Palworld: entenda polêmica do game envolvendo plágio e IA

3 min de leitura
Imagem de: Palworld: entenda polêmica do game envolvendo plágio e IA
Imagem: Barbie_E4/Pocket Pair/Nintendo

O Pal tá quebrando nas redes sociais. Desde que finalmente chegou ao Xbox e PCs via Game Pass e Steam, Palworld tem feito bastante sucesso com sua jogabilidade "diferenciada" e, principalmente aqui no Brasil, por conta da localização para o nosso idioma gerando todo tipo de meme.

Mas não é só por isso que os Pals estão em alta na internet nos últimos dias: diversos usuários vêm apontando muitas similaridades entre os monstrinhos do novo jogo e outros de Pokémon, a famosa franquia sobre encontrar, capturar e usar criaturas em batalhas. Além do caso, outra coisa que vem causando polêmica é o uso de Inteligência Artificial em Palworld para a criação de Pals.

Palworld é acusado de plágio nas redes sociais

O sucesso do jogo, desenvolvido pela Pocket Pair, foi estrondoso: não apenas a produtora afirmou ter vendido 5 milhões de cópias de seu jogo em apenas 3 dias, como ontem (21), pela manhã, os servidores ficaram fora do ar. Segundo a conta de Palworld no X (antigo Twitter), os servidores não suportaram a imensa quantidade de jogadores simultâneos e, por isso, o modo multiplayer teve de ser temporariamente desativado.

Tanto sucesso, é claro, deixou o game sob os holofotes e chamou a atenção de muita, mas muita gente. E boa parte do público começou a perceber certas similaridades entre Pals e Pokémon, com alguns sugerindo até mesmo a possibilidade de plágio. Uma das suspeitas é que o time criador do jogo tenha utilizado ferramentas de "fusão" de Pokémon, para "criar" Pals para o novo jogo.

Ferramentas deste tipo são bastante populares entre os fãs de Pokémon, permitindo fundir duas criaturas distintas em outra "completamente nova", com semelhanças aos monstrinhos originais. E tem bastante gente acusando a Pocket Pair de ter feito algo similar em Palworld.



Usuários criticam uso de IA em Palworld

A situação fica ainda pior para o lado da desenvolvedora quando alguns usuários das redes sociais começaram a fazer aquele bom e velho trabalho de detetives, descobrindo que um dos títulos anteriores produzidos pela Pocket Pair se chamava "AI: Art Imposter". Ao que parece, o jogo literalmente utilizava inteligência artificial para criar "arte" usando obras existentes para gerar imagens "novas".



A coisa toda piorou ainda mais quando algumas publicações de Takuro Mizobe, o CEO da desenvolvedora Pocket Pair, foram encontradas e traduzidas utilizando a ferramenta de tradução da própria plataforma X. Nas postagens, Mizobe fazia alusão à rápida forma com que a Inteligência Artificial vem evoluindo, apontando que está cada vez mais difícil diferenciar Pokémon oficiais de monstrinhos gerados por IA.

Além disso, o CEO da produtora também se mostrou a favor do uso de ferramentas de IA, dizendo crer que "muitas vezes a imagem não é de uma coisa específica" e que por isso "talvez o problema de direitos autorais seja resolvido". Para ele, nos próximos 30 anos é possível que a percepção do público se torne favorável a criações de Inteligência Artificial e que os direitos autorais mudem "consideravelmente".




Mizobe fez ainda uma publicação recente no blog do jogo na qual comentou sobre como apenas uma estudante de graduação foi responsável por cerca de 100 artes conceituais do game. O CEO ressaltou como a moça foi recusada por uma centena de empresas antes de ser contratada pela Pocket Pair. Além disso, o executivo também se disse feliz e surpreso com a popularidade do jogo, que no começo de seu desenvolvimento nem mesmo tinha um time de animação para atuar no projeto.

O site VGC entrou em contato com a Pocket Pair para conversar sobre as acusações de plágio e da utilização de ferramentas de IA na concepção do jogo, mas até o momento não obteve resposta.

Ainda sem previsão de chegar ao PS5, Palworld já está disponível em acesso antecipado para Xbox e PC via Game Pass e Steam.

Cupons de desconto TecMundo:
* Esta seleção de cupons é feita em parceria com a Savings United
Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.