A saga de Kratos foi revivida em 2018, surpreendendo bastante os fãs que já estavam contentes com o encerramento de 2009, com uma aventura impressionante e tocante. Agora, quatro anos depois, cá estamos nós ansiosos por mais um título que promete encerrar a série. O Voxel foi um dos veículos que receberam God of War Ragnarok e, agora, podemos falar nossas primeiras impressões.
E relaxa: ZERO spoilers aqui, não vamos comentar absolutamente nada da trama que estrague sua experiência. E, além disso, vale reforçar que esse NÃO é o review do jogo, é apenas um preview sobre as primeiras 3 a 4 horas da campanha, com impressões mais vagas para te dar um gostinho do que estamos achando até o momento.
Em time que tá ganhando, não se mexe
Uma das coisas mais legais de God of War de 2018 foi a mudança no gameplay e na perspectiva, deixando para trás o clássico hack ‘n slash e câmeras fixas. A realidade é que a franquia se modernizou e pra melhor! E, assim como God of War 2 e 3, Ragnarok é uma iteração sobre o game anterior, aprimorando detalhes, mas seguindo o alicerce que foi construído.
Se você espera algo drasticamente diferente aqui, pode tirar o cavalinho da chuva. Mas relaxa, não precisa ficar decepcionado também: na real, eu até acho que faltam mais sequências diretas como essa, algo que se perdeu um pouco nas últimas gerações. Aqui, é porradaria franca, com algumas melhorias, mudanças e adições, mas que nos banqueteiam de maneira farta enquanto mergulhamos na cabeça no mundo e história dessa sequência aguardadíssima.
Vou tentar colocar de uma maneira vaga para evitar spoilers. Basicamente, o machado Leviatã e as Lâminas do Caos estão de volta, com alguns combos e habilidades diferentes que podem ser desbloqueadas no novo sistema light de RPG que vimos em 2018, mas há algumas cartas na manga aqui e ali que mudam a sequência de golpes ou a dinâmica das lutas.
Entre elas, estão a possibilidade de Kratos energizar seu machado com gelo ao segurar triângulo ou imbuir as Lâminas do Caos com fogo ao pressionar repetidamente o mesmo botão, algo que dá status diferentes nos inimigos e também libera novas combinações de ataques. E, por falar nos golpes, a exploração vertical ajuda por aqui também: agora podemos pular de beiradas e desferir verdadeiras porradas no chão.
As execuções voltam aqui, dessa vez ainda mais criativas, além de inimigos mais variados, saindo da repetição um pouco exagerada dos Hel-Walkers. Nas poucas horas de campanha, vimos humanos, criaturas bizarras inéditas, os Helinvasores e muitos outros, além de alguns chefões eventuais que não comentaremos.
Além disso, é difícil dizer por enquanto, mas encontrei puzzles extras que necessitavam de elementos que eu ainda não tinha. Seriam novas ferramentas? Armas? Nada concreto por enquanto. Em termos de exploração, você pode esperar algo similar ao de 2018 também, com quests secundárias e locais para se aventurar fora do seu roteiro. Não podemos comentar muito sobre elas aqui, mas você já pode ter uma noção do que vai se deparar.
Não, não é uma expansão
Por algum motivo bizarro, muitas pessoas pensaram que God of War Ragnarok poderia ser apenas uma expansão do game de 2018. Sei que pode parecer óbvio não ter que explicar que, por mais similaridades que haja entre os dois games, uma longa trama nova, cenários inéditos, mecânicas novas e muito mais, em nenhum momento existe a impressão que o game é apenas um DLC.
É chover no molhado, mas sim, Ragnarok parece e nos passa a sensação de um título inédito, com diversas coisas muito divertidas para encontrar, explorar e lutar. Há muitas novidades! Gostei, particularmente, dos novos level design revelados até o momento do preview, com locais mais verticais e a chance de usar as Lâminas do Caos para se impulsionar e destruir algumas estruturas e descobrir segredos.
E, apesar de não entrarmos em detalhes de quests secundárias, as que vimos até agora estão entre as de mais alta qualidade do primeiro jogo de PS4, sempre oferecendo informações relevantes sobre o mundo e que expandem nosso conhecimento desse mundo universo da mitologia nórdica reinterpretado pela Santa Monica.
Trama impulsiona a jogatina
Apesar de adições e mudanças boas sempre serem bem-vindas, é óbvio que a maior expectativa aqui é certamente a história e a curiosidade para saber que desdobramentos o game de 2018 deixou. Fico muito feliz em relatar que o nível de qualidade da trama não diminuiu nem um pouco, pelo contrário: parece ter melhorado.
Novamente, não vou entrar em spoilers, mas o game começa a 200 km/h, jogando informações e novidades a todo momento por um longo tempo, nos impulsionando àquela jogatina gostosa que às vezes faz falta nos dias de hoje: a de jogar sem parar, sempre instigando nossa curiosidade. Pode ficar no aguardo por adrenalina e até aquela segurada no choro.
Não demora muito para encontrarmos novos reinos e personagens no enredo, elementos muito aguardados desde 2018. Apesar de ter permissão para revelar nomes de alguns lugares e impressões sobre algumas personalidades da narrativa, vou deixar para vocês o gostinho e a ansiedade para saber mais sobre eles em breve.
Mas o que eu posso falar é outra coisa: muitas expectativas foram superadas e há muitos elementos da história que vão causar impressões diferentes das que você pode esperar. Até Kratos e Atreus mostram claras evoluções: o nosso protagonista expressa mais emoções, como melancolia mais aparente e até consegue esboçar um sorriso tímido, mas orgulhoso em certos pontos; já Atreus está mais velho, já que alguns anos se passaram desde a trama original e ambos devem lidar com novos desafios que o Fimbulwinter, o inverno constante que precede o Ragnarok, traz.
Kratos tem até um diário em que podemos entender mais de seus pensamentos! E dou a dica: vale ler tudo, até informações sobre personagens que já conhecemos, para entender mais sobre os pensamentos do herói sobre certos assuntos. Esse tempero de novidade é uma das coisas que eu mais amei até agora e mal posso aguardar para descobrir mais do que Ragnarok tem a me oferecer.
Poucos aprimoramentos gráficos, mas isso não é problema
Por último, gostaria de entrar brevemente no assunto visual de God of War Ragnarok. Se há um elemento que não tem uma evolução considerável, talvez este seja ele: no PS5, o game parece mais uma evolução natural do que vimos no PS4, apesar de haver aprimoramentos nos cenários e, principalmente, nos modelos dos personagens. E não é para menos, já que este ainda é um jogo cross-gen. Então não, nada que grite “nova geração” por aqui ou alguma mudança gráfica tão visível quanto Demon’s Souls Remake, ou que mostre diferenças gritantes como Horizon: Zero Dawn em relação a Horizon: Forbidden West.
Contudo, para ser honesto com vocês, isso não é um problema, já que é mais mérito da incrível obra que a Santa Monica entregou em 2018. Sim, há melhorias, mas nada gigante. Entretanto, o que continua a surpreender é a direção de arte majestosa que o nosso querido Rafael Grassetti e sua equipe nos trouxe por aqui, sempre com elementos visuais espetaculares e extremamente criativos.
Empolgado para continuar
Todos os relatos descritos até agora são somente para as primeiras horas do game. E, honestamente, eu acho que elas ditam bem uma obra extremamente polida e que empolga desde os primeiros minutos. Se esse nível de jogatina instigante apenas se manter, já dá para esperar que God of War Ragnarok é mais um jogo imperdível da franquia. Mas, se vermos que o de 2018 foi uma constante crescente, não duvido que Ragnarok possa até superá-lo.
Reforço que esse é somente um preview do game. Se você ficou curioso para saber mais, marque na agenda: dia 3 de novembro às 13h do horário de Brasília poderemos falar mais no nosso review completo.
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