A Sea, companhia de Singapura dona da Garena, que publica jogos como Free Fire, está fechando projetos e demitindo funcionários em vários locais do mundo. A ação, que refletiu no mercado brasileiro, possivelmente responde a uma perda de quase US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5 bilhões na cotação atual) que a companhia sofreu no último trimestre fiscal.
A informação foi divulgada pela Reuters na última semana. Segundo as fontes do site, dentre as iniciativas afetadas estão o app Booyah!, que realiza transmissões ao vivo. O serviço não deverá mais ser atualizado.
Grandes iniciativas de blockchain e de cloud também foram encerradas, sendo que “dezenas de pessoas” acabaram sendo demitidas, de acordo com uma fonte interna.
Um porta-voz da Sea, companhia que também é dona da Shopee, pontuou para a Reuters que a empresa "fez algumas mudanças para melhorar a eficiência em nossas operações que afetam várias funções" e que a companhia está focada na "força de longo prazo de nosso ecossistema".
O porta-voz da gigante de tecnologia se recusou, porém, a dizer quantas pessoas foram demitidas.
Impacto no Brasil
As ações da Sea refletiram também na Garena no Brasil. O Voxel conversou com uma pessoa que foi desligada do escritório nacional da marca.
A fonte, que preferiu não se identificar, disse à reportagem que essa não foi a primeira “leva” de demissões promovidas pela subsidiária da Garena no país. Falando sobre essa rodada mais recente de desligamentos, ela disse que a notícia da demissão foi dada na manhã desta segunda-feira (05) e que “pegou todo mundo surpresa”. “Pelo menos internamente, as coisas pareciam bem”, aponta.
A pessoa contou também que o clima na empresa está “tenso”, já que não se sabe se poderá acontecer outra leva de demissões.
Toda minha solidariedade aos inúmeros trabalhadores demitidos da Garena hoje.
— Pedro Falcão (@pifalcao) September 5, 2022
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“A notícia [da demissão] foi um atropelo, sabe? Eu só pensei em como vou pagar as contas e manter as coisas em dia daqui para frente. Porque era o salário, plano de saúde e benefícios que ajudavam muito o dia a dia e as coisas não tão baratas. Foi um choque muito grande, fico triste por mim e por outras pessoas que saíram que também dependiam muito de estar lá”, disse.
Outro lado
O Voxel entrou em contato com a Garena no Brasil e questionou sobre se o país teve projetos encerrados e quantas pessoas foram demitidas no mercado local. Contudo, até o fechamento da matéria não houve retorno. O texto será atualizado se a companhia se posicionar sobre o assunto.
Fontes