A Devolver Digital anunciou nesta quinta-feira (1) Children of the Sun, game que mistura tiro e puzzle produzido pelo desenvolvedor solo René Rother. O game ainda não possui data de lançamento, mas ganhou um trailer e tem previsão de chegada para 2024.
O Voxel teve acesso exclusivo a uma build do jogo, com duração aproximada de uma hora, e contaremos para vocês as nossas impressões iniciais. Confira mais detalhes sobre a nossa experiência com o game logo abaixo!
Children of the Sun é o novo jogo da Devolver Digital.
Um tiro, muitas mortes
Diferente dos jogos de tiro convencionais, Children of the Sun traz uma jogabilidade mais tática, com uma pegada de quebra-cabeça. Ao chegar na fase, você deve analisar o ambiente e marcar todos os alvos que deve abater. No começo, eles estarão todos em um campo aberto, tornando bem simples eliminar todos de uma vez, mas com o passar do tempo será necessário montar um caminho específico para a bala passar sem acertar nenhum obstáculo.
O motivo disso é que você só pode usar um tiro para acabar com todos os inimigos. Quando você acerta o primeiro, ele te dá a chance de mirar e atirar mais uma vez, bem na pegada das flechas de Yondu, personagem da franquia Guardiões da Galáxia. Um ponto bem interessante é que o tempo continua passando, ainda que lentamente, enquanto miramos nos tiros seguintes.
Com o passar dos níveis, novas mecânicas vão sendo desbloqueadas e adicionam camadas de complexidade para os níveis. A primeira que podemos ver nessa build foi a habilidade de desviar levemente a direção da bala para desviar de objetos ou mesmo ajustar a direção dela e garantir sucesso. Diversas vezes eu me peguei usando esse poder só para ter certeza que a bala acertaria o alvo.
A segunda e última permite realizar um novo tiro durante um tiro. Ao acertar dois inimigos em seus pontos fracos brilhantes, o jogador pode apertar o botão direito do mouse durante o voo da bala e dar um novo tiro, mudando completamente a direção que ela estava indo. Enquanto em algumas fases, esse poder não é necessário, em outros é completamente essencial, já que os alvos se encontravam em locais completamente distintos, impossibilitando um tiro mais direto.
O fim está próximo para essa pessoa.Fonte: Francesco Casagrande
Simplicidade como qualidade
Admito que a jogabilidade foi algo que me surpreendeu por sua simplicidade e criatividade. Me surpreende que ele não tenha sido anunciado para dispositivos mobile, já que ele pode ser completamente jogado com comente uma mão, já que tudo o que você faz é através do mouse, desde a movimentação até o apertar do gatilho. Essa mesma simplicidade é o que torna o título muito divertido, já que não há muito a se pensar a não ser qual a melhor forma de acabar com todos.
Além das fases comuns, há também algumas especiais, que servem de respiro antes de uma nova mecânica ser apresentada. Tive que atirar em peixes e pássaros para me alimentar, concluir um minigame bizarro e, por fim, andar por um longo corredor e entender mais sobre a história.
E essa simplicidade também é usada muito bem no enredo, que conta a história de uma jovem buscando vingança de um culto que desgraçou a sua vida. Nos visuais, o jogo foge do hiper-realismo impregnado no mercado dos videogames nos últimos anos, adotando um estilo mais autoral, com ambientes e personagens bem coloridos e mais quadradões.
É informação demais e tempo de menos para explicar essa imagem.Fonte: Francesco Casagrande
Tudo o que foi apresentado em Children of the Sun me despertou profundo interesse. Ele tem a cara, cheio e gosto de Devolver Digital por trazer uma premissa chamativa, uma gameplay engajante e visuais de saltar os olhos. Com certeza ele se tornou um dos títulos que eu mais estou aguardando para este ano.
Children of the Sun será lançado para PC em 2024 e já conta com uma demo para ser baixada pela Steam.