WarioWare é, sem dúvidas, uma das franquias mais divertidas da Nintendo e, após 2 anos desde o lançamento de Get It Together, já temos mais um título da série dando as caras no Nintendo Switch. WarioWare: Move It continua focado em trazer diversos microgames malucos, mas desta vez com uma ênfase especial em movimentos corporais, como seu próprio nome já deixa implícito. Eu tive a oportunidade de experimentar o game completo na última semana, então ficam aqui as minhas impressões nessa análise para o Voxel!
O Wario se remexe muito
Conforme já eu mencionei, WarioWare: Move It é totalmente sobre movimentos corporais, ou seja, ele usa e abusa dos sensores de movimento dos seus Joy-Cons. O conceito não é inédito para quem já tinha jogado o WarioWare: Smooth Moves no Wii, por exemplo, mas é algo bem divertido de se revistar, ainda mais depois do gameplay mais tradicional de Get It Together.
Desta vez, temos mais de 200 microgames que você pode experimentar no Story Mode, seja sozinho ou cooperativamente com um amigo, ou no Party Mode, o modo multiplayer competitivo que pode ser jogado entre 2 a 4 pessoas. No Story Mode, a trama é bem simples: Wario ganha alguns dias de férias em uma ilha paradisíaca e leva seus amigos na viagem. Chegando lá, nós exploramos alguns mistérios da ilha, com cada personagem sendo responsável por uma fase cheia de microgames, como de costume na franquia.
Já no Party Mode, nós podemos escolher entre alguns tipos de desafios diferentes para competir com os amigos. Vocês podem fazer essa competição em um tabuleiro, em uma luta de boxe, em uma corrida para matar uma medusa ou em uma disputa para ver quem seguiu perfeitamente as ordens de um médico, por exemplo. O legal é que isso não serve apenas de pano de fundo para jogar os microgames e ver quem se sai melhor na maioria deles, afinal, esses cenários oferecem algumas viradas bem interessantes que equilibram o desafio individual de cada fase com os games em si.
Para quem quiser jogar microgames específicos, ainda é possível visitar o Museu, que é essencialmente uma área com todos os jogos que você experimentou até então. Há até diferentes níveis de dificuldade em cada um, algo perfeito se quiser treinar suas habilidades e se tornar um mestre dos joguinhos de WarioWare: Move It.
Poses, poses e mais poses
Falando nos microgames, eu gostei bastante do que os desenvolvedores fizeram para que fosse fácil de saber como reagir em cada um deles, já que tudo depende de movimentos e reflexos rápidos. Em vez de deixar o jogador confuso e pensando em como se movimentar em menos de 5 segundos, WarioWare: Move It te ensina várias formas diferentes de como segurar seus Joy-Cons. Eles mesclam isso com o tema da ilha paradisíaca, fazendo parecer que essas são poses inventadas por povos antigos, o que se encaixa bem com a proposta e tornam essas formas mais divertidas.
A cada fase, você aprende novas poses e sempre há um aviso te dizendo qual delas terá que usar no próximo microgame. Ainda é preciso pensar bem rápido para descobrir quais movimentos são necessários em conjunto com essas poses, então é bem comum errar no comecinho de cada cenário, quando ainda estiver se habituando ao que acabou de aprender. Particularmente, eu achei tanto os minigames como esse esquema de poses e movimentos bem mais divertidos daquilo que vimos em WarioWare: Get It Together, mas é possível que jogadores que gostam da parte mais tradicional da série ainda prefiram o jogo anterior.
Você terá que se acostumar a fazer poses estranhas a todo momento no novo WarioWareFonte: Nintendo/Reprodução
Isso vale ainda mais para quem não gosta muito de depender dos sensores de movimentos ou para quem prefere jogar sentado ou deitado. Afinal, WarioWare: Move It realmente necessita que você fique em pé ou pelo menos pronto para se levantar para diversos microgames que contam com poses mais ativas. Para quem for jogar o Party Mode, isso é ainda mais importante, já que você pode ter que fazer até competições de dança com seus amigos em certos momentos. De qualquer forma, eu diria para você dar uma chance ao Move It mesmo se não for muito fã dessa dinâmica, considerando o quão divertido ele é.
Nem tudo é perfeito
Um ponto que pode realmente te fazer ter dúvidas sobre comprar ou não o jogo é a sua duração. Quem gosta da franquia WarioWare sabe que todos os seus jogos são realmente curtos, até pela natureza de serem diversos microgames. Mesmo com mais de 200 deles no catálogo, é claro que eles são tão rápidos que não demora muito para zerar o game no Story Mode. Sabemos que o preço de R$250,00 é bem salgado para a nossa realidade, então a duração de um jogo pode ser um fator bem considerável na hora de decidir se deve gastar o seu dinheiro.
Outro ponto negativo é que, infelizmente, WarioWare: Move It não está localizado em português, diferente dos últimos lançamentos da Nintendo no Brasil. O game não depende muito do seu conhecimento do idioma selecionado, já que basta ver e copiar as poses exibidas na tela antes de cada microgame, mas é claro que seria ideal ter tudo devidamente em nossa língua.
Vale a pena?
Como eu falei antes, eu realmente achei esse jogo bem mais divertido e proveitoso que seu antecessor, até por essa imersão maior dos nossos movimentos estarem diretamente ligados aos microgames. Ainda assim, eu entendo o impasse por causa da duração, preço e o fator de controles por movimentos não agradarem todo mundo.
Como eu só posso falar da minha perspectiva, considerando a qualidade do jogo, a diversão de cada microgame e o fator de rejogabilidade que você tem no Story Mode, no Party Mode e no Museu, eu diria que WarioWare: Move It é um prato cheio para qualquer fã da série e que ainda tem potencial de conquistar pessoas que nunca jogaram nada da franquia antes. Ainda mais se você também for o tipo de pessoa que gosta de fazer poses estranhas no meio da sala.
Nota do Voxel: 85
Pontos positivos (prós):
- É bem divertido interagir com os microgames com o sensor de movimento;
- As poses são uma adição perfeita ao game;
- Os diferentes cenários do Party Mode aumentam sua rejogabilidade;
- Os níveis de dificuldade dos jogos no Museu dão mais vontade de jogá-los novamente.
Pontos negativos (contras):
- Jogo não foi localizado em português;
- O preço alto pode tornar o game menos atrativo por sua duração.