Nesta semana, a Intel finalmente lançou sua nova linha de processadores, nomeada Meteor Lake. Muito aguardada, a 14ª Geração trouxe consigo o maior avanço tecnológico da empresa em quase duas décadas, inovando na litografia utilizada e no sistema de blocos desagrupados. Contudo, além disso, os novos componentes também prometem melhorias únicas para um recurso bastante em alta: a Inteligência Artificial.
Presente nos processadores Meteor Lake, há uma NPU (Unidade de Processamento Neural), responsável por acelerar tarefas que envolvam Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina. Assim, será possível executar uma variedade de cálculos e atividades com maior velocidade, sem penalizar o desempenho geral de outras aplicações.
Em uma entrevista cedida ao Voxel durante a BGS 2023, o engenheiro de aplicações da Intel, Yuri Daglian, comentou sobre as inovações. De acordo com o especialista, o objetivo da empresa é democratizar o acesso à IA em dispositivos equipados com produtos da empresa.
“A Intel vai democratizar o acesso à Inteligência Artificial no mundo, através da [arquitetura] Meteor Lake e de outros produtos, muito por conta dessa NPU,” afirma o engenheiro. “Com essa unidade de processamento neural integrada à CPU, vamos conseguir executar demandas de Inteligência artificial com baixíssimo consumo [energético] por muito tempo — assim, uma série de aplicação que não eram possíveis passam a ser viáveis,” conclui.
Os novos processadores da Intel estão chegando ao Brasil. Fonte: PC World
Intel Arc e o mercado brasileiro
Na mesma entrevista, Daglian falou sobre as GPUs Intel Arc, lançadas no ano passado para competir com as gigantes e já renomadas AMD e Nvidia. Apesar do desafio, a empresa tem boas expectativas e prevê crescimento do setor no Brasil.
Daglian afirma: “A Intel entende que as GPUs Arc precisam de uma estratégia de longo prazo para aumentar sua adoção e melhorar, também, a qualidade de seus drivers,” explica, ao mencionar um dos focos da empresa. Ele comenta: ”é um processo, mas a Intel vê grandes avanços desde o lançamento [da linha] no ano passado”.
Por fim, Daglian reforça a importância do mercado brasileiro para a empresa: “é super relevante para a Intel, e não apenas pelo seu tamanho, já que é o 5º maior em número de jogadores e gerou uma receita estimada em R$ 14 bilhões no ano passado,” contextualiza. “Trata-se de um mercado robusto, mas muito maduro, contando com suporte localizado nos jogos e grande interesse do público nos lançamentos. A Intel sabe disso e sabe também que precisa apoiar a população brasileira na questão tecnológica, para ter a compatibilidade adequada para esses títulos.”
Para apoiar o mercado, a Intel se compromete em realizar lançamentos globais simultâneos, buscando minimizar o atraso na disponibilidade de seus produtos. Para o futuro, a empresa promete estar presente ainda mais no mercado brasileiro, provendo suporte e apoio aos consumidores nacionais.
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