Além de estandes gigantescos, com jogos AAA e brindes diversificados, a Brasil Game Show também é um ótimo lugar para entrar em contato com desenvolvedores independentes brasileiros e saber mais sobre os futuros projetos que estão por vir. Inclusive, eles até possuem uma área dedicada a isso, onde os jogadores vagam, conversam e descobrem títulos que em breve estarão disponíveis nas lojas. Durante a feira, eu pude ter essa experiência e decidi juntar alguns dos títulos que mais me chamaram atenção e, quem sabe, vão chamar a sua!
Space Chefs (LUSKI)
Como seria um game que mistura Keep Talking and Nobody Explodes com Overcooked? O estúdio brasileiro LUSKI decidiu responder isso com Space Chefs. A dinâmica do título envolve pegar um livro de receitas espaciais, um tradutor de um idioma alienígena e montar os pratos numa perspectiva em primeira pessoa. Ainda vai demorar um tempo até o lançamento do título, mas o game já divertiu muito todos que passaram pela Brasil Game Show.
Drakantos (Wingeon Game Studios)
Drakantos, do Wingeon Game Studios, me impressionou mais do que esperava inicialmente. Esse RPG online está sendo desenvolvido há pouco mais do que sete meses, algo inimaginável vendo rodar muito bem durante a feira. Ele terá versão tanto para PC quanto mobile e crossplay entre as plataformas. Além disso, os jogadores poderão conectar suas contas no outro dispositivo para continuar jogando a aventura onde preferir. O sistema de party terá suporte para até 3 pessoas e, mesmo sendo majoritariamente PvE, haverá áreas para confrontos diretos contra outros players. E só para não deixar passar batido: os visuais são completamente maravilhosos. Segundo o diretor do projeto, o investimento necessário viabilizaria o seu lançamento ainda em 2023, então nos resta aguardar e acompanhar as novidades por meio dos portais oficiais.
Magic Venue (Pinhasoft)
Magic Venue é, para mim, uma das maiores surpresas da feira. Ele é um roguelike numa pegada bullet hell com limite de trinta minutos em que o jogador deve basicamente sobreviver aos inimigos que aparecem na tela enquanto pega melhorias para acabar com eles de maneira mais rápida e efetiva. Conforme o tempo passa, somos transportados para outras realidades com características únicas, quebrando um pouco a repetitividade da gameplay. Ele já está disponível para iOS e Android e custa R$ 9,99. Atualizações futuras com expansão da história e novos personagens serão gratuitas, segundo o desenvolvedor do título.
Pocket Bravery (Statera Studio)
Quem é ligado nos jogos brasileiros já tá ligado nesse aqui. A Statera Studio levou a versão mais recente de Pocket Bravery, jogo de luta 2D no estilo SD. O que mais deu pra ver por ali foram jogadores criando combos complexos para acabar com o adversário, mas sem deixar todas a diversão que um game do gênero gera. Quem não conseguiu ir à feira e tem interesse em jogá-lo, é possível baixar a versão demo que está disponível na página oficial do título na Steam.
Sequência de Super Mombo Quest (Orube Game Studio)
E também tivemos continuações apresentadas na área indie da BGS. A Orube Game Studio apresentou um protótipo da sequência de seu jogo de plataforma, Super Mombo Quest. Conversando com Pedro Savino, fundador do estúdio, a ideia é que o próximo ainda tenha um apelo infantil, por seu visual fofo, ao mesmo tempo que agrade o público adulto, que busca um plataformer desafiador como era antigamente. O projeto ainda está em sua fase inicial, mas a produção de conteúdo nas redes sociais já está a todo vapor, visto os mais de 800 mil seguidores na conta da desenvolvedora no TikTok.
AlphaBlue (Dream Stories)
Eu não sou o maior fã de shoot ‘em up laterais, mas AlphaBlue, da Dream Stories, me despertou grande interesse. O game faz uma mescla dos clássicos “jogos de navinha” com visuais e poderes que lembram os clássicos Mega Man. Os poucos minutos que tive o prazer de testá-lo me deram uma sensação de que a culpa do meu fracasso era mais minha do que do título em si. Ao mesmo tempo que ele vai te frustrar, vai te divertir muito.
Goldilock One (ShedOfIdeas)
“Ambicioso” é uma palavra que descreve bem Goldilock One. O projeto da ShedOfIdeas, que já está há três anos em desenvolvimento, é um action RPG que junta elementos de diversos gêneros, como Soulslike e Hack and Slack, para trazer uma jogabilidade desafiadora e envolvente. Eles tiveram uma ótima ideia para promover o título na feira: quem vencesse o boss da demo, ganhava brindes exclusivos. Os desenvolvedores nos disseram que uma campanha de crowdfunding será lançada em breve para arrecadar recursos viabilizar o lançamento o quanto antes.
Project Colonies: MARS 2120 (QUByte Interactive)
Fora da área indie, com um estande próprio, a QUByte Interactive foi mostrar os principais games que está envolvida. O mais importante é Project Colonies: MARS 2120, desenvolvido pela própria empresa, um metroidvania espacial com uma pegada clássica, ao mesmo tempo que traz diversos elementos modernos, visuais incríveis e uma ambientação maravilhosa. Se quiser saber mais informações sobre o jogo, incluindo a data de lançamento de seu Early Access, só clicar aqui para ler a nossa matéria dedicada a ele.
E não para por aí
Além de todos esses, muitos outros bem legais ficaram fora da lista. Isso só mostra a força do nosso mercado nacional em relação ao desenvolvimento de títulos divertidos, variados e até inovadores. Caminhar pelo corredor dos jogos independentes me trouxe uma esperança de que cada vez mais teremos novos games que darão orgulho de sermos brasileiros. Se você gostou de algum desses, acompanhe as redes sociais das desenvolvedoras, participe de discussões nas redes sociais, faça parte da comunidade do Discord e se torne um membro ativo dessa comunidade que não para de crescer.
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