The Devil in Me, o quarto game de The Dark Pictures Anthology, será lançado em 18 de novembro, marcando o final da primeira temporada dessa série de aventuras cinematográficas apavorantes da Supermassive Games.
E após acompanharmos um vídeo com Tom Heaton – diretor do jogo – no fim de agosto, contando um pouco mais sobre as inspirações e novidades do projeto, nós aqui do Voxel tivemos a chance de jogar o primeiro ato dessa viagem sinistra baseada nos crimes de H.H. Holmes e com toques de Jogos Mortais. Confiram abaixo as nossas impressões:
Bem-vindos ao Hotel da Morte
Uma cena introdutória resume rapidamente o motivo dos protagonistas partirem para uma ilha isolada, a fim de explorar um hotel peculiar inspirado na construção macabra de Holmes como material para um episódio de seu seriado sobre assassinos em série.
Fonte: Stella/Voxel
Deixando para trás seus celulares e inadvertidamente sua própria segurança, a equipe fica animada com as possibilidades de sucesso oferecidas pelo prédio, um sentimento que obviamente desaparece assim que coisas estranhas começam a acontecer.
O primeiro ato de The Devil in Me nos permite controlar os membros da Lonnit Entertainment e descobrir um pouco das habilidades únicas de cada um deles, como por exemplo, abrir portas e gavetas fechadas utilizando um cartão de visitas, alcançar objetos em locais altos com um tripé ou ouvir através das paredes com um microfone direcional.
Fonte: Stella/Voxel
Essas mecânicas realmente trazem uma abertura maior de possibilidades para o gameplay, pois os acessórios dos protagonistas garantem formas novas de revelar os segredos ocultos dentro dessa grande armadilha letal disfarçada de hotel.
Somada a essa novidade, temos também as novas formas de movimentação, que incluem pular, escalar, se esgueirar por beiradas e mover itens para criar caminhos, que realmente deixam a jogatina mais dinâmica, diminuindo aquela sensação de só ficar andando para lá e para cá, olhando documentos e esperando uma cena ou um evento acontecer.
Entre para talvez nunca mais sair
Em termos de narrativa, o sentimento de que “algo errado não está certo” já se instaura logo de cara em The Devil in Me, e só vai aumentando conforme avançamos pelos ambientes pontuados com animatrônicos bizarros que poderiam fazer qualquer pessoa sã decidir que nenhum sucesso no mundo vale passar por essa experiência.
Fonte: Stella/Voxel
O desconforto de alguém observando todos os seus movimentos surge desde que assumimos o controle do diretor britânico Charlie Lonnit em sua péssima missão para conseguir um maço de cigarros velhos dentro do hotel. Porém, as coisas atingem um nível preocupante quando a pobre assistente Erin se encontra no escuro com seu microfone, ouvindo choros, brigas e outros barulhos assustadores vindos das paredes em corredores que começam a mudar quando ela menos espera.
Essa primeira parte também dá a chance de aprender um pouco sobre a personalidade e relacionamentos entre os protagonistas, criando empatia por alguns e uma completa aversão por outros.
Fonte: Stella/Voxel
Figuras como a adorável e jovem Erin que sonha em trabalhar com áudio, e a sarcástica Jamie – a única que parece ter visto um filme de terror na vida para saber que a situação não vai acabar bem – não só despertaram um carinho, como aquela vontade de ajudá-las a sobreviver.
Já Charlie, com seu temperamento egocêntrico e constante exploração de Erin, parece o típico homem detestável de filme de terror, aquele que acaba sendo um dos primeiros a morrer e que ninguém realmente vai sentir pena ou falta.
Fonte: Stella/Voxel
E é a forma como cada jogador vai se conectar com os membros dessa equipe que vai moldar o destino dessa jornada, conforme tomamos decisões para priorizar a segurança dos nossos favoritos a qualquer curto.
Mas sempre resta a dúvida: será que a morte de alguém que você não gosta pode impactar as chances de sobrevivência dos outros? Essa, infelizmente, é uma questão que só será respondida quando o jogo completo for lançado.
A beleza do macabro
Algo que realmente me surpreendeu em The Devil in Me foi a qualidade gráfica. Cada detalhe desse hotel caindo aos pedaços está impecável, dos assoalhos de madeira, até os papeis de parede descascando e as partículas de poeira pairando no ar.
Fonte: Stella/Voxel
O visual dos personagens também ficou muito realista, com as movimentações faciais apresentando uma melhoria visível em comparação aos outros títulos de The Dark Pictures Anthology.
Fonte: Stella/Voxel
E ao unir os aprimoramentos estéticos com os momentos com trilha sonora suave ou até mesmo nenhum som além da respiração dos protagonistas, temos uma fórmula muito boa para manter a imersão em um gameplay aterrorizante, culminando em vários sustos e situações que podem despertar um verdadeiro pânico nos jogadores.
Vai valer a pena?
O primeiro ato de The Devil in Me com certeza é bem intrigante. Eu terminei ávida para conferir os próximos capítulos, querendo saber tudo sobre o que eles reservam para a equipe da Lonnit Entertainment, além de mais informações dos pavorosos segredos e histórias ocultas dentro desse hotel mortal.
Fonte: Stella/Voxel
Os esforços dos desenvolvedores da Supermassive Games para trazerem experiências melhores e mais completas a cada jogo lançado ficam bem claros, com as novas mecânicas e recursos para exploração deixando o gameplay super divertido, e o realismo dos personagens e cenários fechando tudo com chave de ouro.
Eu realmente sinto que o final da primeira temporada de The Dark Pictures Anthology pode se provar uma ótima escolha para quem adora um bom título de terror envolvendo assassinos em série e pontos de Jogos Mortais, porém, teremos que esperar até metade de novembro para descobrir se o resto dessa aventura pavorosa é tão boa quanto seu início.
The Dark Pictures Anthology: The Devil in Me será lançado em 18 de novembro para Xbox One, Xbox Series X e S, PS4, PS5 e PC.