim na lista porque o hardware é praticamente igual ao modelo base, com diferenças mínimas.

PS5 Pro

  • CPU: x86-64-AMD Ryzen™ "Zen2", 8 núcleos/16 segmentos
  • GPU: 16.7 TFLOPS, mecanismo gráfico RDNA AMD Radeon
  • Memória: GDDR6 16 GB e 2 GB DDR5
  • Armazenamento: SSD personalizado de 2 TB
  • Requisitos de alimentação: 100-240 V ~ 4,2-1,7 A
  • Potência máxima nominal: 390 W

PS5 Base

  • CPU: AMD Zen 2 a 3.5 GHz (com oito núcleos)
  • GPU: 10.3 TFLOPS, mecanismo gráfico AMD RDNA 2, até 2.23 GHz
  • Memória: GDDR6 16 GB
  • Armazenamento: SSD personalizado de 825GB
  • Requisitos de alimentação: 100-240 v 1.65-0.75 a 50
  • Potência máxima nominal: 350 W

O processador principal do Pro é AMD Zen 2 de oito núcleos e 16 threads, operando a 3.5GHz e podendo alcançar até 3.85GHz, enquanto o base ficava na casa dos 3.55GHz, uma leve diferença. Indo para a parte da GPU, um dos chamativos do PS5 Pro, a maior diferença está no uso da RDNA 3 e 4, ao contrário da RDNA 2 do PS5 base.

Com isso, o processamento gráfico do console aumenta por si só, ainda mais com seus 16.7 teraflops de potência contra os 10.3 do console anterior (ao contrário dos 30 teraflops que estavam nos rumores). Um detalhe aqui: ao ligar o console, o armazenamento dele constava apenas 1.8 dos 2TB prometidos na embalagem, ou seja: esses 200GB são dedicados somente ao sistema e não podem ser aproveitados para jogos.

A memória RAM também ganhou um upgrade, só que mais voltado para os desenvolvedores de jogos. O PS5 Pro mantém 16 GB de GDDR6 com um pequeno incremento de 2GB no padrão DDR5 para o desempenho geral do console. Isso permite que os estúdios tenham mais espaço para trabalhar não só em futuros jogos, mas melhorar alguns já existentes, e é aí que a brincadeira começa.

A tríade do PS5 Pro

O principal chamativo do PS5 Pro em seu lançamento está totalmente baseado em três pilares dos quais a Sony tem feito questão de lembrar: aprimoramento da GPU, que falamos agora, melhorias no ray-tracing e o upscaling via IA, o tão famoso PSSR. Aqui na redação, nós fizemos alguns testes com os jogos que já estão aprimorados com os recursos compatíveis do PS5 Pro e testamos alguns deles no console base para ver as principais mudanças de um pro outro.

Testes de Ray Tracing no PS5 Pro: veja comparativo

Resumindo bem rápido caso você não saiba o que é: o ray-tracing basicamente simula como a luz se comporta no mundo real, criando sombras, reflexos e iluminação muito mais realistas dentro dos jogos. Para esse teste, escolhemos Spider-Man 2 e Hogwarts Legacy e, bem, nesse quesito a diferença entre consoles foi mínima.

Em Spider-Man 2, por exemplo: existem dois modos de jogo feitos para o PS5 Pro: o Fidelidade Pro, priorizando a resolução e limitando o jogo a 30fps, e o modo Desempenho Pro, com foco no upscaling e 60fps, que iremos falar mais tarde.

Embora os testes tanto numa LG OLED 4K com taxa de 120hz quanto numa Samsung UHD 4K tenham sido ok em ambos, a diferença no quesito ray-tracing era mínima, para não dizer imperceptível. Tirando o número de pedestres na rua que aumentou consideravelmente na Times Square, mas que estão ali pra atrapalhar no final das contas, detalhes no cabelo que era algo mencionado não é também lá muita coisa.

A mesma coisa acontece com Hogwarts Legacy, o game com mais reflexos absurdos que já joguei até hoje: com o aprimoramento para o Pro, efeitos como sombras, luzes e poças deveriam ser algo com mais detalhes. No entanto, ao se comparar lado a lado com o console anterior,é algo totalmente imperceptível, preferindo dar prioridade ao modo fidelidade pra tirar esses reflexos totalmente artificiais, como esses aqui no Salão Principal.

No fim das contas, esse desempenho extra para Ray Tracing serve mais para trazer um diferencial ou uma opção extra para os jogadores. Um exemplo disso é Alan Wake 2, que não possui suporte para a tecnologia no PS5 Base, mas agora pode ser jogado com reflexos mais realistas no PS5 Pro.

O mesmo também vale para a taxa de 120hz, que faz diferença caso você tenha uma TV ou monitor dedicado a isso. Porém, lembre-se: não são todos os jogos que possuem essa escolha de taxa ou até VRR. Dos testados, somente Spider-Man 2 e Ratchet e Clank: Em Outra Dimensão tinham essa opção.

Como funciona o PSSR no PS5 Pro?

Se o Ray Tracing do PS5 Pro me decepcionou, o PSSR veio para mostrar exatamente o poder do novo console, pois é aqui que está o diferencial que provavelmente irá fazer os números das compras subirem. Muito provavelmente você ouviu falar de DLSS, certo?

Embora tenham nomes diferentes, essas duas tecnologias são responsáveis por basicamente uma mesma coisa: melhorar a imagem do jogo usando inteligência artificial e também aumentar a taxa de quadros, tudo isso com mais nitidez somente usando o aprendizado de máquina. A Sony, que viu a Nvidia saindo na frente com essa tecnologia indispensável hoje em dia, pensou: e se a gente fizesse o nosso também? E é aí que entra o PlayStation Spectral Super Resolution.

Não são todos os jogos que terão essa opção no lançamento, porém fizemos testes jogando Spider-Man 2, The Last of Us Part 2, Horizon Forbidden West, Final Fantasy 7 Rebirth, Ratchet e Clank e Alan Wake 2. Todos esses jogos possuem um modo dedicado ao PSSR, dando foco geralmente ao modo performance do jogo, onde a prioridade são os tão sonhados 60fps em 4K.

The Last of UsJogos como The Last of Us 2 agora possuem um modo "Pro" com mais opções gráficas

No entanto, assim como acontece no PC, esse 4K nem sempre é "nativo" graças ao uso de inteligência artificial. The Last of Us Part 1 e 2, por exemplo: embora a saída do game seja em 4K, internamente ele tá rodando em 1440p com upscaling para 4K via PSSR, mantendo seus 60fps no modo desempenho.

O PSSR também pode ser usado para garantir mais frames por segundo aos jogos com um visual refinado. Horizon Forbidden West é um exemplo, dando prioridade aos 60fps e maior renderização nos personagens e ambientes do jogo com a solução de IA em ação.

Em suma, a experiência é bem parecida com o que acontece em computadores com GPUs Nvidia: a inteligência artificial aumenta a resolução dos jogos para 4K, mesmo que o jogo não rode nativamente nessa qualidade, ou permite subir os frames com mais qualidade visual.

A tríade do PS5 Pro busca dar mais escolhas aos jogadores e opções para desenvolvedores.

Isso libera a placa de vídeo para outras tarefas, como melhorar o desempenho gráfico ou aplicar ray tracing. Infelizmente, não existe nativamente algo que meça a resolução final do jogo, ficando com o jogador o trabalho ou de pesquisar se tal jogo está adequado ao sistema Pro ou olhando nas configurações. Até a gravação desse vídeo, estes são os jogos que estão aprimorados para o PS5 PRO.

No final das contas, essa tríade do PS5 Pro busca dar mais escolhas aos jogadores e opções para desenvolvedores. Com poder extra de hardware e inteligência artificial, o console permite jogar em 4K a 60 fps, mesmo que não seja "4K real", ou garantir recursos visuais extras durante o gameplay. Quer mais personagens na tela? Dá pra colocar. Quer mais reflexos? Acione o ray-trancing. Quer priorizar o desempenho? Opte pelos modos que priorizam frames por segundo.

Enquanto o PS5 base fazia com que desenvolvedores sacrificassem certos recursos, o PSSR realmente consegue fazer milagres como 4K e 60 fps com seu upscaling, e até parece exagero falando, mas esse é o famoso só vendo pra crer. Quando testei Alan Wake 2 nos dois modos disponíveis, a diferença era nítida comparada há um ano, quando joguei sem ray-tracing ou um modo 60fps convincente.

Melhorias em jogos do PS4

No post da nossa aba comunidade do YouTube, algumas pessoas perguntaram sobre a melhora gráfica nos jogos de PS4, e também se o PS5 Pro rodaria eles a 60fps. O que podemos dizer após nossos teste é: torcedores, calma.

Nativamente, o PS5 Pro tem um modo onde o console aprimora as imagens dos jogos de Playstation 4 chamado Game Boost, mas se você foi inocente o suficiente achando que ia jogar Bloodborne em 60fps, pode esquecer. A melhoria dos jogos é mínima, dando prioridade a uma melhor imagem, mais nítida e limpa.

Por enquanto, não existe uma lista dos jogos de PS4 que terão essa melhoria, então testamos com alguns para ver se existe algo que realmente valha a pena jogar. Enquanto existem aprimoramentos, nada é tão glorioso a ponto de justificar a compra apenas para jogar games do PlayStation 4 — lembrando que vários títulos estão recebendo patches pagos com aprimoramentos para a nova geração, como é o caso de Horizon Zero Dawn Remastered.

Vale a pena?

Talvez essa seja a pergunta que a maioria dos jogadores tem feito desde o anuncio do PlayStation 5 Pro: será que realmente vale a pena trocar seu base ou slim, no meio de uma geração que não está sendo das melhores? A resposta é: depende.

Ps5 ProPS5 Pro tem seu público e não é para qualquer um.

Minha impressão testando o PS5 Pro era de que a Sony realmente queria o PSSR como a principal novidade do console, porém se entregasse só isso não ficaria lá muito legal, adicionando os recursos de ray-tracing e uma melhora boa na GPU, pra que o console seja mais atrativo aos olhos do público. Vale R$ 7 mil? Para mim, nesse exato momento, não. Porém, se você ir atrás de algumas varejistas pra comprar, vai perceber que o console já esgotou em diversa lojas, ou seja: existe um público pra isso, e o alvo da Sony está justamente nessas pessoas.

Migrar do PS5 base para o PS5 Pro é como trocar de
placa de vídeo no PC.

Vamos fazer um pequeno paralelo aqui: sabe quando você, usuário de PC, faz o upgrade de uma GPU intermediária para uma placa de vídeo mais potente? Logo no começo, algumas coisas não parecem fazer tanta diferença para o jogador, porém esse poder extra acaba trazendo novas possibilidades durante seu gameplay.

Quem joga no computador é acostumado a abrir as configurações do sistema e dos jogos e escolher o melhor modo de acordo com seu gosto, seja em resolução ou desempenho. O que a Sony fez aqui é algo parecido, simplificando a expêriencia para o usuário final acostumado com a comodidade dos consoles.

Só resta saber o seu gosto e saber equilibrar isso: você precisa jogar com taxa de 120hz? Faz questão de jogar 60fps com upscalling pra 4K? Tem sete mil reais no bolso pra comprar numa paulada só ou parcelar? Parece loucura para alguns, mas pra quem pode, boa sorte. Eu queria ser um desses inclusive.

Mas e aí, o que vocês acharam do Playstation 5 Pro? Acham que vale a pena a mudança, estão felizes com o seu console base? Foi uma das pessoas que comprou na pré-venda? Comenta aqui embaixo, vamos conversar sobre! Só antes não se esqueça de se inscrever no canal, me seguir nas rede sociais e seguir o Voxel também, é claro! Quer ver algum review de produto aqui? Comenta também que a gente vai atrás, fechou? Beijos, abraços, fui!

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