5 gambiarras para fazer funcionar jogos antigos

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Imagem: Reprodução / Tenor

Os videogames mudaram bastante ao longo das últimas décadas e, com o acesso a mais informações através da internet, ficou mais fácil do que nunca trocar e compartilhar conhecimento. Com isso, antigos mitos foram derrubados, enquanto outros tantos tiveram a sua veracidade confirmada.

Quem cresceu nas décadas de 1980 ou 90 certamente deve lembrar com um misto de carinho e raiva de alguns jeitinhos e gambiarras que às vezes precisávamos fazer para conseguir rodar aquele cartucho ou CD tão problemático de entrar. De certa forma, muito dessa mística desapareceu, mas ainda podemos lembrar das nossas antigas desventuras no mundo dos jogos eletrônicos!

Desde virar o console de ponta cabeça até assoprar fitas para ajudar o game a pegar, o que não faltam são doideiras e gambiarras que muita gente fazia só para conseguir jogar um pouquinho. Hoje, vamos relembrar e discutir o que mais fazia sentido ou não nessa doideira toda!

Assoprando fitas

Essa aqui é batata: se você teve um Atari 2600, Nintendinho, Master System, Super Nintendo, Mega Drive ou Nintendo 64, é praticamente um fato que em algum momento da sua vida você assoprou um cartucho para fazê-lo funcionar no console, acreditando que fazer isso tiraria a poeira dos contatos e facilitaria a sua leitura.

Isso, na verdade, sempre foi muito mais um viés de confirmação do que amparado por fatos, e o charmoso e nostálgico mito já caiu por terra. É bem provável que o simples ato de tirar e recolocar o cartucho, mesmo sem soprar, já o faria funcionar. Quanto mais você repetisse esse processo, mais chances teria de, ao natural, já fazer a poeira circular.

Soprar cartuchos era uma prática popular, mas praticamente inútil ou até mesmo nocivaSoprar cartuchos era uma prática popular, mas praticamente inútil ou até mesmo nocivaFonte:  Reprodução / KoopaTV 

No curtíssimo prazo, caso o cartucho em si estivesse imundo, uma assoprada até poderia mesmo ajudar, mas a prática era banalizada e, com isso, trazia até mesmo problemas para as fitas! Afinal, ao assoprar você também acabava disparando um pouco de saliva na mesma direção, e como ela não tinha tempo de ser dissipada, ficava por lá e acabava acelerando o processo de oxidação dos componentes.

O console de cabeça para baixo

Apesar de ter sido um grande sucesso de vendas mundial e de ter conquistado altíssima popularidade no Brasil através da pirataria, o PlayStation 1 possuía um peculiar ponto fraco em seu leitor de discos bastante temperamental. Era bem comum que, após algumas horas de uso, o motor do leitor ficasse "cansado" e apresentasse erros de leitura.



Especialmente ao ler mídias paralelas e de má qualidade, a máquina logo pedia arrego e era preciso apelar para um jeitinho: ao virar o PS1 de ponta cabeça, com o topo voltado para o chão, a gravidade passava a atuar a favor do canhão, e não contra, e com isso ele aguentava melhor o tranco. Assim, era uma cena bem comum nas locadoras da época esbarrar com consoles de cabeça para baixo!

"Higiene bucal" nos... discos?!

Além de o leitor do PS1 precisar de um jeitinho para funcionar, as suas mídias também não eram particularmente resistentes, especialmente quando comparadas aos parrudos cartuchos dos concorrentes. CDs e DVDs, em geral, eram muito mais fáceis de riscar acidentalmente do que os mais parrudos Blu-Rays, e era bastante comum acabar deixando marcas na mídia sem querer.

Para sanar o problema, uma das gambiarras mais conhecidas era pegar um pouco de pasta de dente, um pano liso, e então espalhar o material pela área afetada. Algumas pessoas mais corajosas/malucas/ousadas também tentavam esfregar uma banana nas partes riscadas. E sabe o mais louco nisso tudo? Em danos leves, até que dá certo!

Além da pasta de dentes, uma banana também funciona para atenuar arranhões!Além da pasta de dentes, uma banana também funciona para atenuar arranhões!Fonte:  Reprodução / Umcomo 

Embora não seja o ideal, o fato é que essas pastas conseguem preencher os espaços milimétricos deixados pelos riscos e, embora elas não possam substituir dados perdidos por uma grande marca, pequenos arranhões inofensivos podem ser tapados e, com isso, a mídia em si fica com cara de nova, ou bem perto disso!

Cirurgia no SNES

Fazer o desbloqueio de um videogame normalmente é algo associado a pirataria, mas antigamente era comum que você sofresse com isso até na hora de rodar jogos oficiais vindos de outros países. O Super Nintendo norte-americano, por exemplo, vinha com duas pequenas travas perto do encaixe do cartucho a fim de bloquear artificialmente o encaixe de fitas no padrão japonês.

É bem fácil desbloquear um SNES!É bem fácil desbloquear um SNES!Fonte:  Reprodução / Wikipedia 

Felizmente, era fácil quebrar ou arrancar esse plástico, não sendo preciso usar uma solda ou quaisquer ferramentas mais elaboradas. Um simples alicate e alguma paciência e força bastavam para dar um jeito no plástico, e esse procedimento era bastante comum nas locadoras e lojas especializadas. Em minutos, uma pequena gambiarra tornava o seu SNES universalmente compatível!

Pilhas numa fria

Essa última gambiarra é especialmente dedicada aos bravos heróis que usavam consoles portáteis como o Game Boy e, especialmente, o Game Gear da SEGA, um notório devorador de pilhas. Como elas nunca foram baratas, era essencial conseguir espremer a sua energia até o limite a fim de maximizar as nossas horas de jogo.

Um truque relativamente bem conhecido envolvia pegar uma pilha já aparentemente esgotada e então colocá-la no freezer por horas. Química não é exatamente a especialidade da nossa redação de humanas, mas a temperatura reduzida consegue fazer com que o zinco e cloreto de amônio rendam alguns segundinhos a mais. Elas não são recarregadas de forma alguma, é apenas um truque desesperado que só pode ser feito uma vez para tirar um último gás das valorosas pilhas!

Consoles portáteis consomem muita pilha!Consoles portáteis consomem muita pilha!Fonte:  Reprodução / Ecoassisti 

E essas foram apenas 5 das gambiarras mais conhecidas dos videogames antigos, embora certamente ainda existam muitas outras! Lembra de alguma? Então conta para a gente nas redes sociais do Voxel!

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