Uma boa demonstração de videogame serve justamente para atiçar a nossa curiosidade em relação ao produto final. Uma ótima demonstração nos dá vontade de comprar o jogo e fazer a sua pré-venda o quanto antes. E uma excelente demonstração vai além e, por si só, já credencia o game entre os principais lançamentos do ano e concorrente ao GOTY do TGA. Ao menos aqui na redação, esse é o claro caso de Diablo IV.
Como você pode ver no vídeo abaixo, que mostra quase uma hora de gameplay minha (Thomas Schulze), do nosso editor Vinícius Munhoz e do nosso redator João Pedro Meireles, nós três tecemos elogios o tempo inteiro enquanto explorávamos a mais nova versão do Santuário no beta aberto. Confira o nosso gameplay e impressões:
Mas o que torna o jogo tão bom?
Há poucos meses eu já tinha conversado com os lead designers do game e experimentado um pouco do Ato 1 da história, e a impressão compartilhada por todos nós era justamente a de que esse novo capítulo da franquia faria um apanhadão dos melhores elementos de cada capítulo da série, ao mesmo tempo em que se esforçava para criar algo novo e único. Uma missão cumprida com louvor!
É como se o quarto game pegasse o clima mais sombrio, gore e sóbrio do primeiro jogo, os sistemas mais densos de RPG e itens do segundo, e o gameplay de joysticks e mais ágil do terceiro, juntando tudo isso com algumas convenções que seus concorrentes diretos acabaram adicionando ao longo dos anos, e polindo tudo em uma só jornada extremamente coesa e polida.
Outro retorno bem grato são as cutscenses de altíssimo padrão de qualidade, exatamente como esperamos da Blizzard em seu auge, uma empresa que sempre primou pelo trabalho exemplar no departamento de cenas usando o melhor da computação gráfica de sua época. A sequência de abertura e a apresentação da Lilith são de arrepiar, como você pode ver por aqui:
Nem dá para ver o tempo passar!
Em nosso teste, duas pessoas jogaram no computador enquanto outra jogava no PlayStation 5, e o crossplay funcionou perfeitamente bem ao longo de todo o tempo, sendo bem fácil e intuitivo o processo de convidar os seus amigos para uma mesma sessão de jogo, bastando que todos tivessem se adicionado entre si na Battle.net.
Além do crossplay, o jogo também terá cross-save e cross-progression, então nunca foi tão fácil e conveniente jogar um Diablinho quanto agora. Ajuda, também, que o jogo tenha uma apresentação soberba e com cara de next-gen: é difícil encontrar um game do gênero com tanta atenção às partículas, efeitos de iluminação, design dos inimigos e ambientes, o que torna a jornada ainda mais imersiva!
A trilha sonora continua dando o show esperado pela série, e as novas árvores de habilidades também facilitam bastante que os jogadores consigam se expressar e criar os seus personagens como bem entenderem, tanto no que diz respeito aos itens equipados e poderes que você gostaria de upar, como na hora de criar um personagem do jeitinho que você quiser.
Acima você confere também um pouco de gameplay em 4K onde é possível ver a exploração do mapa principal, das masmorras e até confrontos contra chefes, que agora possuem mais gimmicks e diferentes movimentações a fim de tornar os confrontos mais memoráveis e criativos, com gameplay mais denso e profundo.
É até difícil encontrar coisas para reclamar nessas primeiras horas de jogatina, e seria uma grande surpresa caso o jogo deixasse a peteca cair no restante da campanha. Naturalmente, não é possível cravar uma nota tão cedo, e é bem possível que o endgame esconda algumas surpresas ou polêmicas desagradáveis. Mas, do que jogamos, e do jeito que Diablo IV está agora, pode acreditar que o jogo está vindo quente, do jeitinho que o diabo gosta... e a gente também!