O Exército dos Estados Unidos investiu milhões de dólares no universo dos esports, focado em Call of Duty, para aumentar sua popularidade com a Geração Z, principalmente com mulheres, pessoas negras e hispânicas, segundo documentos internos.
O site Motherboard teve acesso aos papeis, por meio da Lei de Acesso à Informação, com registros de gastos de patrocínio para torneios de esports, streamers de Call of Duty de alto nível e eventos da Twitch.
Tabela de planejamento de gastos do Exército americanoFonte: Motherboard
Além dos valores, a papelada também indicava explicitamente o público que eles queriam atingir: pessoas nascidas entre a segunda metade dos anos 1990 até o início do ano 2010 através de campanhas pagas.
No topo da tabela de gastos, está a Twitch e seu evento competitivo entre faculdades e universidades historicamente negras. O Exército planejava gastar US$ 1 milhão no patrocínio do evento.
Eles viam o Call of Duty como uma ferramenta de recrutamento e, por isso, propuseram o uso de influenciadores digitais e streamers. O objetivo era criar vídeos mostrando a ampla gama de habilidades oferecidas pelo Exército e também familiarizar os fãs desses influencers sobre os valores e oportunidades do Exército.
Call of Duty era visto como uma das principais formas do Exército americano se aproximar dos jovensFonte: Activision
Contudo, em muitos casos o dinheiro não chegou ao destino final porque o Exército ordenou a suspensão de todos os gastos com a Activision, responsável pela franquia Call of Duty, depois que a empresa enfrentou uma onda de reclamações de assédio sexual.
Um porta-voz do Exército americano respondeu ao site, dizendo que “o objetivo do marketing é atingir um mercado específico em apoio ao recrutamento do Exército, semelhante a todas as outras campanhas da unidade. Devemos falar com os jovens onde eles estão e isso é online".
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