Preview: Cyberpunk Mercenários traz animação soberba e ótimas referências

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Já estamos há quase dois anos do lançamento de Cyberpunk 2077 e, desde então, estamos na promessa de um anime que complementaria e enriqueceria o universo capitalista distópico de Night City. Há algum tempo, soubemos que o renomado Studio Trigger, responsáveis pela adaptação animada dos excelentes Kill la Kill e Little Witch Academia, seria o idealizador do projeto.

O Voxel assistiu aos dois primeiros episódios de Cyberpunk: Edgerunners (ou Cyberpunk: Mercenários, nome oficial no Brasil) e o prognóstico é promissor, já que a combinação do riquíssimo palco de histórias do game com a expertise de animação do Trigger resultou em um anime bem interessante para fãs do universo e entusiastas do gênero.

Abaixo, você confere sem spoilers as nossas impressões do começo da série!

AFonte: Cyberpunk

Um anime de altíssima qualidade

Não tem como ficar apático a qualquer projeto novo do Studio Trigger, já que as obras da companhia são deleites visuais para qualquer fã de anime. E, quando esse projeto é baseado em Cyberpunk, as apostas para algo vistoso aumentam ainda mais. Quer você goste ou não do jogo, é inegável que tanto a IP da CD Projekt Red quanto o estilo cyberpunk são produtos visualmente incríveis.

A estética distópica e cheia de luzes de neon à la Neo Tokyo já foram exploradas com bastante sucesso no passado em obras como Akira e Ghost in the Shell (e inúmeras outras ao longo da história), e não seria diferente em Cyberpunk: Edgerunners. A diferença é que, diferente do estilo convencional, o anime aposta em cores mais vivas e um panorama ainda mais impressionante para retratar a periferia de Night City sem apelar para o clichê decadente de uma cidade  cinzenta e homogênea.

Se você já viu alguns trailers, sabe bem do que estou falando e já pode imaginar um pouco do que esperar esteticamente da nova produção, frutos de colaboração da Netflix, CD Projekt Red e Studio Trigger.

Claro que Cyberpunk: Edgerunners ainda é um anime episódico e, por maior que seja a qualidade comparada com obras atuais, ele ainda é uma série animada e não tem o valor de produção de um longa. Contudo, isso não torna menos impressionante toda a ação fluida na tela, que é recheada de paisagens de Night City, violência e brutalidade em cenas de combate muito bem-animadas.

Claro que o visual não é o que mais importa em um anime, mas certamente é um dos alicerces quando o tema é cyberpunk e o responsável é o Studio Trigger. Afinal, como um dos caminhos do RPG, para alguns é sim essencial a frase: “estilo acima de substância”.

Bom para novatos, melhor ainda para fãs

O enredo de Cyberpunk: Edgerunners foge um pouco da trama mais séria e madura de Cyberpunk 2077. Dessa vez, a trama segue a vida de David Martinez, um jovem residente da periferia de Santo Domingo, o mesmo local em que V, protagonista do game, tem seu apartamento principal.

Portanto, somente esse pano de fundo já é um bom indicativo que o panorama é um pouco diferente, já que seguimos a linha de um roteiro mais shounen, com um personagem jovem, que ganha “poderes”, tem sua vida alterada bruscamente e entra em um novo círculo de pessoas que sua vida vai depender disso.

Como você deve imaginar pelo título, Mercenários, é a entrada de um adolescente em um mundo de armas de aluguel para tentar sobreviver, mas com a reviravolta clichê (de um jeito bom e que gostamos) das obras japonesas em apresentar alguém fora da curva e especial por algum motivo. Vou evitar mais detalhes para preservar a experiência e evitar spoilers, mas o trope clássico dá as caras aqui: algo único no universo e com um personagem tentando entender seus limites com novos poderes.

Em outras palavras, é uma fórmula mais clássica de animes em cima do universo de Cyberpunk 2077. E, por incrível que pareça, parece que a mistura dá certo aqui, pegando o melhor dos dois mundos, prometendo uma boa história para quem é otaku de plantão e um ótimo desenvolvimento para os fãs do game.

Nos primeiros episódios, não há nada ali que indique que é necessário ter jogado Cyberpunk 2077 para entender o que está rolando, com uma história principal própria e que cabe perfeitamente dentro dos eventos, mundo e tramas do jogo.

Enquanto isso, fãs do game terão uma percepção mais aguçada de certos elementos que aparecem no enredo, como os chips de neurodança, uma compreensão melhor dos aprimoramentos neurais e físicos, um contexto maior dos locais, personagens e corporações etc.

A

Cyberpunk: Edgerunners teve um começo muito bom e, certamente, é uma obra para complementar o universo do game (que é inspirado no RPG de mesa, mas aqui é construído em cima dos pilares da interpretação da CD Projekt Red). Contudo, meu único ponto negativo é que para quem não é um conhecedor, algumas coisas podem passar batidas e não seria de todo ruim um desenvolvimento, seja uma citação ou explicação rápida, de certos elementos para um público de primeira viagem.

Mais 8 episódios pela frente (e junto a torcida pela qualidade)

Não há dúvidas que os 2 primeiros episódios de Cyberpunk: Edgerunners (ou Cyberpunk: Mercenários no Brasil)começam do jeito certo para empolgar em uma jornada de 10 capítulos. Muita ação, animação de altíssima qualidade, representação fiel ao universo da trama do game e bastante apelo para o público que não acompanha com atenção a obra original.

A

Outro detalhe legal de reforçar é que a dublagem está bem parelha com o game, seja no tom ou nas gírias das ruas de Night City. O elenco brasileiro manda muito bem na atuação, com vozes famosas interpretando os papeis principais, falando palavrões sem medo de restrições, usando termos da tradução oficial e muito mais. E, como não pode faltar, as vozes japonesas são sempre muito bem-feitas.

Certamente Cyberpunk: Mercenários traz uma excelente combinação de visuais incríveis e uma trama cativante, agora resta saber se isso vai se manter durante toda a temporada. O anime estreia dia 13 de setembro na Netflix e estamos ansiosos por mais!

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