Em um novo capítulo do processo de aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft, Jim Ryan, presidente da Sony Interactive Entertainment, teria viajado até Bruxelas, na Bélgica, no início de setembro para conversar com órgãos reguladores do Reino Unido e manifestar suas preocupações, segundo aponta uma reportagem do site Dealreporter — via VGC.
O teor da conversa não foi tornado público, mas teria relação, mais uma vez, com a permanência da série Call of Duty nos consoles PlayStation, reforçando a importância da série para a plataforma.
A reportagem também menciona que, segundo fontes, a Google teria levantado preocupações com relação ao acordo de US$ 68,7 bilhões aos órgãos reguladores. Atualmente, o Reino Unido realiza uma investigação minuciosa do acordo bilionário, que é o maior da história dos games, devido aos seus potenciais desdobramentos no mercado.
Na ocasião em que o acordo foi revelado, em janeiro deste ano, Phil Spencer veio a público garantir que pelo menos os três próximos jogos de Call of Duty seriam lançados nas plataformas PlayStation — honrando contratos previamente assinados com a empresa japonesa.
"Confirmei nossa intenção de honrar todos os acordos existentes após a aquisição da Activision Blizzard e nosso desejo de manter Call of Duty no PlayStation", disse o executivo na ocasião.
A afirmação, no entanto, provocou mais atritos entre a Sony e a Microsoft, segundo revelaram documentos tornados públicos pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), no Brasil. Supostamente, não haveria garantia de que a série não se tornaria exclusiva dos consoles Xbox no futuro, embora a Microsoft afirme que não seria rentável tirar a série dos consoles PlayStation.
No início do mês passado, Phil Spencer voltou a comentar sobre o assunto com Jim Ryan, escrevendo uma carta em que assegura que a franquia Call of Duty ainda chegará aos consoles da Sony por "diversos anos", mesmo após a obrigatoriedade dos contratos atuais. No entanto, a declaração não foi bem recebida pelo presidente da SIE, que a descreveu como "inadequada em muitos níveis'.
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