A Microsoft ofereceu para a Sony a oportunidade para que a empresa japonesa integrasse jogos da série Call of Duty (CoD) no catálogo da PlayStation Plus. A oferta foi uma tentativa da empresa de convencer a rival a “aliviar” os questionamentos jurídicos da compra da Activision Blizzard.
As informações foram divulgadas nesta terça-feira (13) pelo site Bloomberg. De acordo com o veículo, a oferta de incluir CoD no serviço concorrente do Game Pass fez parte da grande proposta de deixar o game de tiros por 10 anos nos consoles PlayStation.
A gigante japonesa negou as ofertas da Microsoft por considerar que a longo prazo o direito de exclusividade a uma franquia bastante rentável como CoD pode ser prejudicial. Os advogados da Sony chegaram a dizer que “Call of Duty é tão popular que influencia a escolha do console pelos usuários", em posicionamento oficial para o Cade, um dos primeiros órgãos do mundo que aprovou a fusão entre Activision Blizzard e a dona do Xbox.
Em outra oportunidade, a marca oriental também argumentou que dar o controle das propriedades intelectuais da Activision para a Microsoft traria “grandes implicações negativas para os jogadores e para o futuro da indústria de games”.
Para rebater, o chefão do Xbox, Phil Spencer, chegou a dizer no podcast Second Request que a concorrente quer crescer "tornando o Xbox menor".
E apesar do “jogo duro” com a Sony, a Microsoft conseguiu uma negociação com a Nintendo. A empresa norte-americana se comprometeu a lançar por 10 anos os jogos da série Call of Duty para consoles Nintendo.
Dificuldades na aprovação
Além de um dos primeiros, o Cade foi um dos únicos órgãos controladores do mercado que aprovou o negócio de US$ 69 bilhões entre Microsoft e Activision Blizzard. Entidades dos principais centros do mundo estão dificultando o acordo.
Enquanto as autoridades na Europa e Reino Unido estão investigando detalhes sobre o movimento, o Federal Trade Commission (FTC) dos EUA recusou a compra bilionária e ainda processou a Microsoft.
“Hoje, buscamos impedir que a Microsoft obtenha controle sobre um estúdio de jogos independente líder e o use para prejudicar a concorrência em vários mercados de jogos dinâmicos e de rápido crescimento”, salienta um trecho do documento do FTC.