Street Fighter 6 será lançado no próximo mês de junho e, a julgar pelos seus primeiros testes beta, prévias da imprensa e recepção dos jogadores, tem tudo para dar o pontapé inicial em uma nova era de ouro para os jogos de luta! Mas ao longo de mais de três décadas, a franquia da Capcom naturalmente passou por altos e baixos.
Além de ser uma das principais responsáveis pela popularização dos jogos de luta, a franquia Street Fighter também possui personagens carismáticos facilmente reconhecíveis. Nada mais justo, então, do que celebrarmos o seu rico legado por aqui.
A seguir, relembre alguns de seus pontos mais altos e baixos da franquia Street Fighter. Mas antes, não deixe de conferir nossa entrevista com o diretor do novo jogo:
Perdedor: tentativa e erro em Street Fighter 1
Aos olhos da história, o primeiro Street Fighter não é lembrado com muito carinho, e isso o torna um perdedor. É fácil bater no jogo hoje em dia por ele ter apenas um personagem jogável na campanha single player e controles bem imprecisos que só ativam na mais pura farofada.
Ainda assim, ele pode ser considerado um sucesso comercial nos fliperamas, e deixou um grande legado ao reimaginar os beat 'em ups como uma maratona de chefões temáticos e golpes especiais com comandos complexos! Imperfeito, mas certamente muito ousado e importante para a sua época.
Vencedor: a febre mundial com Street Fighter 2
O que podemos dizer sobre Street Fighter II que já não tenha sido dito? Quando The World Warrior chegou aos fliperamas em 1991, logo ficou evidente que a Capcom tinha em mãos uma mina de ouro! Além de ter um elenco dos sonhos entre os seus personagens jogáveis, o staff da produção também era perfeito, com destaque para a marcante trilha sonora da mestra Yoko Shimomura, que estabeleceu tendências e padrões para o gênero.
Arrecadando milhões de dólares com as suas máquinas de fliperama e posteriores ports e novas versões para consoles, o game reimaginou o cenário de videogames competitivos e é facilmente um dos melhores e mais importantes jogos da história, resolvendo todos os problemas do game original.
Empate: Perfeição técnica, mas pouca popularidade com Street Fighter 3
Se o mundo fosse justo, Street Fighter 3 e as suas duas sequências teriam causado mais uma febre mundial, mas muitos fatores acabaram impedindo essa joia tecnicamente brilhante de se destacar como merecia. Apesar de ter alguns dos gráficos mais bonitos da história e um gameplay perfeitamente balanceado com a grata adição das Super Arts e dos parries (imortalizados pela lenda Daigo Umehara no EVO Moment #37), o jogo foi vítima de seu tempo.
Em 1997 crescia a demanda por jogos em 3D e o preconceito com games 2D. Além disso, por rodar na poderosa placa CPS-3, ele acabou sendo portado apenas para o Dreamcast da SEGA nos consoles caseiros e, como sabemos, ele não foi exatamente um sucesso de vendas. Para piorar as coisas, um elenco de personagens quase que totalmente inédito acabou deixando muitos jogadores órfãos de seus competidores favoritos. Mas vale demais a pena revisitar em coletâneas, pois é um dos melhores títulos da rica biblioteca da Capcom!
Vencedor: A ressurreição do gênero em Street Fighter 4
Compreensivelmente, após a recepção aquém do esperado de Street Fighter 3, a Capcom manteve a sua franquia principal na geladeira por 11 anos, o maior hiato já visto na franquia. Foi preciso esperar até 2008 para que o quarto jogo numerado chegasse aos fliperamas (e, no começo de 2009, ao PS3, Xbox 360 e PC), fruto de muita luta até que o produtor Yoshinori Ono persuadisse o então líder da equipe de pesquisa e desenvolvimento da Capcom, Keiji Inafune, de que valia a pena acreditar no projeto.
A aposta valeu a pena e o jogo explodiu de vendas, com grandes notas nas principais publicações da época e muitos prêmios de jogo do ano. Não seria exagero algum apontar que, sem esse jogo, talvez não tivéssemos mais jogos de luta mainstream de alto orçamento, ou no máximo eles estariam restritos a um pequeno nicho. Na esteira de seu sucesso, até Mortal Kombat retornou em 2011 para um de seus melhores capítulos. Com seus ultra combos de encher os olhos e um belo uso da câmera e cenários, Street Fighter IV é mais um título obrigatório!
Perdedor: O lançamento polêmico de Street Fighter 5
Que fique claro, hoje em dia, se você pegar o game neste segundo para jogar, Street Fighter V oferece um pacote bem completo, divertido e polido, com boa variedade de modos de jogo e um elenco estrelado. Mas nem sempre as coisas foram assim, muito pelo contrário! Quando o jogo saiu, o que não faltou foi controvérsia.
Em 2016, apesar de ter recebido notas até bem boas da imprensa, o jogo foi imensamente criticado pela comunidade mais casual por sua falta de atrativos, com poucos modos de jogo. Os péssimos servidores também eram um problema, e o input lag era simplesmente inaceitável para os competidores mais sérios. Foi um longo processo de controle de dano e adições de melhorias nas edições subsequentes, a Arcade Edition e Champion Edition. Hoje, por mais que o sistema de V-Trigger ainda irrite alguns com as suas viradas mirabolantes, Street Fighter V certamente se despede em nota muito mais positiva do que a de sua largada!
Agora que nós já revisitamos toda a cronologia principal da franquia, que tal relembrar como os seus jogos foram avaliados pela imprensa do pior ao melhor? Basta conferir o nosso vídeo acima, que fala ainda dos maravilhosos jogos da franquia Alpha/Zero, e dos nem tão queridos assim EX. E qual é a sua memória favorita com a série? Conte nas nossas redes sociais!
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