A japonesa Sega é a nova casa dos Angry Birds. A empresa anunciou nesta segunda-feira (17) a aquisição da desenvolvedora Rovio, criadora dessa e de outras franquias com sucesso em especial nos dispositivos móveis.
A desenvolvedora finlandesa passa a fazer parte da Sega por US$ 775,2 milhões — cerca de R$ 3,8 bilhões em conversão direta de moeda. A aquisição foi realizada de forma amigável, com a compra de uma maioria de ações tendo o aval da companhia e investidores.
Como a compra ainda precisa passar pela aprovação de órgãos reguladores, ela só deve ser finalizada no começo de 2024.
De olho no mobile
De acordo com o comunicado oficial, a Sega está interessada no potencial do mercado de jogos mobile. "Estou confiante que, pela combinação de marcas, personagens, comunidades, cultura corporativa e funcionalidade de ambas as companhias, teremos sinergias significativas criadas daqui em diante", afirmou o CEO do conglomerado Sega Sammy, Haruki Satomi.
Cena do segundo filme baseado em Angry Birds.Fonte: Rovio
A Sega deve utilizar a experiência da marca no setor mobile para as suas próprias franquias, além dos próprios Angry Birds. A empresa japonesa também pretende aproveitar a Beacon, uma plataforma exclusiva de desenvolvimento que facilita a criação de jogos mobile por terceiros.
Passado glorioso
A Rovio foi fundada em 2003, mas atingiu o sucesso global com o primeiro Angry Birds em 2009. O título virou um fenômeno com uma jogabilidade simples e viciante, além da possibilidade de ser expandida para diversas sequências e mídias.
A série foi até para o cinema, com Angry Birds - O Filme, de 2016, e uma sequência em 2019.
Entretanto, a companhia não conseguiu ir além dos desafios envolvendo as aves raivosas no mercado mobile. Além disso, a alta quantidade de lançamentos consecutivos e o modelo de microtransações adotado desagradaram a comunidade, que aos poucos foram se afastando dos títulos e fazendo a receita da marca cair.
Recentemente, a Rovio anunciou a retirada de games clássicos das lojas digitais de Android e iOS por impactar financeiramente os outros títulos, mas ainda pode recuar da decisão após a má recepção por parte dos fãs.
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