No último final de semana, começaram a circular nas redes sociais relatos de que o PlayStation mudou seus termos de serviço para proibir a revenda de jogos físicos. Segundo o novo contrato, isso só poderia ser feito com a permissão expressa da Sony, o que iria contra os interesses dos consumidores. No entanto, a história não é tão grave quanto parece.
Em resposta aos relatos sobre a suposta mudança, muitos usuários do X (antigo Twitter) apontaram que os termos de serviço do PlayStation são assim desde 1994. Embora alguns ajustes possam ter sido feitos pela empresa japonesa, eles não devem influenciar na capacidade de vender ou comprar mídias físicas usadas.
Been this way since 1994. Read the back of any of your PS1 discs ?? pic.twitter.com/FDRJTRRqvz
— NoMansAaron (@whereisaaron) December 18, 2023
Uma situação semelhante havia acontecido em 2013, quando os termos de uso do PlayStation na Europa haviam mudado para “proibir” a venda de discos. Na época ocupando o cargo de presidente da companhia, Shuhei Yoshida havia esclarecido que os jogadores iriam “poder vender ou compartilhar” seus discos do PS4 sem nenhum problema.
Situação do PlayStation 5 não vai mudar
Termos que geraram polêmica existem há anos.Fonte: GettyImages
Conforme observa o usuário @Michael_Jambor no Twitter, os termos que proíbem vender mídias físicas sem permissão estão sendo usados pela indústria de games há mais de 30 anos. Apesar de estarem impressos em todos os discos que chegam às lojas, os termos acabam caindo na categoria de regras que, na prática, não são seguidas.
Game companies are doing this for over 30 years,its even printed on every disc pic.twitter.com/am2Sn9X803
— Michael FFVII Rebirth (@Michael_Jambor) December 18, 2023
Assim, quem pretende continuar comprando ou vendendo discos do PlayStation 4 ou PlayStation 5 não tem que se preocupar no momento. Embora não seja impossível que a Sony adote algum tipo de verificação no futuro, não há qualquer indício de que isso faça parte dos planos imediatos da companhia.
No começo dos anos 2010, várias companhias chegaram a adotar sistemas de “passes online”, que podiam bloquear o acesso à fatia multiplayer de jogos usados. Mal recebida pelo público, a medida não teve grandes impactos sobre o mercado de segunda mão e acabou sendo abandonada com o tempo conforme mais pessoas começaram a adquirir seus títulos por meios digitais.
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