Recentemente, a Rockstar Games, renomada desenvolvedora de jogos, encontrou-se no centro de um debate inusitado. Jogadores descobriram que a versão de Midnight Club 2 disponível na Steam continha assinaturas associadas a um crack do título.
O modder conhecido como Silent fez a descoberta ao investigar os arquivos. Ele encontrou a assinatura de 'RAZOR 1911', um grupo de crackers famoso por disponibilizar cópias piratas de vários títulos.
OH FOR CHRIST'S SAKE https://t.co/y9jLN61VOf pic.twitter.com/vx8yDcz1B3
— Silent (@__silent_) September 3, 2023
Mas por que a empresa optaria por vender uma versão crackeada de seu próprio jogo? Uma teoria sugere que a desenvolvedora quis evitar o trabalho de remover sua antiga proteção de DRM, optando pelo caminho mais fácil. Outra possibilidade é que o original apresentava problemas de compatibilidade com sistemas operacionais mais recentes da época, como o Windows Vista.
Midnight Club 2 não foi o único
Fonte: Rockstar
Curiosamente, Midnight Club 2 não é o único título da Rockstar envolvido em controvérsias semelhantes. A empresa também foi acusada de vender cópias crackeadas de Manhunt e Max Payne 2 na Steam. Todos eles apresentavam problemas quando rodados, muitos dos quais não eram causados pela versão pirata, mas sim por conflitos entre o DRM nativo da plataforma da Valve e o game em si.
A comunidade de jogadores reagiu com surpresa e indignação a essas revelações. Muitos apontam para a hipocrisia da desenvolvedora, que, por um lado, condena a pirataria e toma medidas rigorosas contra mods, enquanto, por outro, parece se beneficiar disso para preservar e vender seus próprios games.
A situação destaca um debate maior sobre a preservação e a necessidade de pirataria em certas situações. Enquanto algumas empresas a veem como uma ameaça, outras argumentam que ela pode desempenhar um papel crucial na preservação de títulos mais antigos que, de outra forma, poderiam se perder no tempo.
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