Embora não seja tarefa das mais fáceis, o Nintendo Switch pode pegar vírus. Afinal, o dispositivo é um tipo de computador com conexão à internet, o que o torna vulnerável a ameaças. No entanto, o risco praticamente só existe se o usuário for além do “uso padrão” recomendado.
Tentar modificar ou desbloquear o console são ótimos exemplos de o que não fazer. Se, por um lado, isso significa acesso a um número maior de jogos e a recursos “extras” – como trapaças, sobretudo para quem entende de programação –, por outro afeta diretamente a segurança do aparelho.
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Os hacks não apenas abrem brechas para a instalação de softwares maliciosos como também podem tornar o Nintendo Switch inutilizável, ainda que todas as etapas do processo sejam feitas com cautela. De quebra, o usuário abre mão da garantia do dispositivo e pode ter sua conta banida, perdendo, assim, todos os jogos comprados legitimamente.
Console não é dos mais visados pelos hackers
Com exceção das alterações feitas ilegalmente no sistema operacional, há algumas razões de por que é tão difícil que o Nintendo Switch pegue vírus. A primeira delas é bem simples: os hackers não têm tanto interesse no dispositivo.
Isso porque seria necessário criar um malware específico para infectar um app e driblar as constantes atualizações de segurança da Nintendo para que o software fosse disponibilizado na eShop — e ainda convencer as pessoas a fazer o download. Tudo isso custa tempo e dinheiro. Sem mencionar que, ao contrário dos computadores, o Switch oferece poucos dados interessantes aos cibercriminosos.
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Ao mesmo tempo, o aparelho não foi feito para estimular a navegação pela internet, o que dificulta a contaminação. Até existe um browser instalado, mas ele visa atender a alguns recursos do console e não permitir que as pessoas abram sites de modo irrestrito, como fariam no celular. É preciso saber muito bem o que se está procurando nas configurações para utilizar o navegador com toda a liberdade; porém, isso pode abrir portas para conteúdos indesejados.
Sinais de que o Switch foi infectado
Computadores e consoles não apresentam o mesmo comportamento quando infectados. Logo, não adianta procurar pelos sinais que aparecem no Windows, por exemplo, apesar de ser possível observar alguns indícios se o Nintendo Switch estiver com vírus.
Para começar, o malware pode interferir na velocidade dos jogos, prejudicando a experiência do jogador ao deixar tudo mais lento. Além disso, determinados pop-ups costumam dar as caras em jogos online, interferindo negativamente na navegação.
É melhor utilizar jogos oficiais no Nintendo Switch.
Outro ponto de atenção é se de repente o usuário perceber que foi desconectado de sua conta, visto que isso pode significar que ela caiu nas mãos de pessoas mal-intencionadas.
Mesmo diante de tudo isso, é importante ter em mente que o dispositivo pode travar de vez em quando. Entretanto, isso não significa, necessariamente, que ele teve sua segurança comprometida. Caso ele pare de responder, uma das saídas pode ser reiniciá-lo, pressionando o botão de energia por mais ou menos 15 segundos até que ele desligue. Então, é só ligá-lo novamente.
Para fazer uma restauração de fábrica, basta segurar o botão de energia e o mais e menos do volume simultaneamente por alguns segundos, até o logotipo do Switch aparecer. Depois, selecionar a opção para inicializar o aparelho. Esta opção é especialmente indicada para quem pretende vender o console, já que exclui todos os dados do usuário.
Dicas gerais para o Nintendo Switch não pegar vírus
O jeito mais eficaz de o Nintendo Switch não pegar vírus é utilizá-lo da forma correta – e ética. Em certos aspectos, as orientações são similares às que devem ser adotadas para garantir a segurança de smartphones e computadores. Cabe ressaltar as seguintes:
- Não modificar ou desbloquear o console, uma vez que ele pode ser danificado permanentemente durante o processo. Inclusive, existe um jargão para quando isso ocorre: bricking (do inglês “brick”, que significa “tijolo”). O termo simboliza o momento em que o console deixa de responder e não tem mais utilidade;
- Restringir a diversão aos jogos que constam na eShop, a loja de jogos da Nintendo. Vale lembrar que pirataria é crime no Brasil;
(Fonte: Nintendo/Divulgação)Fonte: Nintendo
- Evitar ao máximo utilizar o navegador de internet “oculto” do console. Caso não houvesse risco de o Switch pegar vírus, não seria necessário alterar as configurações do aparelho e “enganar” o sistema. Para completar, a Nintendo deixa claro que o browser não recebe atualizações de segurança regularmente, dado que este não é o intuito do recurso;
- Garantir que o console esteja sempre atualizado no que se refere às medidas de segurança disponibilizadas pela Nintendo;
- Nunca compartilhar os dados de acesso da conta, seja com amigos ou desconhecidos. Muitos hackers podem se passar por vendedores online e oferecer recompensas, solicitando informações pessoais para depois tentarem fazer o login;
- Conectar o Switch apenas em redes de internet confiáveis.
E aí, você já pegou vírus em seu Nintendo Switch? Nos conte nas redes sociais do Voxel!
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