Após meses de rumores e diversos vazamentos, a tão esperada RTX 4090 chega ao mercado global amanhã, quarta-feira (12), mas hoje a crítica especializada começou a soltar as primeiras análises dessa placa, e entre praticamente todos os veículos de tecnologia há um forte consenso: a RTX 4090 é uma monstruosidade em forma de hardware.
Tamanho massivo
A RTX 3090 já era uma placa de vídeo gigantesca, mas sua sucessora eleva esse patamar. A maioria dos reviews utilizou o modelo Founder's Ediiton, exclusivo da NVIDIA, para realizar as análises. Em retrospecto, o lançamento parece ser apenas 10mm mais curto que a 3090, embora a largura seja maior, necessitando de pelo menos 3 slots no gabinete para encaixar.
Informações do The Verge apontam que o modelo tem uma construção de arrefecimento levemente diferente, com as ventoinhas de 7 lâminas, e não 9, como na geração anterior. Na prática, os testes do TechPowerUp identificaram que, em idle, ou seja, na área de trabalho ou realizando tarefas bem simples, a GPU se mantém na média de 37ºC com as fans paradas; enquanto durante a jogatina, o pico máximo foi de 74ºC e a média de 66ºC, com as ventoinhas a 1449 RPM.
Energia e consumo
Desde quando foi anunciada, a RTX 4090 assustou a todos com seu consumo de 450W. A placa tem um conector único, que utiliza o padrão PCIe Gen 5.0, mas, como a maioria das fontes ainda não possui esse formato, a NVIDIA envia um adaptador que transforma a conexão única do PCIe 5.0 em três ou quatro conexões 4.0 de 8 pinos.
"Você provavelmente vai querer ter uma fonte de 1000W na mão para a RTX 4090, particularmente porque você vai precisar colocar essa placa com a mais recente geração de processadores para realmente tirar vantagem do poder oferecido aqui", comenta o jornalista Tom Warren, do The Verge.
Performance em 1440p
Embora o objetivo da RTX 4090 não seja rodar games em 1440p, também conhecido como Quad HD, diversos testes queriam ver até onde essa placa seria capaz de chegar em uma resolução um pouco menor. O resultado é notável quando comparado a RTX 3090. Aliás, vale ressaltar que os principais veículos utilizaram bancadas similares, com processador Intel Core i9-12900K e mais de 16 GB de RAM.
Games como Forza Horizon 5, Control e Assassin's Creed Valhalla mostram uma evolução bem interessante de 60 para 70 frames de diferença, uma margem de aproximadamente 50% de ganhos brutos.
4K já virou um passeio no parque
Em testes realizados pelo site Tom's Hardware, os benchmarks apontam um ganho na casa de 78% em jogos que utilizam tecnologia de traçado de raios. "Até mesmo sem o DLSS, a RTX 4090 quase consegue entregar 4K nativo com Ray Tracing a 60 frames ou mais. [...] DLSS 2 em modo qualidade passa os 100 quadros em média".
O review ainda faz uma constatação muito importante ao afirmar categoricamente que "a RTX 4090 faz do 4K Ultra o novo 1080p Ultra". Tom Warren, em seu texto, também afirma algo similar ao dizer que a placa marca uma nova era para os PCs Gamers.
DLSS 3.0 é outro patamar
Com a chegada da RTX 4090, a NVIDIA passa a implementar, de forma exclusiva na geração Ada Lovelace, o DLSS 3.0. A tecnologia consegue criar um frame intermediário na reconstrução da imagem, e está disponível apenas em alguns poucos títulos, como Cyberpunk 2077 e Microsoft Flight Simulator.
O resultado em Cyberpunk 2077, no modo performance, é algo certamente impressionante. O Digital Foundry realizou testes profundos para mensurar os ganhos da tecnologia, e o salto do DLSS 2.0 para o 3.0 é de praticamente 45% em média.
Vale a pena?
Com todas essas informações em jogo, será que a RTX 4090? Segundo as análises, se você tiver dinheiro o suficiente, um gabinete gigantesco e uma fonte de 1.000W e quer o que há de melhor na indústria, então a resposta parece ser um sim. No entanto, para o consumidor doméstico talvez faça mais sentido esperar pela RTX 4080 ou até mesmo investir nas atuais RTX 30xx, que ainda devem ficar no mercado por um tempo.
A RTX 4090 tem preço sugerido de R$ 14.999 no Brasil, com vendas iniciadas pela Kabum! amanhã.