Preview Crisis Core Final Fantasy VII Reunion: o melhor remaster já feito?

5 min de leitura
Imagem de: Preview Crisis Core Final Fantasy VII Reunion: o melhor remaster já feito?

Durante o ciclo de vida do memorável PSP, a Square Enix foi uma das publishers que mais apostaram no portátil, oferecendo uma boa linha de jogos e, inclusive, algumas pérolas mais legais que a empresa já teve, como Kingdom Hearts Birth by Sleep, Dissidia Final Fantasy e, claro, Crisis Core: Final Fantasy VII. Todos games absurdamente bons e quase todos presos somente na plataforma da Sony por muito tempo.

Agora, celebrando os 25 anos de FF7 e servindo como um prelúdio para o jogo original e uma peça essencial para entender os eventos de Final Fantasy VII Remake (e o vindouro Final Fantasy VII Rebirth), a Square Enix está lançando Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion, um remaster do icônico título de PSP que conta a origem da Buster Sword e mais detalhes da trajetória de Zack antes dos eventos do título principal.

O Voxel está com o jogo em mãos e podemos falar um pouco do que esperar neste preview que cobre as primeiras horas do game, que tem diversas melhorias bastante impressionantes. Vem com a gente!

Remodelagem gráfica de bater palmas

Se você não jogou a versão de PSP de Crisis Core ou não prestar bastante atenção na qualidade desse remaster, sequer vai saber que se trata de um relançamento com um ótimo tratamento gráfico. A Square Enix realmente caprichou aqui, pelo menos no que vimos nas primeiras horas de gameplay, e estão de parabéns por trazer um dos melhores tratamentos visuais que um remaster pode ter em muito tempo.

Chame de remaster ou remake, a realidade é que ele está em pé de igualdade com jogos como Crash ‘N Sane Trilogy, apesar de que, na minha opinião, consegue ir além por trazer também excelentes melhorias na jogabilidade, que vou detalhar mais à frente. Contudo, em um primeiro momento, certamente os gráficos é o que mais chamam atenção, principalmente quando comparados com a obra original de 2007.

Na galeria a seguir, você compara a versão de PSP seguia da de PS5:

A ideia aqui é igualar bastante a qualidade de Crisis Core Final Fantasy VII Reunion com o grande Final Fantasy VII Remake, com cenários, iluminação e outros aspectos parelhos à gigantesca produção de 2020. Vale ressaltar que quase todo o alicerce ainda é o de PSP, com animações e cenários mais simples, mas a maquiagem é moderna.

É como aqueles projetos que pegam um chassi de Uno e montam uma Lamborghini em cima, sabe? Mas o resultado é extremamente satisfatório e uma forma excelente de honrar um dos melhores games de PSP, essencial para sabermos mais do universo de Final Fantasy VII. Quando comparamos lado a lado, é bem claro o esforço empregado neste remaster (que custa menos que um jogo lançamento, vale reforçar), que poderia ser facilmente lançado com preço cheio.

Na nova geração as coisas ficam ainda melhores: no PS5, plataforma que joguei, tudo roda muito liso em 60 fps e em 4K, uma longa distância dos 30 fps e apenas 272p do PSP.

Contudo, o olhar minucioso revela algumas animações velhas, texturas mais simples e alguns personagens com um tratamento bem inferior, mas nada que destoe muito e nem com tanta frequência. Entretanto, só de pensar que a maior parte das cenas eram mudas e com animações mais simples, é incrível que agora tudo esteja dublado, e com as vozes de Final Fantasy VII Remake, além de trazer animações bem mais refinadas. As CGs foram completamente remasterizadas e, algumas, como as invocações de summons, foram refeitas. Um verdadeiro espetáculo visual que não deve quase nada a grandes lançamentos, apesar de não ter o mesmo refinamento que Final Fantasy VII Remake.

Gameplay refinado e muitas melhorias de vida

Se Crisis Core Final Fantasy VII Reunion tivesse apenas upscale dos gráficos de PSP com preço menor, já seria bom. Se tivesse apenas gráficos refeitos, já seria ótimo. Mas a Square Enix levou as coisas pra outro nível: além dos visuais retrabalhados e dublagem em absolutamente todas as falas, houve melhorias significativas no combate, na interface e em diversos sistemas gerais do game.

Uma coisa simples, mas que muda completamente a dinâmica, é a adição de um botão de ataque. No original, o golpe convencional de Zack era apenas um dos muitos comandos na seleção de ataques e magias, mas agora o botão Quadrado (ou X no Xbox) serve exclusivamente para investidas de espada, enquanto o resto pode ser acessado por atalhos no L1. Pode parecer simples, mas essa mudança sozinha transforma um jogo que estava entre RPG e ação para algo muito próximo a Final Fantasy VII Remake, deixando tudo mais rápido e frenético.

A

Mas para mudar algo tão drástico que o transforma praticamente um action RPG de peso, a Square modificou alguns parâmetros, como tempo de ataque e agressividade dos inimigos pra tornar a experiência mais coesa, além de inserir outras melhorias de vida. Por exemplo, alguns loadings foram eliminados, outros ficaram bem mais curtos, animações podem ser puladas, Limit Breakers, Summons e golpes especiais têm um botão para ativação e muito mais. Vale lembrar que no original, os ataques do DMW, aquela espécie de roleta de cassino, ocorriam no momento que a roleta registrava os números corretos.

Falando no combate, golpes especiais dos inimigos podem ser cancelados! Sim, agora em vez de esperar para receber um ataque devastador, você vê uma barra de AP adversária: bater no oponente vulnerável pode cancelar o seu ataque ou reduzir o seu dano, dependendo de quanto você esgota a barra. Também existem combos, que unem ataques e habilidades especiais para tornar tudo ainda mais forte.

A

Os menus também foram completamente retrabalhados, a navegação ficou mais intuitiva no mapa, há sinalizadores de objetivos em cores mais destacadas, podemos movimentar a câmera, retirando diversos cenários de câmera fixa e muito, muito mais. Vale lembrar que o PSP não tinha um segundo analógico, lembra?

E, pra fechar com chave de ouro, todas as mecânicas e novidades estão bem melhores explicadas, sem espaço para dúvidas ou achismos. Há realmente diversos aprimoramentos e esses foram alguns dos que vimos nesse preview.

a

O que é bom pode ficar ainda melhor

Os detalhes que falamos aqui envolvem apenas uma pequena parcela das nossas primeiras impressões do game, que cobre até o Capítulo 3. Há inúmeros sistemas e modernidades que não testamos e, quando chegar a hora da análise, detalharemos mais sobre eles. A realidade é que Crisis Core: Final Fantasy VII Reunion caminha para ser um dos remasters mais bem-feitos da história, com muito trabalho extra, novidades, balanceamentos de combate e exploração, dublagem em todas as falas, CGs novas, gráficos completamente refeitos e em um pacote de preço menor.

Entretanto, há um ponto negativo crucial que pode atrapalhar a sua experiência: o jogo não tem dublagem nem legendas PT-BR, diferente do remake de 2020.

A

Para quem é fã da série, reviver (ou até quem sabe jogar pela primeira vez) os acontecimentos de Crisis Core, preso até hoje somente no PSP, é uma experiência obrigatória. E, para os novatos, não há problemas: afinal este game é um prequel e pode ser apreciado antes de Final Fantasy VII ou Final Fantasy VII Remake.

Em breve, você vai conferir a nossa análise completa, detalhando mais informações do combate e sobre a história incrível deste capítulo quase perdido da saga.

Cupons de desconto TecMundo:
* Esta seleção de cupons é feita em parceria com a Savings United
Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.